
Desvendando a cultura empreendedora nos EUA: lições e inspirações
Já assistiu a algum filme de Hollywood, com crianças vendendo limonada na frente de casa? Ou pessoas fazendo bazar, para ganhar alguns dólares extras? Esses temas são comuns de a gente ver por que a cultura empreendedora é essencial nos Estados Unidos. Aliás, desde a infância, todo mundo é ensinado a lutar pelos seus objetivos e alcançar o sucesso com dedicação e trabalho duro. Tanto que o país é conhecido como a “Terra das oportunidades”. Provavelmente é por isso que você está aqui também, right - certo? A seguir, eu quero te mostrar como o espírito empreendedor sustenta a cultura americana e como ela é formada por inovação e riscos. Saiba também como funciona a cultura da recompensa ao sucesso, e conheça histórias inspiradoras para você alcançar os seus sonhos. Have a good read – Boa leitura! O espírito empreendedor como um pilar da cultura americana A cultura empreendedora nos Estados Unidos não surgiu de repente, e nem alcança apenas os americanos. Mas para entendê-la melhor, volte às aulas de Geografia e História, e relembre o famoso conceito de American Dream - "Sonho Americano" que eu conto um pouco neste post do meu blog. Segundo a definição do portal Britannica, ele se refere ao popular ideal de que os Estados Unidos são a terra da oportunidade, na qual as pessoas têm possibilidades de ascender com trabalho e força de vontade, sendo consideradas iguais e livres. Assim, conforme a fonte, a origem para esse ideal seria exatamente vinda dos primeiros colonizadores europeus, que chegaram ao país fugidos de perseguições ou buscando novas oportunidades de vida. Aliás, a vida dos “pioneiros” é parte importante da história americana, que você pode relembrar no feriado de Thanksgiving - Ação de Graças. Dessa forma, essa ideia chegou a inspirar a Declaração da Independência Americana, realizada em 4 de julho de 1776, com a famosa frase: We hold these truths to be self-evident, that all men are created equal, that they are endowed by their Creator with certain unalienable Rights, that among these are Life, Liberty and the pursuit of Happiness. “Nós consideramos estas verdades evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais, que são dotados por seu Criador com certos direitos inalienáveis, que dentre estes são Vida, Liberdade e a procura da Felicidade.” Mais adiante, ainda segundo o Britannica, o termo “Sonho Americano” foi cunhado pelo empresário e historiador americano James Truslow Adams, em 1931, em seu livro The Epic of America - “O Épico da América.” Na obra, o autor explica o conceito não como um sonho de alcançar sucesso econômico apenas, mas de que cada pessoa atinja seu máximo potencial e que seja reconhecida pelo que é, sem importar suas origens e status. [embed]https://www.youtube.com/watch?v=6uEteKdZIuM&ab_channel=MonkeyMoneyAPP[/embed] A globalização do American Dream Com esse cenário, os Estados Unidos construíram uma economia forte, baseada no espírito empreendedor, que despontou o país entre os melhores do mundo. Segundo a companhia U.S. News & World Report, em seu ranking de melhores países de 2022, o país ocupa a 5.ª posição, ficando atrás apenas de Suíça, Alemanha, Canadá e Austrália. Na classificação, consideramos várias métricas, como qualidade de vida, influência, empreendedorismo e abertura para negócios. Assim, pessoas de outros países passaram a imigrar para os Estados Unidos também em busca do “sonho” e a fazer parte da sociedade americana. Para você ter uma ideia, entre 1892 e 1954, a ilha de Ellis, no porto de New York, recebeu mais de 12 milhões de pessoas. Décadas depois, mesmo com mudanças econômicas e políticas, o país ainda é o destino para quem procura novas oportunidades. Aliás, segundo a Câmara de Comércio dos EUA, profissionais da área da saúde, engenheiros, especialistas em TI e empreendedores que geram emprego estão entre os que têm maior destaque em solo americano. Cultura empreendedora nos EUA: inovação e riscos Os americanos abraçam a cultura empreendedora sem medo, com mudanças econômicas fazendo novas gerações ampliar e aproximar o “Sonho Americano” do conceito original. Segundo reportagem da CNBC, uma pesquisa da empresa GoDaddy, realizada com mais de mil donos de pequenos negócios nos Estados Unidos, 54% respondeu que o American Dream se trata de se sentir feliz na vida, e 49% apontou a relação do ideal com a liberdade de seguir suas paixões. Motivações e Valores dos Empreendedores Americanos Contudo, o aspecto de sucesso financeiro, muito relacionado ao empreendedorismo de forma geral, não fica atrás: para 56%, o aspecto “prosperidade” ainda é um motivador para o trabalho, a fim de se alcançar um estilo de vida confortável. Dessa forma, conforme a matéria, diante de acontecimentos como a pandemia de Covid-19 e o fenômeno Great Resignation – Grande Renúncia –, muitos americanos passaram a valorizar a flexibilidade do trabalho e ser seu próprio chefe, retomando o espírito empreendedor de “correr atrás” da construção de seu patrimônio pessoal. Para isso, dois fatores que sustentam essa cultura empreendedora nos Estados Unidos são a aceitação de riscos e a melhoria contínua. Por exemplo, é comum que muitas empresas atuem identificando oportunidades que o mercado já apresenta. A partir disso, novos produtos e serviços são criados e podem ser melhorados com o tempo. Um dos exemplos são os produtos da Apple: há décadas apresentam novidades que revolucionam o mercado, como o surgimento do iMac, com design colorido e maior velocidade, responsável por salvar a empresa da falência em 1998. Já a aceitação de riscos é uma característica que leva os americanos a duas boas práticas do empreendedorismo: o planejamento e a superação de falhas. Ou seja, no primeiro caso, o planejamento bem-feito leva os empreendedores a estruturar cada passo antes de agir, e conhecer seus riscos e o que é preciso para assumi-los com segurança. Por sua vez, o segundo tem a ver com nunca desanimar diante de dificuldades e falhas, enxergando algo que deu errado como uma oportunidade para corrigir e melhorar sempre. Isso leva à constante inovação, outra característica da cultura empreendedora americana. O ambiente favorável para empreender nos EUA A gente não pode falar de cultura empreendedora nos EUA, sem pensar em como a sociedade constantemente incentiva as pessoas a adotá-la. Em projetos de escola, nos clubes de faculdade e até naquela barraquinha de limonada do começo do post: em todo lugar, os americanos aplicam a cultura empreendedora e oferecem oportunidades para que ela aconteça. Tanto que em outro ranking da U.S. News & World Report, o país é o primeiro em empreendedorismo, liderando a lista, ficando na frente da Alemanha e Japão. Na prática, as ações dos Estados Unidos até se estendem para outros países. Por exemplo, existe o programa de bolsas Young Leaders of the Americas – YLAI. Lançado em 2015, mais de 1.000 jovens da América Latina, Canadá e Caribe foram para o país estudar empreendedorismo e desenvolver habilidades em organizações e empresas americanas. Cultura de recompensa e histórias inspiradoras Outro aspecto que demonstra como a cultura empreendedora nos EUA é forte é a chamada cultura da recompensa. Ou seja, a prática de reconhecer e celebrar grandes empreendedores do país, tornando-os exemplos para as próximas gerações. Dentre eles, John Rockefeller e Henry Ford são alguns destaques clássicos. Mas, além deles, tem muitas outras pessoas em quem você pode se inspirar. Check it out – Confira! Chris Gardner Sabe aquele filme com Will Smith, The Pursuit of Happyness ("À Procura da Felicidade" – 2006)? Pois é, a história de Chris Gardner é real e inspirou a produção. Um dos melhores exemplos da aplicação do conceito de grit (habilidade de perseverar e alcançar objetivos a longo prazo, segundo a psicóloga Angela Duckworth), Chris era vendedor de equipamentos médicos e chegou a morar em abrigos em San Francisco com o filho pequeno. Na década de 1980, estudou para entrar em um estágio na empresa Dean Witter Reynolds. Então, seguiu crescendo na companhia até fundar sua corretora financeira, Gardner Rich, em 1987. Jan Koum No Brasil, o WhatsApp é um aplicativo de mensagens popular, que surgiu graças a Jan Koum. Ucraniano, mudou-se para California com a família no início dos anos 1990, quando começou a aprender sobre computadores lendo manuais. Após se formar na Universidade de San Jose, ingressou na Ernst and Young em 1997, onde conheceu Brian Acton, que o levou ao Yahoo. Em 2007, saíram da empresa e, depois de serem recusados em vagas de emprego do Facebook, criaram o aplicativo. Aliás, foi essa empresa que comprou o WhatsApp em 2014. Joy Mangano Outra história que rendeu uma produção de Hollywood, Joy ("Joy: O nome do sucesso", 2015), a vida de Joy Mangano é outro exemplo de uma empreendedora que, apesar das dificuldades, alcançou o sucesso e conseguiu ver oportunidades de inovar em algo que já existia. Inventora, se formou em Gestão de Empresas em 1978, sendo mãe de três filhos. Em 1989, depois de seu divórcio, passou a trabalhar como garçonete. Cansada de se curvar e molhar as mãos com água suja ao limpar a casa, ela inventou um esfregão melhor, hoje conhecido como Magic Mop. Mesmo sendo taxada de louca, achou que sua invenção tinha potencial, reuniu recursos com ajuda da família e produziu 100 unidades na oficina de seu pai. Depois, assinou um contrato com o canal de televendas, QVC. Mas foi só quando apareceu nos comerciais que as vendas começaram a acontecer. No ano 2000, vendeu a empresa Ingenious Designs para a estação de televendas HSN, expandindo a oferta de produtos para mais de 100 invenções. Reconhecendo o sucesso, valorizando a independência e usando erros para aprender e melhorar, a identidade empreendedora nos EUA é um dos pilares da cultura americana atual. Porém, sua origem é antiga e remete aos primeiros imigrantes, que chegaram ao país em busca de oportunidades. Hoje, ainda podem ser considerados como a terra do American Dream, com possibilidades para americanos e imigrantes que queiram empreender, persistir e alcançar seus sonhos. Gostou de conhecer sobre a cultura empreendedora e alguns dos empresários americanos que tiveram sucesso? Compartilhe em suas redes sociais e inspire quem você conhece!
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Finanças para crianças: como ensinar sobre dinheiro na infância
Finanças é assunto para crianças sim! Mas calma, não falo em incentivar seu filho a se tornar o Riquinho (Richie Rich, 1994), tal qual o filme. Falo sobre a importância em ter um papo de gente grande com o seu pequeno, abordando assuntos como a importância de trabalhar duro e de cortar gastos desnecessários, só que traduzido para a linguagem kids. É como se os desenhos da sua infância, tipo Pica-Pau, Dragon Ball Z e A Caverna do Dragão, falassem sobre finanças para ensinar você sobre o assunto, sabe? Esse aprendizado sobre como lidar com dinheiro é bem útil para que eles se tornem adultos mais conscientes com as escolhas financeiras, além de entenderem o valor dos dólares dos pais (e os seus próprios!). Ou seja, ensinar finanças para crianças tem vantagens demais para você deixar isso de lado. Separei as melhores dicas para serem colocadas em prática. Continue comigo e fique por dentro! O exemplo fala muito alto Você já reparou que muitas crianças têm mania de reproduzir o comportamento dos adultos? Por exemplo, ao usar saltos, joias e roupas da mãe ou do pai. Fofo acompanhar isso, né? Essa reprodução ocorre porque os adultos são as referências dos pequenos. Por isso, se quiser ensiná-los sobre finanças, servir de exemplo de bom comportamentos é a primeira etapa. Dá para fazer isso de forma simples e natural, como tirar aparelhos inutilizados da tomada e dizer o porquê, ou explicar o motivo daquela nova compra. Lembre-se de que exemplos negativos também podem ser reproduzidos pelas crianças, como chegar em casa frequentemente com sacolas de compra. Não leve a mal, eu também adoro consumir coisas legais, mas não é sensato, ou saudável, gastar como se não houvesse amanhã, certo? Assim, mesmo que você tente ensinar diferente, como ao falar para as crianças não comprarem ou gastarem sem necessidade, elas percebem a contradição. Ou seja, não subestime a inteligência dos pequenos! A tecnologia está a seu favor As crianças do seu convívio são aquelas que vivem no celular ou no computador? Sabemos que é preciso ter atenção com esse comportamento e ensiná-las a gerenciar o tempo com essas distrações. But... Aproveite que os pequenos são familiarizados com a tecnologia e use-a a seu favor para ensiná-los sobre finanças. Veja como! Desenhos animados Por exemplo, o programa Os Jovens Titãs em Ação (Teen Titans Go!) é uma animação que mostra cinco super-heróis pré-adolescentes. Uma das preocupações deles é a gestão do dinheiro, que deve trazer felicidade, e a importância de ter uma reserva de emergência. Além disso, até a importância da alimentação saudável para evitar maiores gastos com plano de saúde (health insurance) é citada no desenho. Bacana, não é? Aplicativos Mas tecnologia não é só assistir programas na TV ou no tablet não, viu? Estamos falando também de APPs muito úteis nesse contexto. É o caso do aplicativo de educação financeira Goalsetter (disponível no Google Play e na Apple Store), que ajuda os pais a entenderem quando e quanto dar de mesada para os filhos. Ele transfere o valor de forma automática e paga quantias previamente definidas. Para isso, as crianças precisam acertar perguntas em um questionário, sendo recompensadas. Claro que o app também fala a linguagem dos pequenos e conta com GIFs e memes. Inclusive, ele também tem um cartão de débito para os kids, que podem ser bloqueados caso eles não passem no teste de finanças. Dá para usar o app para recompensar o pequeno também! Tirou um A+ na escola? Ajudou nas atividades domésticas sem reclamar? Recebeu um elogio do teacher na escola? Essas são situações bacanas para colocar um incentivo financeiro por lá. Canais no YouTube Outras opções são canais no YouTube voltados aos mais novos. Existem vários para diferentes faixas etárias que se propõem a explicar finanças de forma descomplicada, com exemplos do cotidiano americano mesmo. Aqui, a kid vai aprender a gerenciar e a guardar dinheiro em inglês. Só vantagens! Para crianças bem pequenas, é uma boa começar com vídeos mais simples e gerais, como em Learn about Money for Kids, que explica o que é dinheiro e as moedas americanas. Para as maiores, indico o CrashCourse ou o EasyPeasy Finance, que já abordam temas como mercado de ações e imobiliário, investimentos e cartão de crédito. No caso de crianças mais velhas, pré-adolescentes e adolescentes, de 7 a 14 anos, os vídeos do TED-Ed são uma boa pedida. Brincando e aprendendo Se os pequenos já passam tempo demais conectados à televisão, computador ou celular, existem outras maneiras de ensinar finanças a eles. Uma delas é com clássicos jogos de tabuleiro, como o Monopoly. Esse game é importante por ensinar como contar dinheiro, melhorar o planejamento de gastos essenciais e economizar. Essas estratégias ficam na mente das crianças e, depois, elas conseguem aplicar no dia a dia, como ao tomar melhores decisões do que fazer com o dinheiro acumulado da mesada. Parece bobo, mas tudo isso ajuda a moldar adultos mais conscientes com o dinheiro. Outra opção é imprimir dinheiro de mentira para brincar de fazer as compras. Para isso, você pode até usar elementos da sua despensa ou armário, como roupas e alimentos. Quer uma sugestão? Inclua fazer lista de compras, pedir descontos, aproveitar promoções e gerenciar o dinheiro entre as atividades da brincadeira. Outra ideia bacana é ensinar a criança a anotar todos os gastos que fez com o dinheiro da mesada. Aqui, é hora de mostrar a ela que comprar sempre aquele doce de alguns cents no mercado, no final do mês, custou para o orçamento mais do que o imaginado. Essa pode ser uma oportunidade de evidenciar o preço de alimentos saudáveis, como frutas, verduras e legumes, com relação aos industrializados, como biscoitos e pizza congelada Assim, tal qual os Jovens Titãs em Ação, é possível passar a mensagem de como se alimentar bem é importante para economizar também. Dinheiro e valor são coisas diferentes Você sabe o que difere esses dois conceitos? O primeiro é o quanto será pago para adquirir um bem ou serviço, o que envolve custos com produção, demanda, margem de lucro e outros aspectos, ou seja, o preço em si. O segundo conceito refere-se ao que cada pessoa enxerga como valor, o que para alguns pode ser pouco e, para outros, altíssimo. A ideia de valor interfere diretamente no preço que essa pessoa está disposta a pagar pelo produto. Por exemplo, no filme Delírios de Consumo de Becky Bloom (Confessions of a Shopaholic, 2009), um personagem paga a mais por um cachorro-quente por entender que o valor dele era superior. De modo similar, o personagem Julius, de Todo Mundo Odeia o Chris, mesmo sendo conhecido por ser bem econômico, gastou uma boa grana na compra da aliança de noivado da Rochelle. Afinal, o valor sentimental percebido no item era maior. Em outras palavras, o valor do que será adquirido depende dos interesses e, claro, do money de cada pessoa. Então, para ensinar as crianças sobre isso, defina a sua estratégia para demonstrar o valor do dinheiro aos pequenos. A ideia é sempre adaptar à realidade da sua família. Nesse contexto, considere, por exemplo, ensiná-lo que vale mais a pena investir em algo de boa qualidade, que vai durar, mesmo que seja de preço superior, do que em um produto ou serviço só por um preço mais em conta — o barato pode sair muito caro! Time is money (tempo é dinheiro) Outra estratégia é ensiná-lo a pensar na quantidade de horas que é preciso trabalhar para adquirir um brinquedo ou outro produto do interesse. Pode pegar como exemplo o salário/hora do seu emprego. Com o tempo, isso vai virar automático, e vai ajudar a criança a pensar antes de sair gastando os dólares da mesada. E aí, entendeu a importância de finanças para crianças e anotou ideias para começar a trabalhar o assunto com elas? Como visto, o seu bom exemplo no dia a dia é fundamental nessa jornada, assim como brincadeiras, tecnologias e outros ensinamentos com situações do cotidiano. Aproveite a visita no blog e confira meu artigo sobre planejamento financeiro familiar. Assim, você descobre dicas de ouro para ter uma relação mais saudável com o dinheiro e pode pensar em como adaptá-las à linguagem dos pequenos!
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Inverno nos EUA: o que fazer? Para onde ir? Descubra agora!
O inverno nos EUA pode ser uma experiência nova para quem está acostumado ao clima tropical e ao verão do Brasil. Devido à vasta extensão do país, as temperaturas variam consideravelmente entre as regiões. Em algumas, as estações são bem-definidas, enquanto outras lembram o clima brasileiro. Se você está em um lugar que faz muito frio ou quer visitar algum, saiba que tem muita atividade diferente como opção: basta entender qual é o seu perfil e do que você mais gosta. Quer ter mais ideias? Não se preocupe! Eu preparei um artigo cheio de dicas para que você aproveite bastante o inverno nos EUA, seja onde estiver. Come on! Esportes de inverno Você é uma pessoa aventureira e que ama esportes mais radicais? O inverno é um ótimo momento para isso. Existem alguns destinos que são referência quando o assunto é ski e snowboard. Aspen, por exemplo. É um dos lugares mais conhecidos no mundo todo para esquiar. É uma cidadezinha do estado do Colorado com pouco mais de 7 mil habitantes, mas com um turismo muito forte. Nela, você tem quatro áreas de esqui: Aspen Mountain; Snowmass; Aspen Highlands; Buttermilk. Mas não se preocupe: elas são todas acessíveis quando você adquire um único ski pass (passe de teleférico). Ainda sobre esqui, tem a cidade de Steamboat, também no estado do Colorado. Se você busca por mais tranquilidade, talvez essa seja a melhor opção. Isso porque o local é um pouco ofuscado pela vizinhança mais famosa e, por isso, é mais vazia. Ou seja, você vai poder praticar o esporte sem muitas filas ou multidões. E se, além de muita aventura, você também quiser conhecer um lugar cheio de belezas naturais e em que também é muito comum a prática de snowboard, não deixe de conhecer Lake Tahoe, localizado na fronteira entre os estados da California e Nevada. O lugar se destaca não apenas pela prática desse esporte, como também há várias opções de entretenimento, como o tubing. É basicamente deslizar em uma boia gigante na neve. Você pega sua boia, sobe a colina e desce deslizando, sentindo a adrenalina. É superdivertido! Festivais de Natal Nos Estados Unidos, o período de inverno coincide com o Natal. Por isso que em muitos enfeites a gente vê por aqui bonecos de neve e globinhos de vidro com neve caindo. New York Inclusive, a cidade de New York fica imperdível durante esse período. Existem locais que são paradas obrigatórias. É o caso do bairro de Dyker Heights, que conta com luzes e decorações lindas instaladas pelos próprios moradores. Sabe aquela sensação de que você está em um filme de Natal? É mais ou menos isso. E se você quer um verdadeiro show de Natal, também vai poder conferir de perto. Todos os anos ocorre a inauguração da árvore do Rockefeller Center. Essa é uma tradição de Natal antiga que atrai famosos, muita atração musical e uma festa linda com multidões. Ocorre na primeira quarta-feira depois do Thanksgiving (Ação de Graças). Por isso, é importante conferir qual é a data exata antes de se programar. Ainda na cidade, não deixe de passear pelas lojas de departamento e de fazer muitas fotos com as decorações que eles colocam. Vale muito a pena, acredite. Chicago Em Chicago também existem opções! Além das luzes que também estão presentes em diversas localidades, a cidade do estado de Illinois ainda recebe alguns bares temporários com decorações e comidas típicas da época. É uma oportunidade única para que você tenha uma experiência incrível! Visita a parques nacionais Visitar parques nacionais pode ser incrível em qualquer época do ano. No inverno não seria diferente! Yosemite National Park O Yosemite National Park, na California, é uma espetáculo à parte em qualquer período. No inverno, a vista do lugar muda completamente, o que deixa tudo ainda mais bonito. Fica a pouco mais de 3 horas de San Francisco e, com certeza, merece estar na sua lista de lugares nos EUA que precisa conhecer! Yellowstone National Park O Parque Nacional de Yellowstone também é um espetáculo. Se você gosta de curtir uma viagem para viver experiências surpreendentes e que certamente não encontraria em outro lugar do mundo, esse é o lugar certo. Por lá, você pode conferir de pertinho a atividade termal de poços de lama fumegante (isso mesmo!), estar em um mesmo ambiente que alguns animais (como antílopes, cabras da montanha etc.), além de admirar um canyon recortado por cachoeiras. Zion National Park Já em Utah, existe o Zion National Park. No inverno, é uma visão mágica. As famosas formações rochosas vermelhas ficam cobertas de neve, criando um contraste deslumbrante. As trilhas, como "Angel's Landing" e "The Narrows", podem ser mais desafiadoras devido ao gelo e neve, mas oferecem uma perspectiva única e tranquila do parque. É importante estar bem preparado com equipamentos adequados para o frio e verificar as condições das trilhas.É o parque mais visitado do estado e conta com muitos locais para tirar fotos incríveis. Grand Teton National Park Em Wyoming, o Grand Teton transforma-se em um paraíso invernal. As majestosas montanhas Tetons ficam ainda mais impressionantes com seus picos cobertos de neve. O parque é popular para esportes de inverno, como esqui cross-country e snowshoeing. Os lagos congelados e a paisagem nevada também proporcionam oportunidades únicas para fotografia. E, mesmo no frio, ainda é possível avistar a vida selvagem, como alces, em busca de alimento. Termas e spas Agora, se você deseja realmente ter alguns dias de descanso e curtir muita calmaria, eu recomendo ir a termas e spas. Existem pousadas com águas quentinhas para que você possa aproveitar vários dias com amigos ou familiares, somente relaxando e curtindo o ambiente. California California, por exemplo, é um estado com ótimas fontes termais e resorts encantadores. O Sierra Hot Springs é um deles, que conta com mais de 280 hectares. Por lá, existe um vale alpino com água mineral quente. Com isso, as pessoas podem desfrutar de piscinas e banheiras com temperaturas acima de 30 graus, com piscinas que contam até mesmo com fundo de areia (ótimas para noites de céu estrelado). Los Angeles Até mesmo em Los Angeles você pode encontrar um spa com águas termais. É o Beverly Hot Springs, com águas que foram descobertas por acaso por pessoas que buscavam nada menos que petróleo. Lá, tem grandes piscinas quentes, saunas, locais para fazer massagem, além de profissionais muito capacitados que vão deixar essa experiência ainda mais rica. Cidades históricas Conhecer um pouco mais de história é sempre muito bom! E os Estados Unidos contam com ótimas cidades para serem exploradas em qualquer época do ano. No inverno, não é diferente. Colorado Conhecer uma cidade histórica de pedra, é uma opção. O Parque Nacional de Mesa Verde, fica no sudoeste do Colorado, pertinho da cidade de Cortez, o local conta com mais de 4 mil sítios arqueológicos. Recomendo e acho sempre interessante ter o acompanhamento de um guia, pois, além de ficar por dentro de mais informações sobre o lugar, será mais seguro. South Carolina Em Charleston, em South Carolina, você vai encontrar uma cidade que é o verdadeiro paraíso para as pessoas que amam tirar fotos! Com ruas bastante peculiares, essa região é muito forte pela sua própria história. A região foi muito importante durante a Guerra Revolucionária e também a Guerra Civil Americana, e guarda muitos locais para se visitar e conhecer um pouco mais desse período. Experiências culturais Além de história, se você gosta de experiências culturais, não pode deixar de conhecer New Orleans em qualquer época do ano, inclusive no inverno. É nesse período que ocorre o Mardi Gras Festival. Esse é um evento muito parecido com o nosso carnaval e ocorre normalmente no mês de fevereiro. Durante esse período, você vai se deparar com desfiles populares, além de muita festa nos bares e discotecas da cidade. Desfiles e comidas durante o Mardi Gras Festival Entre os desfiles mais famosos, tem o de Endymion, que acontece no sábado, o de Bacchus, que acontece no domingo, e também o de Zulu e Rex, que ocorrem na Terça-Feira Gorda (a tradução literal de "Mardi Gras", que vem do francês), ou seja, antes da quarta-feira de cinzas. E, claro, não deixe de experimentar a culinária da cidade, que fica especialmente mais chamativa nessa época: sanduíche po-boy (que normalmente tem um recheio de carne no pão tipo baguete), king cake (um bolo oval trançado coberto com glacê branco) e outros pratos que merecem sua atenção quando for até o local. Aurora Boreal Ter a oportunidade de ver a Aurora Boreal é o sonho de muita gente. A região de Fairbanks, no Alaska, é um dos locais onde mais se tem essa possibilidade, pois está justamente na zona da Aurora. Porém, para ir até as regiões onde se é possível ter uma observação mais clara, é preciso contar com guias especializados. Assim, você vai ser levado até os melhores locais, e a iluminação artificial não vai interferir naquela beleza toda! E a melhor época do ano é justamente entre os períodos de outono e inverno, que vão de setembro até março, e a maior incidência é durante o inverno. Ou seja, se esse é o seu sonho, aproveite o inverno e vai viver essa experiência única! E então, o que achou de conhecer um pouco mais sobre locais para ir no inverno dos EUA? Como eu falei um pouco mais acima, quem está acostumado com o clima tropical do Brasil pode até estranhar um pouco no início, mas existem muitas formas de aproveitar esse período por aqui. Para conhecer também sobre as tradições de ano novo dos EUA, continue no blog e acompanhe um outro conteúdo que preparei!
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Diversificação de investimentos: saiba a importância e como realizar
Investir é uma etapa fundamental para a construção de riqueza e segurança financeira ao longo do tempo, e a diversificação de investimentos desempenha um papel crucial nesse processo. Essa estratégia permite que o dinheiro trabalhe para você de forma mais eficiente, potencializando suas metas financeiras e ajudando a reduzir riscos. Assim, você pode criar uma reserva financeira para momentos de imprevisto, construir patrimônio para o futuro e garantir mais estabilidade. E acredite: isso influencia muito na sua qualidade de vida e bem-estar. Porém, o que pouca gente leva em consideração é que a diversificação de investimentos é tão importante quanto. Se todo o seu dinheiro é destinado apenas a um objetivo, os riscos são maiores. Não se preocupe: eu preparei um material para abordar sobre a necessidade de diversificar investimentos e como você pode aplicar essa estratégia. Vem comigo! Dividir para multiplicar: por que apostar nessa estratégia? Entenda com um exemplo rápido que eu trouxe: vamos supor que você tem um perfil mais arrojado e investe apenas em algo que tem mais riscos, mas que o retorno é mais positivo quando está em alta. Porém, se essa aplicação tem uma queda, significa que tudo o que aplicou também teve queda. Você vai perder dinheiro ai! Só esse exemplo já ilustra bem a importância de diversificar seus investimentos. Os riscos são menores, e você consegue garantir mais eficiência para o seu patrimônio. Quando você diversifica em investimentos de diferentes naturezas, se uma aplicação tem baixa, a outra vai compensar essa "perda" momentânea. Justamente por isso é que, no momento de diversificar, é preciso entender bem qual é o seu perfil, quais são as aplicações que mais estão chamando a atenção naquele momento, além, claro, de contar sempre que possível com o apoio de profissionais que entendem sobre o assunto. Por falar em perfil de investidor, esse é um ponto importante de se ter em mente. Eles são: conservador — como o próprio nome já sugere, é um perfil de investidor que vai buscar segurança para o seu patrimônio. Por isso, escolhe aplicações que tenham um retorno menor, mas que são bem mais seguras; moderado — no caso do investidor moderado, ele até topa correr algum risco para ter retorno a médio prazo. Nesse sentido, tem baixa necessidade de liquidez (isto é, não tem necessidade de tirar o dinheiro antes do prazo estabelecido pela aplicação); agressivo — este investidor vai ousar mais e deve ter mais maturidade de mercado. Procura por aplicações que tenham um retorno maior, mas com riscos também maiores. O seu objetivo é o de garantir liquidez a longo prazo, então também não tem necessidade de liquidez imediata. Quais são as formas de diversificação de investimentos? Primeiro, como eu apresentei os perfis de investidores, é importante ter em mente qual é o seu para destinar as suas aplicações de acordo com os riscos. Você também deve levar em consideração a sua necessidade de liquidez. Por exemplo, se você sabe que vai precisar retirar esse dinheiro em um curto prazo, deve evitar fazer um investimento de baixa liquidez. O que pode ser diversificado Por isso, é importante entender o que pode ser diversificado. Prazos, por exemplo. Pense em planos de diversificação pensando em objetivos a curto, médio e longo prazo. Também vá para diferentes setores da economia. É possível investir em fundos imobiliários e em ações. São áreas diferentes e que podem garantir mais segurança se uma das aplicações não estiver alcançando o retorno esperado. E não deixe de ter uma reserva de emergência. Porque, assim, caso haja qualquer necessidade imediata, não é preciso mexer nos seus fundos. Até mesmo se você tiver um perfil mais conservador, é possível diversificar. Dentro do que se chama de renda fixa (fixed income), com regras de retorno já bem definidas assim que você faz aplicação, você tem oportunidades: entenda todas elas, quais são as taxas e aquelas que mais combinam com os seus objetivos! Como começar a montar uma carteira de investimentos nos EUA? Iniciar uma carteira de investimentos nos EUA pode ser um passo estratégico para diversificar seus ativos e buscar crescimento financeiro. Aqui estão três caminhos principais que você pode explorar! 1. Comprar ações de empresas dos Estados Unidos Para começar a investir em ações nos EUA, você precisa abrir uma conta em uma corretora de valores. Corretoras como Charles Schwab, TD Ameritrade e E*TRADE são populares entre investidores e oferecem plataformas robustas para negociação de ações. Aqui estão os passos básicos: Escolha uma corretora: pesquise e escolha uma corretora que atenda às suas necessidades, levando em consideração as taxas, a facilidade de uso da plataforma e os recursos educacionais oferecidos; Abra uma conta: você precisará fornecer informações pessoais e financeiras, como seu número de seguro social (SSN) e detalhes de emprego; Deposite fundos: transfira dinheiro para sua conta de corretagem, o que pode ser feito por transferência bancária ou cheque; Pesquise ações: use as ferramentas de pesquisa da corretora para encontrar ações que correspondam ao seu perfil de investidor. Ferramentas como o Yahoo Finance ou o Google Finance também podem ser úteis; Faça seu primeiro investimento: compre ações através da plataforma de negociação da corretora, definindo o número e tipo de ações que deseja comprar. 2. Investir em imóveis O investimento imobiliário nos EUA pode ser feito de várias maneiras, desde a compra direta de propriedades até a participação em fundos de investimento imobiliário (REITs). Para começar: pesquisa de mercado: identifique os mercados imobiliários com alto potencial de valorização ou renda de aluguel. Ferramentas como Zillow e Trulia podem ajudar a entender as tendências do mercado; financiamento: se você não está comprando à vista, explore suas opções de financiamento para comprar um imóvel; contrate um agente imobiliário: um bom agente pode ajudar a encontrar propriedades, negociar preços e lidar com a papelada. Certifique-se de que eles têm experiência com investidores estrangeiros; considere REITs: se você prefere não gerenciar propriedades diretamente, os REITs são uma maneira de investir em imóveis sem possuir fisicamente a propriedade. Eles são negociados em bolsa de valores como ações e podem ser comprados através de corretoras. Para isso, é preciso abrir uma conta de corretagem (Brokerage Account). 3. Contar com o apoio das corretoras e assessores de investimentos Lembre-se, é crucial fazer sua própria pesquisa e considerar consultar um profissional financeiro antes de tomar decisões de investimento. Principalmente para quem está começando no ramo, é essencial contar com o apoio da assessoria de investimentos ou de uma corretora. Entre os diferenciais de fechar esse tipo de serviço, eu destaco principalmente: investimento realizado de acordo com o seu objetivo e alinhado às suas expectativas de retorno e risco; decisões mais efetivas, principalmente no que diz respeito sobre quais são as aplicações que podem ser diversificadas; melhor entendimento e gerenciamento de riscos, além de ter uma consultoria sobre quais são os investimentos mais viáveis para serem feitos naquele momento; ter acesso a diferentes tipos de investimentos, o que facilita ainda mais na diversificação e nas tomadas de decisão para aplicar os dólares; ter acesso a investimentos exclusivos, pois algumas corretoras e assessores têm acesso a fundos e produtos de investimento que não estão disponíveis para o público em geral. Empresas como Vanguard, Fidelity e Merrill Lynch são conhecidas por seus serviços de assessoria de investimentos e podem oferecer uma gama completa de opções de investimento, desde ações e títulos até fundos mútuos. Neste material eu quis trazer um pouquinho mais de informações a respeito da diversificação de investimentos. Como você pôde ver, ao contar com diferentes aplicações, o risco é muito menor. Se um investimento está abaixo da expectativa criada de retorno, outro de uma área diferente pode trazer a liquidez que você espera, o que permite mais controle de seu patrimônio. E se você gostou deste conteúdo, compartilhe nas redes sociais com as suas conexões! É sempre importante ter acesso a informações como essas!
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Como lidar com a solidão de morar fora do seu país?
Morar fora do país de origem é sem dúvida uma grande experiência, não é? Conhecer pessoas novas, mergulhar em um novo idioma e cultura, ganhar em uma moeda estrangeira forte... À primeira vista, tudo parece um sonho. Mas quem decide viver essa aventura não pode se esquecer de alguns aspectos nem tão vantajosos assim. Afinal, às vezes pode ser difícil, por exemplo, lidar com a solidão. Sentir-se só é uma parte significativa desse processo. É importante reconhecer esse sentimento e saber como lidar com ele. Tudo pode ficar mais fácil quando a gente lembra que a solidão é uma experiência comum para muitos expatriados e imigrantes. Mas não significa que você tenha que conviver com ela. Existem várias estratégias eficazes para construir uma vida social e emocional mais feliz no país onde você está agora. Sem falar que você tem um amigo aqui também, e eu venho ajudar com dicas para você lidar melhor com a solidão morando longe de casa. Check it out! Participação em comunidades locais Antes de tudo, não se esqueça de que você não é a única pessoa que está morando fora do seu país. Aí onde você está existem vários indivíduos que estão nessa mesma situação. Que tal se aproximar deles para se sentir menos só? Procure se envolver com as comunidades locais, participar de grupos culturais, marcar presença em clubes esportivos ou até mesmo fazer algumas atividades de voluntariado. É um jeito interessante de estabelecer conexão com novas pessoas e fazer mais amizades. Procure se informar sobre atividades desse tipo, tanto com brasileiros quanto com pessoas nativas do país onde você está. Dessa forma, você terá sempre algo para fazer, a solidão vai passar bem longe e a sua saúde mental ficará em dia. Utilização de plataformas online A distância física é uma das grandes causadoras da sensação de solidão por morar fora do país de origem. É verdade que essa situação não dá para resolver de uma hora para outra, mas a tecnologia é uma grande aliada e pode minimizar essa sensação encurtando as distâncias. Então, vale recorrer aos recursos tecnológicos para se sentir mais perto de outras pessoas. Uma alternativa são as plataformas online. Você pode espantar a solidão, por exemplo, participando mais ativamente das redes sociais. Vale encontrar grupos de pessoas com os mesmos interesses que você, ou até mesmo aqueles que estão em uma situação parecida. Vocês podem trocar dicas e informações, além de fazer companhia uns para os outros. Também é legal participar de fóruns ou de aplicativos específicos para pessoas expatriadas. Esse é um bom caminho para formar uma rede de apoio mútuo e dividir aquilo que você está sentindo com pessoas que compreendem a sua situação porque estão passando pelo mesmo. Aproveitamento de oportunidades de networking Focar no trabalho pode ser um bom caminho para você espantar a solidão e esquecer a saudade da rotina antiga. Aproveite as oportunidades de emprego para fazer networking e fortalecer a sua identidade profissional. Existem vários caminhos para isso. Você pode, por exemplo, ter uma participação ativa em eventos da sua área de atuação ou da sua área de interesse. Também, participar de encontros, feiras e atividades sociais que permitam expandir a sua rede de contatos. Essas são grandes oportunidades para conhecer pessoas diferentes, entrar em contato com empresas, criar ou fortalecer relacionamentos mais significativos para a sua carreira no exterior e, de quebra, se sentir mais à vontade com o idioma. Aulas e cursos locais A escola é um ambiente de socialização muito importante para o desenvolvimento das crianças, mas depois que a gente cresce não muda muito. Estar em sala de aula é uma forma de adultos socializarem, criarem contatos, fazerem amigos e vencerem a solidão de estar fora do país de origem. Por isso, minha próxima dica para você é investir em seus estudos. Participe de aulas ou de cursos locais. Pode ser para aprender uma habilidade nova, melhorar o inglês, adquirir ou aprofundar mais conhecimentos, aprimorar as suas habilidades existentes ou qualquer outro motivo. Até mesmo só para passar o tempo! Seja como for, os cursos proporcionam, naturalmente, oportunidades de interação e socialização. A partir de um deles, podem surgir ainda outras opções para você continuar se conectando com pessoas e descobrindo mais e mais atividades. Isso vai preencher o seu tempo, evitando que a solidão se sobressaia. Mantenha comunicação com a família e amigos Ainda há pouco falei para você sobre a importância de explorar a tecnologia, certo? Mas ela não serve só para conhecer gente nova. Também é uma grande aliada para manter um contato mais intenso com as pessoas que ficaram no seu país de origem. É fundamental que você não corte os laços e as conexões de uma hora para outra. Tem mais é que continuar conversando com os seus familiares e amigos para poder matar a saudade de casa e colocar a fofoca em dia. Mas em vez de você se limitar às mensagens de texto, procure fazer videochamadas, por exemplo. Olhar para os outros, mesmo que através de uma tela, ajuda a reduzir a sensação de distanciamento. As conversas em tempo real fazem com que as pessoas se sintam mais próximas umas das outras. Para você, é uma excelente forma de combater a solidão. É verdade que, às vezes, o fuso horário atrapalha um pouco, mas dá para se organizar e encontrar um momento que fique bom para todo mundo. Dá até para fazer chamadas com várias pessoas ao mesmo tempo, e isso é bem legal para comemorar e marcar presença nas datas especiais. Busca de apoio profissional ou grupos de apoio Se mesmo com todas essas medidas a solidão ainda bater forte, você pode ir além e buscar ajuda profissional. Vale conversar com terapeutas ou conselheiros sobre tudo aquilo que está acontecendo com você, as grandes mudanças pelas quais a sua vida está passando agora. Inclusive, há muitos profissionais brasileiros especializados no público imigrante, sabia? Profissionais brasileiros de saúde mental nos EUA Muitos psicólogos e terapeutas brasileiros que migraram para os Estados Unidos e construíram suas carreiras ali identificaram uma necessidade especial de atender ao público imigrante. Esses profissionais, ao falarem português e terem um background cultural similar, apresentam uma compreensão profunda das questões específicas enfrentadas por imigrantes, como choque cultural, saudade e o processo de integração em uma nova sociedade. Essa sintonia cultural e linguística facilita a criação de um espaço terapêutico mais acolhedor e compreensivo, no qual os imigrantes podem se sentir verdadeiramente ouvidos e compreendidos. Ali, compartilhar emoções, sentimentos, dúvidas e inseguranças ajuda muito não só a aliviar a solidão, como também a ansiedade e o estresse, que podem ser decorrentes dela e do processo de adaptação. Além de receber palavras de apoio e de compreensão. Grupos de apoio É interessante participar de grupos de apoio locais para partilhar tudo isso, falar das suas experiências e escutar o que as outras pessoas têm a dizer também. Assim, você vai se sentir menos só e vai perceber que existem muitos outros que estão passando pela mesma situação, que compartilham tudo aquilo que você está sentindo. É possível até mesmo fazer novos amigos dentro desses grupos e dessas redes de apoio. Quanto mais pessoas você procurar conhecer, menor será o seu tempo só e mais longe a solidão vai ficar. Ao se mudar para um país diferente, é sempre importante lembrar que os momentos de solidão podem acontecer. Então, já se prepare para enfrentar isso. Mantenha a comunicação com a sua família e os amigos, mas busque atividades que permitam conhecer gente nova e preencher seu tempo com algo que você goste e que favoreça a interação e a socialização. Gostou das dicas? Então, me siga no Instagram, no Facebook e no LinkedIn para conferir outras boas sugestões como essas!
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Cuidados com o carro no inverno: 6 lições para não atolar na neve
Quem não está acostumado com temperaturas muito baixas pode não saber como lidar com situações cotidianas no frio rigoroso. Um exemplo prático são os cuidados com o carro no inverno, isso ajuda a não atolar na neve ou sofrer acidentes. Nos EUA, pessoas em diversas regiões passam por isso, especialmente aquelas que moram ou estão visitando os estados ao norte do país. Em locais como Nova York, Chicago, Boston, Aspen, Denver e muitas outras cidades, a neve se torna parte da rotina. Pra ajudar nessa missão, listei aqui conselhos que vão fazer a diferença para quem vai andar de carro nos Estados Unidos durante esse inverno mais brabo. Dá uma olhada! 1. Prepare seu veículo Em primeiro lugar, alguns detalhes merecem atenção especial nessa época do ano. Obviamente, o veículo deve estar bem cuidado o tempo todo para evitar problemas. Entretanto, com a chegada do inverno, é recomendável focar nos seguintes aspectos. Luzes Uma das coisas que são mais afetadas ao dirigir na neve é a visibilidade. Por isso, as lâmpadas do carro precisam estar em perfeito funcionamento para prevenir acidentes e ajudar a enxergar os detalhes das vias. Cheque tudo: luzes traseiras, de sinalização, freio e faróis dianteiros. É importante que você veja bem o que está à sua volta e que seja visto pelos outros motoristas! Bateria No frio, o óleo do motor tem sua consistência alterada e acaba exigindo mais da bateria para dar partida no carro. Fique de olho se a sua bateria está em boas condições, principalmente nesse período em que ela precisa se "esforçar" mais. Além disso, vale a pena fazer uma revisão geral e, para economizar energia, evite deixar o carro com as luzes e outros acessórios ligados sem necessidade. Lembre-se de que temperaturas muito baixas ou muito altas podem afetar a capacidade da bateria de reter carga. O frio extremo, em particular, pode reduzir significativamente a capacidade da bateria. Ar condicionado/aquecedor Ainda que você provavelmente não vá precisar ligar o ar-condicionado no frio, é importante garantir que o sistema esteja operando perfeitamente. Outro ponto importante: o aquecedor tende a ficar parado por muito tempo, acumulando fungos, bactérias e poeira. Portanto, fazer uma higienização pode ajudar a evitar doenças respiratórias enquanto você respira o ar abafado no carro. Limpador de para-brisas Outra situação comum no frio é o ressecamento das palhetas dos limpadores de para-brisa (windshield wiper blade), dificultando a limpeza do vidro — o que não pode acontecer quando você mais precisar dele limpo, em meio à neve. Para completar, verifique sempre se o reservatório de água está cheio. Algumas pessoas ainda colocam detergente para facilitar a limpeza. Você também faz isso? Fluidos Antes de chegar o inverno, verifique também os fluidos do seu carro: Óleo do motor: no inverno, o óleo pode engrossar devido às baixas temperaturas, o que pode dificultar a partida do motor e reduzir a eficiência da lubrificação; Fluido de arrefecimento: também conhecido como líquido de radiador ou anticongelante, ele é essencial para manter o motor na temperatura adequada. Durante o inverno, é fundamental garantir que o fluido de arrefecimento não congele, pois isso pode causar danos ao motor Fluido de freio: ele é vital para o sistema de frenagem. Como as baixas temperaturas podem afetar sua viscosidade e propriedades, é recomendável verificar e, se necessário, substituir o fluido de freio antes do inverno. Lembrando que existem versões desses produtos fabricadas para aguentar temperaturas mais baixas. 2. Foco nos pneus Para muitos brasileiros nos EUA, a existência dos pneus de inverno é desconhecida, já que, em um país quente e tropical como o Brasil, isso não é realmente uma necessidade. Contudo, em regiões montanhosas e com frio intenso, esse tipo de pneu é altamente recomendado, pois melhora a aderência e facilita a dispersão de neve (ou água). Eles são identificados com marcações especiais e, geralmente, têm o código M+S de Mud and Snow (lama e neve). Portanto, se você acabou de comprar um carro nos EUA e não entende muito sobre isso, é melhor verificar seus pneus antes do inverno dependendo da região em que estiver. Caso não tenha essa versão de pneus de inverno no seu veículo, então o uso das correntes (chamadas de tire chains ou snow chains) é fundamental para não derrapar. Além disso, elas devem ser instaladas em situações específicas e não ficam o ano inteiro ou o inverno todo atreladas aos pneus. Ou seja, tenha o acessório a bordo e saiba o que fazer com ele para não passar sufoco: mantenha o veículo em um lugar totalmente plano; verifique quais são as rodas de tração para colocar as correntes (por exemplo, os veículos 4x4 exigem correntes nas 4 rodas); estique bem a corrente no chão e passe por trás da roda; pegue os dois extremos do aro da corrente para uni-los, na parte da frente e de trás; a ponta da corrente que fica solta passa pelo tensor, deixando bem preso e esticado. Outra dica: procure saber qual o limite de velocidade quando estiver dirigindo com os pneus acorrentados. Em geral, não é permitido passar dos 30 milhas por hora. Dessa forma, além do perigo, você evita ganhar uma multa de trânsito ou problemas com a sua carteira de motorista. 3. Remova a neve com cuidado Não tem jeito, o inverno traz inconvenientes para os motoristas e também para os pedestres. Por exemplo, encontrar uma camada de gelo sobre o seu carro exige certa delicadeza para remover do jeito certo, sem causar estragos. Se o seu carro é novo ou se optou por comprar um carro usado, e se você mora em um lugar frio, esse tipo de cuidado vai ajudar a preservar o veículo por mais tempo, especialmente levando em conta que o inverno pode durar meses. Nos vidros da janela e para-brisas, água em temperatura ambiente ou produtos específicos para descongelar funcionam bem. É relativamente fácil encontrar descongelantes (conhecidos como snow melt ou de-icer) em lojas, especialmente em cidades onde costuma nevar. Além disso, ter uma espátula de plástico ou uma escova de borracha específicas para essa tarefa é válido, dependendo da quantidade de neve ou gelo acumulada. Esse cuidado com a remoção da neve é essencial para garantir sua visibilidade e também para reduzir os riscos para outros motoristas. Por exemplo, o gelo acumulado no teto do carro pode se soltar e atingir outros veículos ou pedestres. 4. Invista em equipamentos de neve Esses acessórios provavelmente são desconhecidos por quem nunca morou ou dirigiu na neve. Já ouviu falar em snow blowers e shovels? Especificamente, um snow blower é como um miniveículo removedor de neve, sendo muito útil para retirar alguns centímetros até cerca de três metros de neve. Já a shovel é uma pá para empurrar e remover a neve com mais facilidade. Você deve encontrar ambos em tamanhos diferentes, e nada impede que mantenha uma no seu porta-malas. Por fim, os aventureiros que estão dispostos a investir em equipamentos para neve podem considerar o uso de esteiras de tração para os pneus. Essas esteiras são particularmente úteis para veículos off-road, como jipes e caminhonetes, mas podem ser usadas por qualquer carro em situações de emergência. Assim, qualquer terreno acidentado ou difícil de dirigir se torna mais manejável, reduzindo as chances de atolar ou de furar os pneus. 5. Monte um kit de emergência de inverno Imprevistos são imprevistos: isto é, nunca se sabe como ou quando eles vão acontecer. Para não passar apuros no inverno rigoroso, tenha um kit de emergência no carro com itens que vão ajudar a salvar você em determinadas situações. Por exemplo: cobertores, lanterna e até alimentos podem ser necessários caso as condições climáticas causem algum transtorno ou façam você ficar dentro do veículo por um tempo maior que o esperado. Outro objeto que acabou se tornando essencial é o celular. Pensando nisso, seja prudente e tenha bateria extra (como power bank) e cabo para carregar o aparelho caso precise, já que ficar sem comunicação não é uma boa ideia. Como falei mais ao início, as baterias podem descarregar com maior facilidade em baixas temperaturas; portanto, os cabos de ligação também são úteis. Além disso, não se esqueça do básico, que é ter um kit de primeiros-socorros com curativos, medicamentos, tesoura etc. 6. Saiba como dirigir na neve Para finalizar este conteúdo cheio de dicas de cuidados com o carro no inverno, não poderiam faltar as recomendações para sua condução, certo? Então, passe por cada tópico a seguir para saber se você já está fera em dirigir na neve: ande em velocidade moderada ao dirigir em vias cobertas de neve, respeitando os limites locais e considerando que a ocasião exige reduzir o movimento; adquira velocidade aplicando uma força leve e constante no pedal do acelerador, pois variações bruscas podem influenciar na tração dos pneus; mantenha um espaço extra de distância dos carros ao seu redor para ter maior segurança e espaço de manobra se for necessário; ao avistar uma curva, comece a frear antecipadamente mesmo antes de virar o volante e continue mantendo uma direção suave; se perceber que o carro perdeu um pouco da aderência devido ao gelo, não entre em pânico e mantenha-se firme ao volante até recuperar o controle total; evite ficar mudando de faixa, mas, se precisar, faça isso com muita cautela e sinalizando com antecedência sua intenção; tente embalar nas subidas para não ter que parar ou reiniciar a marcha por perder força, lembrando que a aceleração excessiva tende a aumentar o risco de derrapar. Por último, uma dica básica que ainda passa despercebida para muita gente: manter o tanque sempre cheio! Afinal, pode ser necessário recalcular suas rotas dependendo das condições do tempo e das estradas e, para rodar alguns quilômetros a mais do que o planejado, é sempre bom estar tranquilo em relação ao combustível disponível. Gostou do conteúdo sobre cuidados com o carro no inverno? Quem está chegando a uma região fria dos EUA agora deve se preocupar com uma direção segura, ainda mais se não estiver habituado a dirigir nessas condições. Vale a pena compartilhar as dicas com amigos! Aproveite para conferir outra leitura interessante sobre poder de compra e organização financeira. Com o Monkey, você não fica na mão!
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Como são as leis de proteção ao consumidor nos EUA? Confira!
Entender as leis de proteção ao consumidor é essencial, não importa onde você esteja. Nos EUA, as leis estaduais e federais trabalham juntas para evitar práticas abusivas e garantir que você saiba seus direitos. Este guia rápido vai te mostrar o essencial sobre as leis de proteção ao consumidor nos Estados Unidos, desde o que esperar ao comprar produtos e adquirir serviços até quem procurar para pedir auxílio, caso alguém te prejudique de alguma forma. Se quer saber um pouco mais sobre o assunto e ficar por dentro dos seus direitos no país, não deixe de acompanhar este material que eu elaborei! Como funciona o direito ao consumidor nos EUA As leis de proteção ao consumidor nos Estados Unidos são bem avançadas e com muitos tópicos parecidos com as leis do Brasil. Por exemplo, se um cliente adquire um produto ou um serviço, é preciso que funcione corretamente e que tudo o que divulgaram a respeito dele seja de fato coerente com a realidade. Além disso, um ponto interessante é que as empresas que fazem alguma exportação para o país precisam ficar muito atentas. O nível de exigência das pessoas é alto e, caso haja qualquer tipo de irregularidade, com certeza vão ter dores de cabeça. E, assim como no Brasil, há total amparo para os consumidores que adquirem qualquer tipo de produto por meio da internet. Não é possível, por exemplo, cobrar qualquer valor de taxa adicional depois que o cliente finalizar a compra, a não ser que isso esteja claro nos termos de venda. Quais as principais leis de proteção ao consumidor Agora, vou explicar sobre as principais leis de proteção ao consumidor nos Estados Unidos. Confira! Fair Credit Reporting Act O Fair Credit Reporting Act (FCRA) é uma lei federal dos Estados Unidos que regula a coleta, disseminação e uso de informações de crédito ao consumidor. Segundo o ato, informações de relatórios de consumidores não podem ser fornecidas a quem não tenha um propósito especificado na lei. Para quem mora nos Estados Unidos e deseja ter acesso a qualquer tipo de produto ou serviço, com certeza o crédito é um dos principais bens que a pessoa pode ter. Por isso, as lojas ou as instituições financeiras podem acessar as informações, mas com algumas ressalvas que estão previstas na Lei. Por exemplo, a Lei do Histórico Justo de Crédito, que o governo criou em 1970, tem como objetivo impedir que as informações pessoais estejam desatualizadas. Se em algum momento você teve algum problema de crédito, mas já resolveu, essa consulta precisa mostrar que está tudo ok. Nesse sentido, o Fair Credit Reporting Act é um amparo para que você possa contestar sempre que necessário os dados que estiverem imprecisos ou desatualizados. Fair Housing Act O Fair Housing Act, também conhecido como Lei de Habitação Justa, é uma legislação federal dos Estados Unidos que visa proteger as pessoas da discriminação ao alugar ou comprar uma casa, obter uma hipoteca, buscar assistência habitacional ou realizar outras atividades relacionadas à habitação. A lei proíbe especificamente a discriminação com base em raça, cor, origem nacional, religião, sexo (incluindo identidade de gênero e orientação sexual), status familiar ou deficiência. Antes do Congresso aprovar a lei Fair Housing Act, por exemplo, proprietários de imóveis podiam barrar a compra da pessoa simplesmente porque acreditavam que aquele bairro não era para aquele comprador. Ao implementar a lei em 1968, o país teve como intuito justamente o de impedir esse tratamento diferenciado, tanto na compra quanto no aluguel. Essa lei foi ampliada em 1974 para questões de gênero e em 1988 para pessoas com deficiência. The Fair Debt Collection Practices Act (FDCPA) No Brasil, um ponto muito importante que está presente na lei de proteção do consumidor é relacionado às cobranças abusivas ou indevidas. Nos Estados Unidos, também existe um tópico que aborda justamente esse ponto. O Fair Debt Collection Practices Act (FDCPA) é uma lei federal dos Estados Unidos que restringe as práticas de cobrança de dívidas por parte de coletores terceirizados. Esta lei proíbe os cobradores de dívidas de terceiros de usarem condutas enganosas ou abusivas na cobrança de dívidas de consumo que os consumidores contraíram para fins pessoais, familiares ou domésticos. Por exemplo, esses cobradores não podem contatar devedores em horários inapropriados, submetê-los a chamadas telefônicas repetidas ou revelar a existência de dívidas a outras pessoas. Foi criada para que não haja nenhum tipo de cobrança enganosa ou abusiva, protegendo as pessoas de práticas desleais que podem ocorrer no mercado. Seção 5 da Federal Trade Act: Unfair or Deceptive Acts or Practices É uma disposição fundamental que autoriza a Comissão Federal de Comércio (FTC, em inglês) a prevenir métodos desleais de competição, bem como práticas comerciais injustas ou enganosas que afetam o comércio. Dessa forma, a lei vai evitar alguns pontos específicos, como: práticas desleais — no caso das práticas desleais, evitam que as pessoas tenham qualquer tipo de dano; práticas enganosas — como o próprio nome já diz, o consumidor fica protegido quanto a atitudes enganosas, que o leva a cometer erros ou que a interpretação relacionada a um produto ou serviço seja equivocada em relação ao que realmente oferece. Telephone Consumer Protection Act O consumidor de serviços telefônicos também está amparado pela lei. Trata-se da Telephone Consumer Protection Act. Nela, há a garantia de que a pessoa não pode ser enganada e nem mesmo assediada por parte de profissionais de telemarketing. Além disso, oferece a opção de inscrever seus números de telefone na lista "Do Not Call", que proíbe telemarketers de fazer chamadas indesejadas para esses números. Os consumidores também têm o direito de reportar e denunciar chamadas abusivas ou não autorizadas, fortalecendo assim a sua proteção contra o telemarketing invasivo. Como o imigrante está amparado nas leis Como eu expliquei, existe até mesmo uma lei que proíbe discriminação e tratamento diferenciado para imigrantes que desejam comprar ou alugar uma residência em qualquer bairro ou região. O brasileiro que mora nos Estados Unidos pode usufruir dos mesmos direitos do consumidor, pois as práticas abusivas, propagandas enganosas e atitudes desleais não podem ocorrer dentro do território nacional. O ideal é entender quais são os meios de comunicação utilizados para denunciar qualquer tipo de prática que esteja em desacordo. Veja alguns lugares aos quais você pode recorrer enquanto imigrante. Federal Trade Commission (FTC) A FTC é a agência nacional responsável por proteger os consumidores contra práticas comerciais injustas ou enganosas. Você pode apresentar uma queixa online em seu site se achar que foi vítima de fraude ou práticas comerciais injustas. Consumer Financial Protection Bureau (CFPB) Para questões relacionadas a produtos e serviços financeiros, como empréstimos e cartões de crédito, você pode apresentar uma queixa ao CFPB, que trabalha para garantir que as empresas financeiras tratem os consumidores de forma justa. State Attorney General’s Office Cada estado tem um escritório do Procurador-Geral que pode ajudar com queixas de consumidores. Eles podem fornecer informações sobre seus direitos e como proceder com uma queixa. Faça uma busca do representante do seu estado neste link. Local Consumer Protection Agencies Alguns condados e cidades têm suas próprias agências de proteção ao consumidor que podem oferecer assistência e informações sobre como lidar com práticas comerciais injustas. Também não deixe de entender as particularidades de seu estado, pois podem ter leis específicas de proteção ao consumidor apenas para aquela localidade. Por exemplo, a California Consumer Privacy Act (CCPA) oferece aos residentes da California direitos adicionais relacionados à privacidade de seus dados pessoais. Neste conteúdo, eu expliquei um pouquinho mais sobre as leis de proteção ao consumidor nos Estados Unidos. Como pude explicar, são leis avançadas, que contemplam várias questões que merecem atenção. Assim como no Brasil, não deixe seus direitos ficarem para trás e busque apoio sempre que for necessário. Se gostou deste artigo, compartilhe em suas redes sociais para seus amigos também ficarem por dentro das leis de proteção ao consumidor!
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Saiba como investir para a aposentadoria e planeje seu futuro
Se você está pensando em construir uma vida nos EUA, precisa se preparar não só para o presente como também para o futuro, com metas financeiras claras. Investir para aposentadoria é uma preocupação para todo mundo que quer aproveitar a vida depois de trabalhar tanto. Mas como funciona esse investimento nos Estados Unidos? Quais são as diferenças entre contribuição comparando com o Brasil? Eu vim responder a todas essas dúvidas. Confira! Por que você deve pensar na aposentadoria desde agora? É um fato que muitas pessoas não pensam na aposentadoria até ela se tornar um futuro próximo. Afinal, temos essa tendência de achar que teremos disposição, força e juventude para sempre no trabalho. Porém, se tudo der certo, vai chegar o dia em que você vai querer um descanso do trabalho e aproveitar para viajar, conviver com filhos e netos ou apenas curtir a vida com segurança financeira. Quanto mais cedo a pessoa pensa na aposentadoria, melhores condições terá para ela no futuro. Esse planejamento não é apenas em relação à contribuição tradicional, mas também a busca por investimentos que gerem renda passiva. Vamos conversar sobre as duas opções. Mas, primeiro, quero só reforçar que você cultive esta mentalidade: um bom padrão de vida é construído pelo equilíbrio entre gastos necessários e de desejos no presente e uma economia de reservas para o futuro. Como investir para aposentadoria nos EUA? Investir para aposentadoria nos EUA não é similar ao Brasil em muitos aspectos. Você pode tanto optar por serviços privados como contar com a contribuição pública, ligada ao Social Security. Vou falar sobre ela em breve! Se você quer fazer esse investimento além do Social Security, veja algumas opções que muitos cidadãos americanos utilizam. Aposentadoria Privada Assim como no Brasil, os Estados Unidos contam com diversas opções de serviços de aposentadoria privada. As condições de pagamento, tempo de contribuição e pagamentos futuros dependem dos termos do contrato. Nesse caso, vale a regra de competição do mercado. É seu papel comparar as opções e encontrar aquela que melhor se encaixa no seu planejamento a longo prazo. Existe também a alternativa de plano indexado, que é um modelo padrão para seguradoras no país. Se você escolher essa via, tem algumas vantagens como ausência de limite para contribuição, tempo de carência de 6 a 10 anos apenas e seguro de vida. Traditional IRA A Individual Retirement Arrangement, ou Conta Individual de Aposentadoria, é um serviço gerido por instituições financeiras, sendo também um investimento privado. Estes são planos de aposentadoria que indivíduos podem estabelecer em uma instituição financeira para manter investimentos como ações, fundos mútuos, títulos e dinheiro. No IRA tradicional, você não paga imposto sobre o rendimento, apenas quando saca o retorno. No chamado Roth IRA, o rendimento é taxado e o saque, não. É uma opção interessante para quem quer investir para aposentadoria, mas você deve ter algumas informações em mente: há um limite de contribuição e renda, além dos rendimentos oscilarem com o mercado. Defined Contribution Plans Este é um tipo de plano de aposentadoria no qual o montante da contribuição é definido, mas o benefício futuro não é. Exemplos incluem os planos 401(k) e 403(b), nos quais os empregados contribuem com uma parte de seu salário e, muitas vezes, o empregador também faz uma contribuição correspondente. O próprio funcionário pode utilizar parte do salário para investir sem pagar impostos no ato do depósito. Vale saber que o 401(k) é um modelo de previdência para trabalhadores americanos — portanto, é um dos mais utilizados no país para aposentadoria. Para quem pretende fazer carreira corporativa, é uma opção padrão, que dá até para esquecer que está lá. No futuro, vai agradecer ao você do passado. Uma observação interessante: existe o solo 401(k) plan, um plano de aposentadoria para empresários autônomos sem funcionários, que permite contribuições tanto como empregador quanto como empregado. A aposentadoria nos EUA é diferente da do Brasil? Se os serviços de previdência privada podem ser análogos às seguradoras brasileiras, é importante entender que existe também aposentadoria pública nos EUA, mas ela é bem diferente do Brasil. Como funciona a aposentadoria pelo Social Security? A aposentadoria pelo Social Security nos Estados Unidos é um programa do governo federal que fornece benefícios de aposentadoria, incapacidade e sobrevivência. Ele foi projetado para ser apenas uma parte da renda de aposentadoria de uma pessoa. Então, é altamente aconselhável ter outras fontes de renda na aposentadoria. Tempo de contribuição A primeira divergência está no tempo de contribuição. Em território americano, você pode se aposentar caso tenha mais de 62 anos e tenha contribuído com as taxas do Social Security por, pelo menos, 10 anos — bem menos do que o limite mínimo brasileiro. Vale lembrar que esse sistema por lá é diferente: no Brasil, você pode continuar contribuindo mesmo desempregado; nos EUA, a contribuição é feita apenas quando você está formalmente empregado. Valor do benefício Uma semelhança entre os dois modelos é que o valor que você receberá de aposentadoria varia pela soma de idade aposentada com tempo de contribuição. Nos EUA, o valor do benefício é calculado com base nos 35 anos de maior ganho do trabalhador. Se você trabalhou menos de 35 anos, os anos faltantes são contados como zero no cálculo. Quanto mais você ganhar e quanto mais tempo trabalhar, maior será o benefício. Outros benefícios Além dos benefícios de aposentadoria, o Social Security também oferece benefícios por incapacidade se você não puder trabalhar devido a uma condição médica que se espera que dure pelo menos um ano ou resulte em morte. Os benefícios de sobrevivência são pagos aos dependentes de um trabalhador falecido. É preciso Green Card para se aposentar nos Estados Unidos? Embora o Green Card conceda acesso a vários benefícios do Seguro Social norteamericano, ele não é obrigatório para quem busca a previdência pública nos EUA. Para ter direito, basta cumprir os requisitos de trabalho legal no país e comprovar pelo menos 5 anos de residência — que não precisam ser consecutivos. Uma coisa que muita gente não sabe é que você pode usar seu tempo de contribuição trabalhando no Brasil para fazer essa conta! Os dois países possuem um chamado totalization agreement (acordo de totalização), que previne trabalhadores de contribuírem dobrado, mas também de receberem o benefício dobrado. Ou seja, você tem que escolher se quer receber a aposentadoria no Brasil ou nos EUA. Quais investimentos são mais atrativos? Contar com uma previdência é uma garantia de segurança no futuro, mas você pode aproveitar o planejamento a longo prazo para garantir ainda mais qualidade de vida e investir para a aposentadoria. Todo investimento feito hoje contribui para a tranquilidade de ter renda passiva e poder aproveitar a vida plenamente. Se você pretende conseguir isso nos Estados Unidos, existem uma série de investimentos robustos e lucrativos para diversificar sua carteira. Veja alguns exemplos: investimento em real estate (setor imobiliário para venda e aluguel); fundos de investimento; aposentadoria privada; ações (cujo risco varia de acordo com seu perfil e tempo de retorno); negócio próprio ou em sociedade, entre outros. Seja para esses tipos de investimento ou para a previdência, ter uma conta bancária nos Estados Unidos facilita muito o seu planejamento financeiro a longo prazo. E para os brasileiros que estão nessa jornada de organização financeira, eu, o seu melhor amigo nos EUA, sou um grande parceiro. No meu APP, o Monkey Money APP, ofereço não só um monte de vantagens como também dou aquele empurrãozinho com cashback em mais de 250 lojas parceiras. Imagina só, você economiza enquanto prepara o seu ninho para o futuro! Além disso, no meu blog, tenho muito conteúdo para a comunidade brasileira nos EUA, desde finanças até dicas culturais. E se você precisa de um serviço que fale a nossa língua, o Guia Monkey é o lugar certo para encontrar. É uma mão na roda para achar desde um personal trainer até um contador que entenda as nossas particularidades. Que tal saber ainda mais sobre como construir uma vida confortável e segura nos EUA? Veja 6 dicas imperdíveis para sua organização financeira!
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Plano de saúde para imigrantes nos EUA: tire suas dúvidas
Papo sério agora: vou falar sobre as possibilidades de se obter um plano de saúde nos EUA e um panorama do setor em geral. Mesmo tendo condições para isso, muita gente ainda fica com receio de se mudar para os Estados Unidos por conta das histórias que rolam, sempre mencionando amplos gastos e coberturas que deixam a desejar. Neste post, preparei um compilado de informações relevantes sobre plano de saúde nos EUA, coberturas públicas e privadas e gastos médios. Como os salários oferecidos no país costumam ser bem atrativos, a maioria das pessoas conseguem arcar com os gastos. Quer saber mais? Vem comigo, bro! Como funciona o sistema de saúde americano? Os Estados Unidos têm um dos melhores sistemas de saúde do mundo, tanto em termos de profissionais competentes quanto em instalações, a exemplo de hospitais, enfermarias e unidades intensivas. Afinal, o país tem suas próprias faculdades de ponta, formando especialistas de alto nível todo ano. Além disso, há os imigrantes que se mudam para trabalhar aqui, justamente para desfrutar de uma infraestrutura top de linha. De acordo com os dados do American Immigration Council (Conselho Americano de Imigração) há cerca de 247 mil médicos estrangeiros no país. Porém, se a sua pergunta for "Há algo parecido com o SUS brasileiro nos EUA?", a resposta é: ainda não. A cobertura oferecida pelo governo ainda não é tão vasta. Por isso, é extremamente recomendado que você coloque a contratação de um seguro saúde em seu orçamento mensal e nas suas projeções de gastos com o custo de vida no país. Sem um bom plano de saúde ou seguro saúde (mostrarei as diferenças adiante no texto), qualquer atendimento relacionado à saúde pode se tornar uma dor de cabeça financeira daquelas. De acordo com o USA Today, um plano individual custa, em média, 456 dólares. Já com o auxílio das empresas, ele sai por 111 dólares, em média. No entanto, ao contrário do que muitos pensam, os Estados Unidos oferecem sim duas coberturas de plano de saúde pagas pelo governo: o Medicare e o Medicaid. Contudo, eles têm algumas restrições, como eu te mostrarei no tópico a seguir. Existe acesso à saúde pública? Os Estados Unidos não têm um sistema público de cobertura universal na área de saúde. Segundo dados de 2022 do site Statista, mais de 20 milhões de americanos ainda não têm um plano de saúde — embora a porcentagem de pessoas que não tenha qualquer tipo de cobertura venha diminuindo. Como funciona o Medicare e Medicaid? Contudo, isso não significa que todo mundo fique totalmente desamparado. Há alguns programas que você já deve ter ouvido falar, como o Medicare, dedicado a pessoas que tenham 65 anos ou mais. Também existe o Medicaid, dedicado aos cidadãos carentes, de baixa renda. No caso do Medicaid, a cobertura pode variar, de acordo com cada estado. Assim, há limitações na Florida, mas um número maior de opções em New York, por exemplo. Esse plano prioriza crianças, grávidas e pessoas com deficiência física e mental. Além desses, há um programa específico para veteranos das Forças Armadas (os chamados vets na cultura popular). Crianças pertencentes a famílias pobres, que não se encaixam nas normas do Medicaid, também são amparadas pelo governo em um sistema específico. Como funcionam os planos privados? A maioria das pessoas que vivem nos Estados Unidos, americanos ou não, precisam adquirir um plano de saúde privado — seja por meio dos seus empregadores, seja gastando o seu próprio dinheiro. No caso dos planos de saúde privados, há variações nas normas e no valor a ser pago, de modo similar ao que acontece no Brasil. Em alguns casos, o segurado terá que pagar uma parte do seu próprio tratamento médico antes de ser ressarcido pela seguradora. Por isso, vale a pena tirar as dúvidas na hora de fechar um contrato! E para urgência/emergência? Nos Estados Unidos, existe a Lei de Tratamento Médico de Emergência e Trabalho Ativo (Emergency Medical Treatment and Active Labor Act - EMTALA) de 1986. Ela exige que hospitais que participam do programa Medicare e que ofereçam serviços de emergência forneçam uma avaliação médica de emergência a qualquer pessoa que procure atendimento em seu departamento de emergência — independentemente da capacidade da pessoa de pagar, do status de seguro ou da cidadania. Se for determinado que uma emergência médica existe, eles são obrigados a estabilizar a condição do paciente antes de uma transferência ou alta. No entanto, essa obrigação se limita a condições de emergência. Vale ter em mente que as clínicas de urgência (urgent care) e walk-in clinics geralmente oferecem serviços para condições que não são ameaçadoras à vida e que podem ser tratadas sem a necessidade de uma visita ao departamento de emergência. Estas clínicas podem cobrar pelos seus serviços e, embora possam atender pacientes sem seguro saúde, elas esperam o pagamento no momento do serviço. E o Obamacare? O Obamacare, oficialmente conhecido como Patient Protection and Affordable Care Act (PPACA) ou Affordable Care Act (ACA), é uma lei federal dos Estados Unidos promulgada pelo presidente Barack Obama em 2010. Obamacare foi o apelido, ligado aos esforços do ex-presidente Barack, e foi o que pegou mesmo. A lei tem como objetivo principal reduzir os custos dos seguros de saúde para aqueles que não têm cobertura e torna-los mais acessível e de qualidade para a população americana. O Obamacare não é um seguro ou plano de saúde em si, mas de um programa aprovado pelo governo Obama que exige que as seguradoras forneçam essas 10 coberturas mínimas: preventiva; ambulatorial; pediátrica; emergencial; tratamento de pacientes mentais; hospitalização; reabilitação; laboratorial; maternidade; prescrição de medicamentos. A ACA implementou várias proteções para os consumidores, como a proibição de negar cobertura ou cobrar mais de pessoas com condições pré-existentes, em fases terminais ou condições crônicas, assim como em cuidados de maternidade e gestação. Além de baratear consideravelmente os tratamentos, o grande diferencial do Obamacare é que o governo também repassa subsídios para as pessoas de baixa renda. Como conquistar esse benefício? Por meio da declaração do imposto de renda, que aponta se você é elegível ou não. Plano de saúde, seguro saúde... existe diferença? Nos Estados Unidos, os termos "seguro saúde" e "plano de saúde" muitas vezes são usados de forma intercambiável, mas podem ter conotações diferentes dependendo do contexto. Olha só: Seguro saúde O seguro saúde é um termo mais amplo que se refere a um contrato entre um indivíduo e uma companhia de seguros. A apólice de seguro é um acordo legal que obriga a seguradora a pagar parte ou todos os custos de saúde do indivíduo em troca de uma mensalidade. Plano de saúde Um plano de saúde geralmente se refere ao pacote específico de benefícios oferecido por companhias de seguros privadas ou programas de seguro saúde patrocinados pelo governo, como o Medicaid ou Medicare que mencionei. Ele detalha os serviços cobertos, o tipo de cobertura fornecida, os custos e quaisquer limitações ou restrições. Na prática, quando alguém nos EUA fala sobre seu plano de saúde, geralmente está se referindo aos detalhes específicos de sua cobertura — o que está incluído, o que não está, os custos etc. Quando falam de seguro saúde, muitas vezes estão se referindo ao produto financeiro que fornece essa cobertura. No entanto, porque os dois termos estão tão intimamente relacionados, muitas vezes são usados para significar a mesma coisa sem muita distinção. Para imigrantes que querem desfrutar das opções públicas, o seguro saúde é a opção para aqueles que ainda não têm direitos suficientes para utilizar um plano de saúde público (isto é, o Medicare ou o Medicaid). Como obter um plano de saúde sendo imigrante? Você pode buscar a sua própria opção de plano privado, seja diretamente ou por meio do desconto oferecido por muitas empresas — mas também pode recorrer ao governo federal. Isso porque imigrantes legais são elegíveis para conseguir uma cobertura por meio do Health Insurance Marketplace, um serviço operado pelas autoridades federais, que ajuda as pessoas a comparar e a se inscrever em planos de saúde. Nessa categoria de imigrantes elegíveis, estão os portadores de Green Card, refugiados, asilados, residentes temporários e portadores de visto de não imigrante, como os documentos de estudante ou de trabalhador em solo americano. Além disso, mesmo que você não tenha esse status de imigrante elegível, ainda pode se qualificar para serviços de emergência limitados, por meio do Medicaid. Contudo, isso depende do estado em que reside, então é bom dar uma olhada no site oficial. Imigrantes ilegais não são elegíveis para essas coberturas do Marketplace ou subsídios do governo. Por isso, garanta que os documentos estejam em dia, hein? Como você viu no artigo, plano de saúde nos EUA é um assunto delicado, que gera muitos debates. Mas, como te mostrei, há opções tanto para imigrantes como para nativos. Aproveite que você já está por aqui e saiba mais sobre a saúde nos EUA!
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Tax ID: entenda como funciona nos EUA
Entenda o Tax ID nos Estados Unidos e Simplifique sua Vida Fiscal Viver nos Estados Unidos envolve lidar com impostos, assim como apreciar uma Coca-Cola ou assistir ao Saturday Night Live. Para evitar complicações com os feds (agentes federais) e responder a questões fiscais de forma tranquila, é essencial contar com os documentos corretos. Um desses documentos é o Tax ID. Ter um Tax ID é motivo de orgulho, pois ele é fundamental para quem deseja empreender no país ou declarar seus impostos corretamente. Com ele, você se torna um cidadão que cumpre suas obrigações, paga suas contas em dia e evita problemas legais. Neste artigo, vou explicar o que é o Tax ID, sua utilidade, o papel desse documento nos empreendimentos nos EUA e outras informações importantes. Vamos lá! O que é o Tax ID nos EUA? Tax ID é a abreviação de Tax Payer Identification, que pode ser traduzido como "identificação do pagador de impostos". Ele equivale ao número do contribuinte do Imposto de Renda no Brasil e refere-se a qualquer número de identificação usado para fins fiscais. O Tax ID identifica empresas e pessoas físicas junto ao Internal Revenue Service (IRS), o órgão responsável pela arrecadação e fiscalização dos impostos nos Estados Unidos. Existem três tipos principais de Tax ID: Social Security Number (SSN): O SSN é o número de identificação mais comum para indivíduos. Ele é atribuído a cidadãos dos EUA, residentes permanentes e alguns trabalhadores temporários. Utilizamos o SSN para relatar nossa renda individual e determinar a elegibilidade para certos benefícios do governo. Employer Identification Number (EIN): O EIN é o número de identificação das empresas nos EUA, semelhante ao CNPJ no Brasil. Ele identifica negócios para funções como pagamento de impostos e emissão de notas fiscais. Obter um EIN é obrigatório para abrir e gerenciar um empreendimento no país. Individual Taxpayer Identification Number (ITIN): O ITIN é fornecido pelo IRS para residentes e não residentes que precisam de um número de identificação fiscal, mas não são elegíveis para um SSN. Ele é utilizado para relatar impostos ou abrir uma conta bancária nos Estados Unidos. Para os imigrantes brasileiros, o Tax ID funciona como o CPF ou CNPJ americano, dependendo do contexto. Em formulários que solicitam o Tax ID, você pode utilizar qualquer um desses três números, conforme necessário. Além disso, o Tax ID é essencial para empreendedores imigrantes, pois garante maior segurança jurídica na gestão de seus negócios. Como funciona o Tax ID? O Tax ID atua de maneira semelhante ao CPF ou CNPJ no Brasil, adaptando-se ao contexto específico nos EUA. Dependendo da situação, ele pode representar o SSN, ITIN ou EIN. EIN: Funciona como o CNPJ, identificando empresas para transações e pagamentos de tributos legais. SSN: Equivalente ao CPF, utilizado para declarações de imposto de renda pessoal e outras finalidades individuais. ITIN: Similar ao CPF, usado por pessoas que não qualificam para um SSN, mas precisam cumprir obrigações fiscais. Quando usar o EIN como Tax ID? Use o EIN para registrar transações da sua empresa nos EUA e garantir que os tributos sejam pagos corretamente. Além disso, outros empreendedores podem solicitar o EIN para verificar a legalidade das suas atividades. Bancos e instituições financeiras também exigem o EIN para abrir contas empresariais, utilizar serviços de internet banking ou alugar uma casa nos EUA. Quando usar o SSN como Tax ID? Utilize o SSN para preencher declarações de imposto de renda pessoal, identificar-se para empregos, acessar crédito e serviços bancários. O SSN é necessário para receber benefícios da Previdência Social, acessar serviços de saúde governamentais como Medicare e solicitar carteira de motorista. Quando usar o ITIN como Tax ID? O ITIN é ideal para residentes e não residentes que não se qualificam para um SSN, mas precisam cumprir obrigações fiscais, como declarar imposto de renda. Ele também permite abrir contas bancárias e obter licenças de negócios em alguns estados. Além disso, o ITIN possibilita que indivíduos sem SSN recebam retornos de impostos federais e tenham uma identificação fiscal para questões legais e de imigração. O que é necessário para sua empresa ter um Tax ID? Para empreender nos EUA, você precisa registrar sua empresa com um EIN, especialmente se pretende contratar funcionários. Se optar pelo regime sole proprietorship (proprietário individual), apenas o SSN será necessário, semelhante ao MEI no Brasil. Conforme sua empresa cresce, você poderá precisar do EIN para expandir suas atividades e contratar mais colaboradores. Além disso, dependendo da estrutura da empresa (como LLC ou C Corp), você precisa declarar imposto de renda individual nos Estados Unidos, utilizando um ITIN regularizado. Como conseguir seu Tax ID? Obtendo o SSN:Primeiramente, preencha o formulário SS-5 fornecido pela Social Security Administration (SSA). Você pode iniciar o processo online; contudo, geralmente precisará visitar um escritório local da SSA para concluir a aplicação. Em seguida, providencie provas de identidade, cidadania ou status legal nos EUA, além de comprovantes de idade, como passaporte ou certidão de nascimento. Obtendo o ITIN:Para quem não é elegível para um SSN, o IRS emite o ITIN. Portanto, comece preenchendo o formulário W-7 e, em seguida, envie-o junto com sua declaração de imposto de renda federal e documentos que comprovem sua identidade e status de estrangeiro/imigrante. Além disso, você pode enviar o processo por correio, entregá-lo pessoalmente em um Centro de Assistência ao Contribuinte do IRS ou utilizar um agente autorizado. Assim, você garante que sua solicitação seja processada de maneira eficiente e correta. Obtendo o EIN: Primeiramente, empresas podem solicitar um EIN preenchendo um formulário online no site do IRS. É crucial que o negócio esteja localizado nos EUA ou em seus territórios e que uma pessoa física realize a solicitação. Além disso, lembre-se de possuir um número de identificação fiscal válido, como SSN ou ITIN. Após a submissão, você geralmente recebe o número imediatamente e, posteriormente, precisa renová-lo a cada 5 anos. Portanto, mantenha seu EIN atualizado para garantir a conformidade fiscal contínua. Agora que você entende como o Tax ID funciona nos EUA e sabe como obter o SSN, ITIN ou EIN, está pronto para dar um passo importante e se integrar ao sistema fiscal americano. Seja para gerir seu negócio com tranquilidade ou cumprir suas obrigações como cidadão, ter o documento fiscal certo é a chave para abrir portas no país das oportunidades! Falando em burocracia, confira nosso próximo conteúdo sobre as etapas para abrir uma conta diretamente nos Estados Unidos! 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