7 palavras em português que não existem no inglês

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Saudade tem tradução? 7 palavras em português que não existem no inglês

Embora todo idioma tenha conexão com objetos e conceitos que podem ser traduzidos sem problemas, fatores socioculturais sempre criam particularidades na linguagem difíceis de transpor com exatidão quando em outro país.

Um exemplo disso são as palavras em português que não existem no inglês. Devido ao desenvolvimento da nossa língua latina e a vivência brasileira diferente da americana, fica difícil encontrar termos que correspondam diretamente em significado ao travar um diálogo no idioma.

Quer fazer esse exercício divertido? Então, veja 7 palavras que não têm tradução para o inglês e vice-versa. Acompanhe!

Quais são as palavras em português que não existem no inglês?

Muitas palavras em português refletem origens latinas e nossa cultura, com alguns conceitos que podem não existir nos EUA, dificultando a tradução. Veja 7 exemplos.

1. Saudade

Este é o exemplo mais clássico de palavra em português que não existe em inglês. Embora possa ser traduzida como longing, ou passar uma ideia próxima em uma frase como “I miss you”, nenhum termo da língua capta o mesmo sentimento que damos a essa ideia.

Saudade é mais do que sentir falta. É um conceito poético, de sentir nostalgia e perda ao mesmo tempo por alguém importante em sua vida. Algo agridoce, rico, que fica difícil expressar em inglês.

2. Cafuné

Quem não gosta de receber um cafuné? Pois saiba que é difícil pedir um nos Estados Unidos: não existe uma palavra em inglês que se correlacione diretamente.

Algumas expressões se aproximam, como “petting the head” (mais usado em animais) ou “gently stroke the head”, mas nenhum tem o mesmo carinho do nosso cafuné.

3. Gambiarra

Esta é uma palavra que mostra bem como a cultura cria termos na língua. Gambiarra é uma palavra muito brasileira, que tem a ver com nossa capacidade histórica de nos adaptarmos a situações complicadas com poucos recursos.

Em inglês, você pode tentar o “work around” como tradução, mas a expressão não carrega o sentimento de improvisação inteligente e precária da gambiarra.

4. Anteontem

É muito curioso pensar que os americanos não têm uma palavra para um conceito tão comum em nossas rotinas. Neste caso, são literais: dizem “the day before yesterday” ou “the day before last” — o dia antes de ontem.

Ao contrário dos outros itens, o sentido é exatamente o mesmo, mas o brasileiro economiza tempo e saliva nesta.

5. Friorento

Vivendo em um país tropical, não é de se espantar que muita gente é mais sensível ao frio. Afinal, nosso corpo simplesmente se acostuma com a temperatura mais comum.

Talvez seja por isso que temos uma palavra para quem sente frio demais, o que não acontece nos EUA. Por lá, é mais difícil falar que uma pessoa é friorenta.

O mais direto seria dizer que “he/she feels cold more than usual”. Também é possível usar adjetivos como chilly e shivery, porém o significado passado pode não ser o mesmo.

6. Malandro

Malandro também é uma palavra muito específica da nossa língua, que pode ter ao mesmo tempo uma conotação positiva e negativa. Uma pessoa malandra é aquela que ganha vantagem acima de outras pessoas, mas não necessariamente fazendo mal a elas.

As traduções mais próximas em inglês não possuem essa nuance. Rascal, scoundrel, scallywag, além de serem palavras antiquadas, trazem uma conotação puramente negativa.

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7. Jeitinho

Falando em malandragem, temos que falar do jeitinho brasileiro: a resolução de problemas de maneira improvisada e nem sempre dentro das normas.

Embora seja uma conotação mais negativa que positiva, é algo que faz parte da cultura do nosso país e, por isso, não costuma ter traduções em outros idiomas.

É importante lembrar que o “little Brazilian way”, se alguém quiser traduzir ao pé da letra, é bem diferente do “American way”, um conceito muito importante para os americanos.

E o contrário?

Você viu palavras do nosso idioma que são intraduzíveis para os americanos. Mas é claro que o contrário também acontece.

Veja palavras que, por não terem traduções, acabam sendo incorporadas no dia a dia do brasileiro — presente em redes sociais, podcasts, filmes e séries.

1. Crush

Quem nunca teve um crush? A palavra em inglês significa ter um interesse amoroso intenso e que geralmente passa rápido. Aquela caidinha que a gente se recupera e segue em frente.

Em português, já tivemos um termo bem próximo, que era “ter uma paquera”. Mas o termo caiu tanto em desuso que se você usar vai todo mundo te olhar estranho. Acabamos usando crush mesmo!

2. Spoiler

Essa é outra palavra em inglês que os brasileiros utilizam muito por não ter uma tradução direta. Spoiler vem do verbo “to spoil”, que significa estragar. A ideia é que, ao contar o final de um filme ou série, você está estragando a experiência para outra pessoa.

3. Brunch

Você já deve ter ouvido falar sobre brunch quando pensa em alimentação e nunca ter parado para pensar de onde vem o termo. Sabia que essa palavra é o resultado da junção de outras duas?

Brunch é a mistura de breakfast e lunch — as refeições café da manhã e almoço. É um hábito mais britânico de fazer uma pequena refeição lá pelas 10h que foi importado para os EUA.

Como curiosidade, o brunch não é a mesma coisa do “pequeno almoço”, que é como os portugueses chamam o café da manhã tradicional.

4. Brainstorm

Toda agência de publicidade brasileira tem seu momento de brainstorm. Mas como traduzir essa palavra para o português? Ao pé da letra, diríamos “tempestade cerebral”. Porém, o termo é mais confuso e não carrega a ideia do original, por isso nunca traduzimos.

5. Substantivos que viram verbos

Para terminar, outra curiosidade interessante sobre traduções difíceis do inglês para português: a estrutura da língua americana permite que qualquer substantivo vire verbo.

Para isso, basta botar o “to” na frente. O exemplo mais notável recente é: Google > To google. No Brasil, precisamos utilizar “fazer uma busca no Google”, uma expressão muito mais extensa.

Como você pôde ver, a diferença entre idiomas vai além de fonética e formas de escrever. Nossa própria cultura e nossa realidade alteram e determinam conceitos, tornando a língua viva.

Para quem sai do Brasil para morar nos EUA, é muito importante entender isso: as palavras em português que não existem no inglês e vice-versa são a prova de que, para se adaptar bem, é preciso imergir e participar da cultura do novo país.

Que tal, então, aprimorar o idioma com diálogos do dia a dia e conhecer mais a cultura dos EUA? Veja como aprender inglês assistindo séries!

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