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Como funciona o sistema de saúde nos EUA

A mudança de país gera inúmeras dúvidas sobre o dia a dia. Quase tudo é diferente e, muitas vezes, a gente sequer sabe o que fazer quando passamos mal e precisamos de atendimento médico. Pensando nisso, resolvi preparar este conteúdo mostrando como funciona o sistema de saúde nos Estados Unidos.

Trata-se de um tema que é bastante debatido, uma vez que tem muitas diferenças em relação ao Brasil. Continue sua leitura e conheça mais sobre o assunto!

Como funciona o sistema de saúde nos Estados Unidos?

Antes de tudo, você precisa compreender que o sistema de saúde nos Estados Unidos é fragmentado. Embora exista um modelo público vigente, ele não é universal, e conta com forte interferência da iniciativa privada. Por isso, tanto os nativos quanto os estrangeiros que decidem viver por aqui, devem cogitar um convênio e ter uma reserva financeira.

Na prática, a saúde pública estadunidense é regida por dois sistemas distintos, que são o Medicare e o Medicaid. Eles, por sua vez, contratam hospitais, empresas e operadoras privadas para que prestem a devida assistência à população, com o governo fazendo os devidos repasses. Porém, em alguns casos há coparticipação e a maioria das pessoas precisam pagar pelos serviços.

Quais as diferenças para o que temos no Brasil?

As diferenças do sistema de saúde dos Estados Unidos para o brasileiro são explicadas pela própria cultura americana. Por aqui, não é incomum que os cidadãos tomem para si a responsabilidade de arcar com suas despesas e não esperar muito do Estado. Entretanto, esse debate vem mudando nos últimos anos, com a defesa de ampliação de cobertura estatal por alguns grupos.

Em terras brasileiras, o SUS garante atenção universal e inclusiva, disponibilizando os mais diversos tipos de atendimento de maneira completamente gratuita para toda população (incluindo turistas). O governo é o provedor, por meio dos impostos, financiando, regulando e disponibilizando os recursos necessários para suportar o setor.

Como conseguir atendimento gratuito?

Nos EUA, as instituições privadas são responsáveis por aproximadamente 85% dos atendimentos médicos. É um número bastante significativo, que nos deixa com a visão de que apenas 15% dos estadunidenses são beneficiados pelos serviços públicos de saúde. Porém, vale ressaltar que o percentual aumentou bastante, com o incremento de programas do governo.

O Medicare, por exemplo, foi criado na década de 1960, e foi financiado pela previdência social. Ele atende a pacientes com mais de 65 anos, que tenham contribuído com o pagamento de tributos durante seus anos de trabalho. Já o Medicaid não tem restrição etária, sendo voltado para aqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade financeira.

Eventualmente, o consulado do Brasil realiza missões itinerantes e presta serviços à comunidade brasileira, por meio de eventos, com atendimentos especializados e a divulgação de iniciativas, além do oferecimento de orientações multidisciplinares.

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Como se precaver nesse sentido?

Quem mora nos Estados Unidos deve tomar precauções. No Brasil, se uma pessoa sofre um acidente doméstico ou se envolve em uma grave batida de carro, ela pode ser diretamente conduzida para uma instituição do SUS. Nos EUA, ela também é conduzida para uma instituição de saúde, mas pode acordar com uma conta salgada a pagar. Por isso, o mais recomendável é investir em um seguro para assistência médica e odontológica em caso de qualquer necessidade. Para viajantes, existem os seguros de viagem temporários, que se adequam a quantidade de dias que você ficará fora do Brasil, cobrindo as despesas em caso de eventualidades. Para residentes em solo estadunidense, incluindo estudantes, recomenda-se a contratação de um seguro saúde e dentário, que ofereçam taxas competitivas de coparticipação e em uma rede confiável de hospitais e médicos, sempre de acordo com o seu orçamento e as demandas da sua rotina.

Como funcionam os planos de saúde?

Os planos de saúde dos Estados Unidos são parecidos com os brasileiros em diversos pontos. Um dos mais notáveis é que existem modalidades diferentes, com valores e coberturas específicas. O mais bacana disso é que você pode escolher aquela opção que melhor se enquadra com suas necessidades e, se for o caso, esteja em sintonia com suas demandas familiares. Lembre-se que em muitos casos aqui nos EUA, um seguro saúde não inclui um plano dentário. Verifique diretamente com a empresa que pretende contratar, se cuidados dentários estarão cobertos ou não. Muitos escritórios de dentista, oferecem planos próprios para garantia a sua saúde bucal.

Em linhas gerais, as empresas e companhias ajudam nesse sentido, oferecendo planos de saúde empresariais, que custam menos para os funcionários. Normalmente, há o pagamento de uma mensalidade fixa, que cobre os serviços mais simples, como atendimentos de pronto-socorro, além de uma quantia extra, no caso de consultas, exames, tratamentos e cirurgias.

Quais as diferenças para compra de medicamentos?

Uma curiosidade dos Estados Unidos em relação ao sistema brasileiro está na compra de medicamentos. Vamos começar pelo medicamento mais popular entre os brasileiros: a dipirona. Você sabia que a dipirona foi banida dos EUA pelo Food and Drug Administration (FDA) em 1977 por poder causar doenças sanguíneas graves? Aqui os americanos costumam fazer uso do Tylenol e Ibuprofeno para dores e febre. Aliás, vale lembrar que as receitas do seu médico de confiança no Brasil não são aceitas por aqui. É necessário consultar um médico com uma licença para exercer suas funções em território americano, para ter acesso a uma receita válida.

Nas farmácias dos Estados Unidos, aquelas medicações que ficam expostas nas prateleiras, são de circulação livre e você pode comprá-las à vontade. Os remédios restritos ficam separados, em uma área na qual só os funcionários podem acessar. Em algumas drogarias maiores, é possível, até mesmo, consultar-se com um profissional e receber a prescrição ali mesmo, mas há um custo adicional. E ah… existem aplicativos como o GoodRX que oferecem cupons de desconto em medicamentos específicos ou o meu aplicativo, que te ajuda a economizar uma grana em mais de 250 lojas nos EUA.

O que é possível trazer do Brasil?

Como a receita do médico brasileiro não tem valor para adquirir medicações nos Estados Unidos, muita gente que mora por aqui se pergunta se não dá para alguém trazer os remédios do Brasil. A boa notícia é que sim, mas eles precisam ser acondicionados na bagagem de mão e jamais despachados nas malas, para não perdê-los em caso de extravio.

Outra recomendação importante é que sejam trazidos em suas caixas originais, acompanhados das bulas. Para esse trâmite, a prescrição brasileira é aceita e deve ser levada também. Aspirina, antitérmicos e antiácidos, por exemplo, são livres, enquanto ansiolíticos e antidepressivos devem contar com uma carta em inglês justificando o uso, feita pelo prescritor.

Pronto! Agora, você conheceu mais sobre como funciona o sistema de saúde nos Estados Unidos. Os americanos contam com uma cultura própria em relação ao tema e é muito importante considerá-la, até mesmo, para escolher um bom plano e evitar estresse em caso de qualquer eventualidade.

Gostou de aprender como funciona o sistema de saúde nos Estados Unidos? Então, que tal aproveitar e descobrir também como manter a sua mente saudável em solo americano?

As informações contidas neste artigo não são e nem pretendem ser aconselhamento legal. Este artigo pode ser retirado do ar, sem aviso prévio.

 

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2 comentários

  1. Avatar Celia Regina disse:

    Informação de qualidade .

    1. Monkey Money App Monkey Money App disse:

      Olá Celia, fico muito feliz de saber que gostou do meu conteúdo, meu objetivo é exatamente esse, trazer informação de qualidade para os leitores do meu blog.💜🐵

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