7 de agosto de 2023
Como preencher cheque americano? Confira o passo a passo
Acha que falar sobre cheque é algo antigo, já que estamos na era dos pagamentos 100% digitais? Pois saiba que está enganado! Não sei se já notou, mas os cheques são bem comuns aqui nos EUA, sobretudo no pagamento de valores altos e prestação de serviços. É o caso, por exemplo, de serviços de limpeza (house clean). Então, ao contrário do que podemos imaginar, muita gente aqui usa cheque, viu? Para ter ideia, 55% dos americanos usaram pelo menos um cheque em 2022! E muito provavelmente você vai precisar também. Então, continue lendo porque vou te contar como preencher cheque americano de forma correta! Let's go? Bora lá? O que é cheque americano? Em qualquer lugar do mundo — e aqui nos EUA não seria diferente —, cheque é uma ordem escrita e assinada por um titular de conta bancária, instruindo o banco a pagar uma determinada quantia para o destinatário. Em português, podemos chamar também de ordem de pagamento à vista. O cheque americano contém campos para serem preenchidos com informações como data, nome do beneficiário, quantia em dólares e assinatura do titular da conta bancária. Mas isso tudo vou te explicar a seguir, ok? Como funciona o cheque nos EUA? Se você não sabe muito bem como um cheque funciona e se sente perdido, só acompanhar os próximos tópicos! Depósito do cheque Quando o beneficiário recebe o cheque, ele pode trocá-lo indo ao banco emissor ou ao seu próprio banco. Ficou em dúvida de quais termos usar no banco para conseguir sacar o seu dinheiro? Recomendo ler meu artigo sobre vocabulário financeiro em inglês para ter tudo na ponta da língua! Também dá para descontar (cash the check) em algum outro estabelecimento com licença para trocar cheques. Esses lugares se chamam "check cashing services" (serviços de troca de cheques) e são licenciados para esse procedimento. Você geralmente pode encontrá-los em alguns supermercados ou lojas de conveniência. São boas opções para pessoas que não possuem uma conta bancária ou que precisam de acesso imediato ao dinheiro. Inclusive, já deixo um spoiler de coisa boa: a minha lojinha física aqui na Philadelphia possui essa licença e realiza o serviço de troca de cheque. Se curtiu essa possibilidade, fique ligado que logo mais vou dar detalhes para você. Tempo para conclusão do procedimento O processo de troca de cheque é relativamente rápido. Se você optar por cash the check, como comentei, recebe o dinheiro em mãos na hora, claro que há a taxa de serviço que normalmente são cobradas. Se decidir pelo depósito em conta, pode levar alguns dias (2-5, pode depender do valor) úteis para o dinheiro ficar disponível. Conta com fundos É importante que o titular da conta bancária tenha fundos (ou seja, dinheiro) na conta para cobrir o valor do cheque. Caso contrário, ele será devolvido, e o beneficiário não receberá o pagamento. Nesse caso, a pessoa que te enviou o cheque pode ser responsabilizada por uma taxa de devolução e enfrentar consequências legais, o famoso "cheque sem fundo" (bad check). Como preencher cheque americano? Para preencher um cheque americano, siga as instruções abaixo e não erre mais! Campo date Escreva a data no espaço "Date" no canto superior direito do cheque, usando o formato americano, ou seja, mês/dia/ano (exemplo: 5/7/2023 para o dia 7 de maio de 2023). Campo pay to the order of No espaço "Pay to the order of", escreva o nome da pessoa ou empresa que você deseja pagar. Certifique-se de escrever o nome corretamente, em letra tangível (nada de cursivas, eim?) e sem abreviações. Importante: também dá para colocar "cash" nesse campo. Ao fazer isso, o cheque se torna um cheque ao portador. Isso significa que qualquer pessoa que estiver de posse dele pode trocá-lo por dinheiro ou depositá-lo em uma conta bancária. Porém, se estiver em "cash", alguns estabelecimentos de check cashing não irão aceitar o cheque. Além disso, bancos e outros serviços de troca normalmente exigirão uma identificação com foto da pessoa que está descontando, mesmo que esteja feito para "cash". Campo dollar amount Esse aqui é bem simples, no espaço "Dollar amount", escreva o valor numérico do cheque. Por exemplo: $500,50. Campo valor por extenso No espaço abaixo do valor numérico, escreva o valor do cheque por extenso, ainda seguindo a regra da letra tangível, sem formato cursivo. Comece escrevendo o valor em dólares, seguido pela palavra "and" (e) e o valor dos centavos em fração. Por exemplo, se o cheque for de $500,50, escreva "Five Hundred and 50/100". Se ficar com dúvida de como escrever o número por extenso, deixo aqui uma outra dica do seu melhor amigo nos EUA: acesse este site aqui, Numbers to Words, insira o valor do cheque em 'convert this number' e clique em 'Calculate'. Aí, é só escrever o que aparecer por lá. Ao terminar de escrever o valor por extenso, é recomendado fazer uma linha até terminar o espaço disponível, impedindo qualquer tipo de acréscimo por terceiros. Campo Memo No espaço "Memo", escreva uma breve descrição do motivo do cheque, como "Pagamento de aluguel" (rent payment) ou "Reembolso de despesas" (expenses refund). Espaço signature Assine o cheque no espaço "Signature" no canto inferior direito do cheque. Certifique-se de assinar com o mesmo nome que aparece no cheque. Monitore seus cheques Após preenchimento, é recomendável registrar as transações no registro de cheques (a parte destacável), ou em algum outro método de acompanhamento de despesas. Neste campo, você pode escrever o número do cheque, seu valor, o nome do beneficiário e a data, visando fazer o orçamento das suas finanças pessoais e a controlar os pagamentos realizados. O internet banking também pode ajudar na monitorização, pois o registro de tudo fica online por lá. Assim, tanto no computador quanto no aplicativo, dá para ver uma versão digital do cheque depositado (como se fosse escaneado, sabe?), com os dados preenchidos direitinho. Como descontar cheque nos Estados Unidos? Descontar um cheque é um processo relativamente simples. A seguir estão os principais passos! Endosse o cheque Isso significa que você precisa assinar o verso do cheque, na seção designada para tal. Alguns cheques podem ter uma linha que diz "Endorse here" (Endosse aqui). No geral, há outra linha que diz 'Não escreva, carimbe ou assine abaixo desta linha' (Do not write, stamp, or sign below this line). A área de endosso normalmente se estende por toda a largura do cheque. Verifique se o cheque é válido Veja se o cheque está datado corretamente e se contém as informações corretas do emissor, como nome e endereço. Veja também se o cheque não foi cancelado ou suspenso. Para fazer isso, ligue ou visite o banco que emitiu o cheque para perguntar sobre o status dele. Ao fazer isso, é importante tê-lo em mãos para fornecer os detalhes necessários, como número do cheque, valor e data. Leve o cheque a um banco ou instituição Retomando o que vimos, existem duas opções principais para acessar seus preciosos dólares: depositar o cheque na sua conta bancária ou trocá-lo por dinheiro imediatamente. No banco Quando você deposita um cheque em sua conta bancária, seja no balcão do banco, ATM ou através de depósito móvel, pode levar até 5 dias úteis para que os fundos fiquem disponíveis. Mas sem pânico: a média é de dois dias úteis (business days). Isso porque o banco verifica e processa o cheque, transferindo fundos da conta do emitente para a conta do destinatário. Esse processo se chama "check clearing". No caso da opção móvel, dá para usar o aplicativo do seu banco para depositar o cheque remotamente. Importante: ao trocar um cheque pelo seu celular, escreva as palavras "Mobile Deposit" junto com sua assinatura na área de endosso no verso do cheque (aquela parte onde consta "Endorse here"). No banco emissor ou serviços de troca de cheques Se você precisa de acesso imediato ao valor, pode optar por trocar o cheque por dinheiro. Isso pode ser feito diretamente no banco emissor, ou em um estabelecimento especializado em serviços de troca de cheques, o check cashing services sobre o qual falei. Esses estabelecimentos geralmente cobram taxas pelo serviço de troca de cheque, que podem ser uma porcentagem do valor, uma taxa fixa ou uma combinação de ambos. Será que dá para trocar cheque onde falam português? Se você está na Philadelphia e precisa trocar seu cheque de house cleaning, tenho uma dica ainda melhor: dá uma passada na minha lojinha na 7320 Castor Avenue. Além de poder trocar seu cheque, eu ofereço um monte de facilidades, como enviar dinheiro internacionalmente, pagar contas e recarregar o celular. Tudo em português, para você ficar 100% à vontade. O atendimento é de segunda a segunda. Qualquer coisa, é só ligar no +1 (267) 516-4256. Vale a pena vir me conhecer! Apresente sua identificação Quando você descontar um cheque, é obrigatório apresentar uma identificação com foto, como uma carteira de motorista ou um passaporte. Isso porque não é permitido trocar um cheque em nome de outra pessoa, ok? Então, só dá para trocar uma ordem da pagamento que esteja endereçada a você. A exceção é aquele caso do 'cash' sobre o qual comentei. Aguarde a compensação ou pegue seu dinheiro No caso de fazer o processo junto ao banco, pode demorar alguns dias úteis para liberar os dólares em sua conta, como vimos. Então, se você tem mais urgência e mora aqui em Philly, recomendo passar na minha lojinha e pegar o dinheiro na hora, além de receber aquele tratamento VIP que só os meus clientes possuem! O que você achou do meu post sobre como preencher cheque americano? Espero que tenha sido útil e você consiga pagar ou receber dinheiro por esse meio de pagamento sem problemas. Se ficar com dúvida, recomendo consultar o banco responsável pelo cheque, ok? Falando em dinheiro, não deixe de ler meu artigo sobre Credit Score e como conseguir crédito nos EUA para garantir saúde financeira por aqui! As informações contidas neste artigo não são e nem pretendem ser aconselhamento legal. Este artigo pode ser retirado do ar, sem aviso prévio.
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4 de agosto de 2023
Projeto Buy Nothing: como mobiliar uma casa com $0
Uma das grandes curiosidades sobre os EUA é que dá para economizar uma boa grana com inúmeras iniciativas. Como por exemplo, você consegue se divertir com eventos gratuitos ao ar livre em parques da cidade, comprar roupas mais baratas em thrift stores (brechó beneficente) e até mesmo mobiliar a sua casa não gastando nada com o Buy Nothing ("compre nada", literalmente). Assim, não importa onde você more nos EUA, é bem provável que exista um grupo do Buy Nothing na sua região. Neste post, vou falar mais sobre a iniciativa, como interagir nos grupos e a importância de complementar essas ideias com um bom planejamento financeiro. Bora comigo! Buy Nothing: já ouviu falar? Buy Nothing é um projeto social em que as pessoas doam e recebem doações. Também é possível emprestar determinados itens. O Facebook é uma rede social bastante utilizada pelos usuários da iniciativa. Basta procurar sua cidade, estado ou região + Buy Nothing. Por exemplo: Buy Nothing Fairmount, Philadelphia, PA. Porém, atenção: muitos grupos do Facebook estão mudando de nome, então, vale a pena consultar a lista oficial do site Buy Nothing Project, com links atualizados. Por lá, dá para buscar por país, cidade ou estado, pois são muitas opções! Dica para facilitar a busca: no Windows, basta apertar CTRL + F e colocar o nome do estado. Daí, você terá acesso à lista por cidades/regiões nos Estados Unidos. Bem prático. Além de um projeto para reduzir o consumo e ajudar as pessoas a economizar, o Buy Nothing promove a interação entre as pessoas que moram em uma mesma área. Assim, além de se ajudarem financeiramente, elas também fortalecem laços — o que é ótimo para quem acabou de chegar ao país. Além do Facebook e do site, também há um aplicativo (disponível para iOS e Android) que as pessoas podem usar para colocar os seus zip codes (o código postal, similar ao CEP brasileiro) e inscrever uma conta. Ao se cadastrar, você começa a fazer parte do grupo relacionado à sua região ou sessão de rua da sua moradia nos EUA. Em bairros maiores, em condados (counties) mais populosos, a divisão costuma ser mais centralizada, para facilitar o contato e o repasse de itens entre pessoas que moram perto umas das outras. Um exemplo seria o grupo do Facebook: Buy Nothing Union Square/Washington Square Park/Flatiron, Manhattan, NY. De acordo com o próprio site da iniciativa, o principal objetivo do Buy Nothing Project é "deixar de lado o modelo de escassez de nossa economia global em favor do compartilhamento criativo e colaborativo da abundância de recursos e objetos ao nosso redor". O projeto começou como uma campanha no Facebook, que criou grupos em diversos locais nos Estados Unidos e até em 44 outros países. Hoje, são mais de 4.000 voluntários dando aquela moral para a iniciativa. Muito legal, né? Mobiliar a casa gastando nada O projeto é bem forte há anos nos Estados Unidos. Muitas vezes, um imigrante chega ao país sozinho, sem o suporte financeiro da família, ou veio com familiares, mas sem o dinheiro para mobiliar uma casa. Nesse sentido, uma dica é procurar ser ativo no seu grupo de Buy Nothing e buscar itens que se enquadrem nas suas necessidades! Quando você entra em um dos grupos nas redes sociais, encontra pessoas doando diversos itens: uma televisão, um sofá, uma cadeira, um produto novo para o cabelo... até mesmo alimentos que estão próximos de expirar e que servem de refeição para quem precisa. Como buscar itens para casa no Buy Nothing? Ao entrar em um grupo, é possível criar os seus próprios posts, descrevendo aquilo de que você precisa, ou comentar nas postagens das pessoas que estão oferecendo itens. O mais legal do Buy Nothing é que ele mira no corte do desperdício. Uma das regras de cada grupo é que cada pessoa conte a sua história e mostre o porquê de precisar de determinado produto ofertado ali. Assim, há uma "competição" saudável, que resulta no repasse a quem vai utilizar melhor aquele item. O projeto oferece até itens que vão além da mobília — como itens para a festa a fantasia. Desse modo, você se diverte gastando exatamente zero (isso mesmo, 0) dólares! Do mesmo modo, quem está se casando pode pedir doações para economizar: vela, copa, decorações, e muito mais. Só não vale itens com álcool. Outro detalhe interessante, é que você só entra em contato direto com a pessoa quando ela concordar em doar ou emprestar um item para você. Aí, vocês poderão combinar a forma de entrega. Uma dica essencial é tomar cuidado para quem você passa o seu endereço. Por isso, investigue o perfil da pessoa, veja se ela já frequenta a comunidade e pediu outras coisas, por exemplo. Desse modo, você evita ser vítima de golpes de perfis falsos. A ideia aqui é ficar atento e tomar cuidados básicos, como você faria ao interagir com estranhos pela internet. Não se esqueça do planejamento financeiro O Buy Nothing é um ótimo projeto para reduzir o consumo e economizar a sua grana suada em terras americanas, mas ele é só uma das maneiras que você encontra para se planejar financeiramente dentro dos Estados Unidos. O planejamento financeiro se tornou ainda mais importante nos últimos tempos, com a inflação crescendo até mesmo em um país com moeda forte como os EUA. Por isso, para começar a organizar as finanças, siga as seguintes dicas: construa uma reserva de emergência visando ter dinheiro guardado para enfrentar situações inesperadas, como consertar o smartphone, levar o pet ao veterinário, agendar uma consulta para si mesmo etc. Daí, você não atrapalha todo o orçamento; anote detalhadamente todas as compras que você fez, para não chegar ao final do mês com aquela reação "Mas de onde surgiu isso aqui?". Sim, de US$ 20 em US$ 20 você facilmente pode gastar US$ 2.000, se não prestar atenção; não conseguiu encontrar tudo o que precisava no Buy Nothing e vai precisar gastar? Compare preços antes de comprar. Com a internet na palma da mão, você não tem mais desculpa para gastar além do necessário sem pesquisar antes. Alguns sites que indico para isso são: Keepa Price Tracker, Price History e Glass it; defina limites, separando por diferentes categorias como "gastos essenciais" (moradia, alimentação, contas de água, luz e internet) e também estabelecendo um teto para as atividades de lazer. Agora que você sabe o que é Buy Nothing, já pode procurar o grupo da sua região e começar a interagir com o pessoal. Até mesmo carros antigos já foram oferecidos, para aqueles que querem realizar o sonho de dirigir nos EUA! Acredita? Contudo, o melhor a se fazer é ter pés no chão. Entre no grupo do Buy Nothing da sua região, converse com o pessoal, veja o que está sendo oferecido e peça doações de itens mais modestos, caso você esteja precisando. Só tome cuidado com quem você interage, tente conhecer primeiro a pessoa antes de visitá-la, por exemplo. A ideia é ter bom senso. Para complementar o seu planejamento financeiro e economizar ainda mais em suas compras, leia o nosso artigo sobre cashback no dia a dia! As informações contidas neste artigo não são e nem pretendem ser aconselhamento legal. Este artigo pode ser retirado do ar, sem aviso prévio.
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2 de agosto de 2023
Onde investir nos EUA sem complicação: aprenda aqui
Eu e você sabemos muito bem a garra que o imigrante brasileiro tem ao chegar à América. Não é à toa que, quando recebemos o primeiro pagamento em dólar, o sentimento é de pura alegria e satisfação. Nessa hora, finalmente vem a sensação de que o nosso trabalho duro será valorizado e que iremos adquirir todos os bens que sonhamos! E se você já está nessa batalha há algum tempo, é provável que se pergunte onde investir nos EUA. Afinal, há no país inúmeras instituições financeiras e empresas consolidadas. Neste post, vou te dar todas as informações necessárias para fazer suas aplicações de investimento. E não se preocupe, pois não será preciso sacrificar a sua reserva de emergência. Há opções para todos os perfis financeiros! Let's go! Por onde começar? O primeiro passo é entender qual é o seu perfil de investidor. Você está disposto a colocar parte do seu dinheiro em risco visando a chance de lucrar bastante? Ou prefere garantir o que já tem, mesmo que isso signifique contar com um rendimento a partir de juros baixos? Com essa definição, fica mais fácil definir se a melhor opção para você é investir em Renda Fixa ou Renda Variável (aqui entram as Bolsas de Valores, por exemplo). Uma dúvida que bate na cabeça do imigrante é a seguinte: é difícil investir diretamente nas bolsas norte-americanas? Na verdade, não! O processo é bem parecido com o adotado no Brasil. Geralmente, é necessário abrir uma conta em uma Corretora de Investimentos. A partir daí, já é possível iniciar a compra de ações, muitas vezes pelo próprio Home Broker da Corretora. Se você tiver muitas dúvidas e esse assunto for complicado para você, uma dica é buscar na sua região, uma Corretora de Investimentos que ofereça atendimento a investidores brasileiros, de preferência em português. Isso será uma mão na roda! Legislação para imigrantes Você já deve ter ouvido falar do "visto de investidor", certo? Esse é o EB-5. O problema é que ele só é acessível a quem chega ao país com uma boa grana, já que exige a aplicação inicial de 500 mil dólares em uma empresa americana, ou então que você abra um negócio no país. Mas isso não significa que os Estados Unidos fechem as portas para os outros investidores. Uma boa notícia é que você não precisa ter o SSN (Social Security Number) para investir. Até os estudantes, que não têm o SSN, podem fazer suas aplicações e ver o dinheiro render. Em alguns casos, você não precisará nem apresentar o passaporte: apenas uma identificação brasileira (como RG ou CPF) já basta em várias situações. No entanto, o recomendado, como disse acima, é procurar uma Corretora de Investimentos ou um Banco tradicional. Nesses lugares, você pode obter informações mais específicas sobre os investimentos e a documentação necessária para cada caso. Outro detalhe interessante é que o brasileiro que tem dinheiro investido, ou possui uma conta bancária nos EUA, não é obrigado a pagar o Imposto de Renda por isso. Outra vantagem e tanto, né? Tipos de investimentos nos Estados Unidos Agora, vou te mostrar alguns dos principais investimentos que você pode fazer nos EUA, com opções para diferentes perfis. Investimentos em Renda Fixa Os investimentos em Renda Fixa são ideais para quem é mais conservador e não quer colocar o dinheiro em risco. Inclusive, o termo "renda fixa" diz respeito justamente às aplicações que têm as regras de rendimento definidas previamente. Só para traçar um paralelo, no Brasil, os principais investimentos em Renda Fixa são a Poupança e os Títulos do Tesouro Direto. Ou seja, na hora de aplicar o dinheiro em um investimento de Renda Fixa, o investidor já sabe o prazo, a taxa de rendimento e o índice que será utilizado para que o dinheiro valorize. Um exemplo: você investe 2 mil dólares e já fica ciente de que ele renderá 2% ao ano, o equivalente a 40 dólares a cada 12 meses. Nesse sentido, os investimentos em Renda Fixa são excelentes para quem quer iniciar aos poucos e não perder todo o precioso dinheiro acumulado. É importante entender que, nos Estados Unidos, a maioria dessas aplicações já é prefixada, o que faz com que a Corretora ou o Banco já informem a taxa fixa no momento do investimento. Não é como ocorre no Brasil, já que, em muitos casos, os rendimentos são atrelados à inflação, que é um índice variável. ETFs Outra maneira de investir nos EUA é por meio dos Fundos de Índice, também chamados de ETFs. Estamos falando de Fundos que são negociados em uma Bolsa. Nas Bolsas americanas, é possível encontrar diversos fundos ETFs, como o VOO, o VNQ e o VNQI. São alternativas que funcionam como uma espécie de "bolsa de ações", o que é ótimo para quem quer diversificar seus investimentos e operar com uma liquidez superior à do mercado brasileiro. Compra de títulos emitidos por empresas Lembra que eu falei que alguns investimentos pedem o SSN e outros não? Nos Estados Unidos, somente pessoas que tenham o CPF emitido no país (ou seja, o SSN), podem comprar títulos do governo americano no Tesouro Direto do país. Aqueles que não têm o documento contam outro caminho: adquirir títulos emitidos por companhias para que essas empresas financiem as dívidas. Esses títulos são conhecidos como bonds— algo bem parecido com as ações de crédito privado no Brasil. Isso pode ser feito até por meio de plataformas de investimento brasileiras nos EUA, como a Avenue. Então, você pode pesquisar algumas opções nesse sentido. Esse investimento costuma demandar mais grana, já que a aplicação mínima é de 10 mil dólares para títulos de companhias dos Estados Unidos e de 50 mil para ações de companhias brasileiras que emitiram dívida no território americano. Compra de ações de empresas norte-americanas Talvez você não saiba, mas nos Estados Unidos há duas Bolsas de Valores, enquanto que no Brasil só existe uma. A Nyse engloba a maioria das empresas norte-americanas, enquanto a Nasdaq (pode confessar que você já leu/ouviu esse nome!) concentra as maiores companhias de tecnologia. Já os dois principais índices que são os responsáveis por medir o desenvolvimento das empresas listadas em Bolsa são o S&P500, aquele que monitora a performance das 500 primeiras companhias do mundo, e o Dow Jones, que mede a evolução das 30 maiores e mais importantes organizações. Todo dia, as bolsas de valores dos EUA negociam ações (também chamadas de "papéis") de grandes empresas presentes nos Estados Unidos, como Amazon, Google, Microsoft e Meta. Ao fazer esse tipo de investimento, você se torna um dos muitos donos dessas empresas. Chique, né? Além disso, você aplica seu dinheiro em empresas consolidadas historicamente, que são conhecidas pela lucratividade e pela resiliência. Por isso, os rendimentos de cada papel tendem a ser mais altos em médio e longo prazos, garantindo a segurança da aplicação. Agora que você conheceu as principais informações sobre onde investir nos EUA, já tem segurança para multiplicar o seu dinheiro e melhorar a sua vida financeira. E aí, curtiu o post e quer deixar alguma dica ou tirar dúvidas sobre o tema? Então, deixe o seu comentário! As informações contidas neste artigo não são e nem pretendem ser aconselhamento legal. Este artigo pode ser retirado do ar, sem aviso prévio.
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31 de julho de 2023
Tem MEI nos Estados Unidos? Entenda como funciona
Se abrir o próprio negócio sempre foi o seu objetivo e até te levou a perseguir o American dream (sonho americano) nos EUA, saiba que, eu, o seu melhor amigo nos Estados Unidos, admira muito a sua determinação e acredita em você! Mas, antes de começar, é importante entender as diferenças em relação ao Brasil. Afinal, será que tem MEI nos Estados Unidos? Como abrir uma empresa no país que está sempre crescendo? Vem comigo que eu vou te mostrar se é possível abrir um MEI nos EUA e quais são os tipos de empresas que temos por aqui. Além disso, vou contar também todas as vantagens de investir no seu próprio negócio. Let’s go (vamos lá)! Afinal, o que é MEI? Para começar, muitas pessoas procuram ser MEI no Brasil. E, afinal, o que é isso? Segundo o Portal do Empreendedor, do Governo Federal brasileiro, o MEI é uma pessoa jurídica facilitada. Ou seja, um empresário individual, que pode prestar serviços de várias categorias e lançar nota fiscal pagando apenas uma guia de recolhimento. Ela se chama DAS e inclui o imposto de INSS (5% do salário mínimo), além do ICMS (comércio e indústria) ou ISS (serviços). Para ser MEI, basta a pessoa emancipada ou maior de 18 anos se inscrever gratuitamente no portal mencionado acima e fazer tudo online. Com a inscrição realizada, ela pode começar a atuar, sendo dispensada de alvará ou licença, dependendo de sua atividade. No modelo MEI, a pessoa só pode ter um funcionário, não pode ter sócios, nem ser sócio de outra empresa e precisa ter um faturamento anual de no máximo R$ 81 mil. Já as vantagens são: aposentadoria por idade ou invalidez; auxílio-doença; auxílio-maternidade. Além disso, mesmo sendo MEI, ainda é possível ser um profissional do regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), ou seja, ter carteira de trabalho assinada, bem como receber benefícios de pensão e aposentadoria e ter cargo público, dependendo dos casos em que a pessoa se enquadra. Tem MEI nos Estados Unidos? Agora que você entendeu como funciona no Brasil, é hora de saber se tem MEI nos Estados Unidos. Bem, unfortunately, no (infelizmente, não). A estrutura do MEI, que expliquei acima, foi criada somente no Brasil. Mas don’t worry (não se preocupe), existem outros modelos para quem vai empreender nos Estados Unidos. Quais são os tipos de empresas nos Estados Unidos? Há diferentes tipos de empresa por aqui, e uma delas vai ser a opção adequada para você. Veja só: Sole Proprietorship: É quando uma única pessoa é dona de todo o negócio. Essa pessoa ganha todo o lucro, mas também é responsável por todas as dívidas; Partnerships: São empresas onde duas ou mais pessoas são donas. Elas compartilham os lucros e as responsabilidades. Existem vários tipos de parcerias, mas, em geral, elas são mais fáceis de começar do que as corporações; Corporations: Uma corporação é uma entidade legal separada dos seus donos. Isso significa que a empresa pode ganhar dinheiro, ser processada, e pagar impostos separadamente das pessoas que a possuem. É mais complexa e usada por negócios maiores; S Corporations: São como corporações, mas com benefícios fiscais. Os lucros e perdas passam diretamente para os donos, evitando a dupla tributação que acontece nas corporações normais. Há limites no número de acionistas (ou seja, pessoas que possuem uma parte da empresa e podem ter direito a uma fração dos lucros); Limited Liability Company (LLC): Uma das mais comuns por aqui. Combina elementos de parcerias e corporações. Os donos têm proteção contra dívidas da empresa, como numa corporação, mas geralmente têm menos formalidades e mais flexibilidade, como em uma parceria. Algum desses tipos de empresa é parecido com o MEI? O modelo parecido com o MEI seria a sub-opção de Single-Member LLC. É um tipo de Limited Liability Company (LLC) que tem apenas um membro, ou seja, um único dono. LLC é como se fosse a Sociedade Limitada no Brasil, que separa as obrigações de pessoa física e jurídica de um empresário, garantindo mais proteção. Como uma LLC, oferece proteção de responsabilidade e também pode ter vantagens fiscais em comparação a uma sole proprietorship, olha só: Responsabilidade Legal: Na sole proprietorship, o dono é pessoalmente responsável por quaisquer dívidas ou obrigações da empresa. Em contraste, uma Single-Member LLC protege os bens pessoais do dono contra as dívidas da empresa; Impostos: Em uma sole proprietorship, os lucros e perdas são colocados na declaração de imposto de renda pessoal do dono. Em uma Single-Member LLC, os impostos podem ser pagos de maneira similar, mas há mais opções e flexibilidade em como os impostos podem ser tratados. Além de formalizar o trabalho, esse modelo costuma ser a melhor opção para quem é prestador de serviços, pois garante credibilidade. Dá para abrir empresa nos EUA online? Por fim, vale saber que o início do processo pode ser todo online, embora sempre tenha alguma parte presencial, sobretudo na hora de conferir documentos. Aqui, vale ressaltar que cada estado tem uma legislação própria sobre quem e como abrir uma empresa. Vou te dar uma dica: comece procurando o site da secretaria de estado de onde você mora para obter informações atualizadas da sua região. Aqui, basta procurar no Google o nome do seu estado + secretary of state business registration. Por exemplo: New York secretary of state business registration. Certifique-se de clicar no site que termina com .gov e encontre o link para registrar um novo negócio ('Register a New Business', ou algo parecido). No caso de New York, por exemplo, você vai esbarrar com essa página. É bem legal saber que o governo tem uma página só com vídeos e minicursos voltados a ajudar quem quer abrir o próprio negócio, sobretudo para entender melhor a questão de taxas e impostos. Quais as vantagens de ter um negócio nos EUA? Como você viu, não tem MEI nos Estados Unidos, mas há outros modelos para abrir a sua empresa. Dependendo do estado em que você mora, cada um pode oferecer vantagens diferentes, além de solicitar obrigações fiscais variadas. Por isso, é importante saber que negócio você quer ter e onde vai atuar, pesquisando todos os detalhes. Dá trabalho? Just a little (só um pouco), pois você pode ter muitas vantagens ao investir em seu negócio nos EUA. Vem comigo descobrir por que vale a pena! Pode ajudar na permanência no país O tão sonhado green card nos EUA, aquele que te dá direito a permanência legal no país, é um pouquinho mais complexo de conseguir, já que há vários requisitos. Dá para dar entrada nele quando a pessoa vai abrir um negócio, mas somente quando investe de US$ 500 mil a US$ 1 milhão. É claro que muitas pessoas não têm esse valor, ainda mais imigrante que está começando a vida agora. Só que isso não significa que você não pode tentar, pois ter uma empresa americana menor, ou seja, uma LCC, pode favorecer você em outros tipos de vistos de permanência, já que indica seu objetivo de construir vida estável nos EUA. Garante independência financeira Não importa onde você viva, conquistar independência financeira também é o objetivo de muita gente. Nos EUA, isso é possível com uma empresa. Devido à tranquilidade de estar registrado e pagar impostos em dia, você vai poder prestar serviços e ganhar dinheiro atendendo cada vez mais pessoas e aumentar seu público. Oferece várias oportunidades de trabalho Quando alguém pensa em se mudar para aqui, a primeira preocupação geralmente é conseguir um emprego nos Estados Unidos. Nesse caso, dependendo de sua formação ou visto, é possível ter várias oportunidades. Porém, quando você abre um negócio, elas são diferentes. Afinal, você começa a atuar em uma área específica, conseguindo até indicação de trabalhos com outras pessoas. Sem falar que ter uma empresa americana dá uma credibilidade a mais e, com isso, você conquista a confiança das pessoas. Permite acesso a mais produtos e serviços Você pode não ter MEI nos Estados Unidos, mas abrir uma empresa de outro tipo também garante acesso a mais serviços. Por exemplo, com ela, você pode ter uma conta bancária empresarial e mais facilidade para ter um cartão de crédito americano. Como mostrei, não tem MEI nos Estados Unidos, mas há a possibilidade de abrir um Single-Member LCC, tipo de empresa parecido e muito útil caso você seja um profissional prestador de serviços autônomo. Com isso, dá para atuar com mais credibilidade junto aos clientes, acessando a vários benefícios e melhorando a sua vida nos EUA. Gostou da ideia e quer ir fundo em ter o seu próprio negócio? Confira meu ebook sobre Leis Trabalhistas e saiba como contratar seu próprio funcionário! As informações contidas neste artigo não são e nem pretendem ser aconselhamento legal. Este artigo pode ser retirado do ar, sem aviso prévio.
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28 de julho de 2023
Como investir nos Estados Unidos com pouco dinheiro? É possível?
Chegou nos EUA e está imaginando como transformar seus suados dólares em mais dólares? Então, chegou ao lugar certo! Seu melhor amigo nos EUA está aqui para guiá-lo pelo processo de investimento em solo americano. Neste texto, irei tratar dúvidas como: qual o valor mínimo para fazer um investimento? Quais são os tipos de investimentos disponíveis e como eles funcionam? Quais são as diferenças entre os investimentos nos EUA e no Brasil? Fique por aqui e entenda! 1. Entendendo o básico de investir Antes de tentar fazer mais dólares com suas moedas americanas, é preciso conhecer bem o terreno em que está pisando, certo? Afinal, no mundo dos investimentos, existem vários termos que precisamos conhecer para saber o que estamos fazendo. Selecionei os principais aqui para você tirar de letra. Investindo (Investing) Imagine isso: você planta uma semente (dinheiro), rega (investe) e a vê crescer em uma árvore (mais dinheiro). Isso é investir em poucas palavras. O ato de investir é basicamente pegar parte do seu dinheiro e tentar fazê-lo crescer, comprando coisas que você acredita que aumentarão de valor ao longo do tempo. Isso pode ser algo físico como uma casa ou algo menos tangível (que podemos tocar), como ações ou títulos. O objetivo é ganhar um retorno sobre o investimento ao longo do tempo, que pode vir na forma de renda, como juros ou aluguéis, ou aumento de valor mesmo, como a valorização de uma casa ou ação. Ações (Stocks) Imagine possuir uma pequena parte de uma grande empresa, como a Apple ou a Amazon. Isso é comprar uma ação. As ações podem ser voláteis, o que significa que o preço pode subir e descer muito rapidamente, mas elas também têm o potencial de gerar retornos significativos. Títulos (Bonds) Quando você compra um título, você está emprestando dinheiro a uma entidade (governo ou empresa). Em troca, essa entidade promete pagar a você o valor principal do empréstimo mais juros durante um período definido. Pense nisso como um "bilhete de agradecimento" com algum dinheiro extra anexado! Os títulos são considerados investimentos mais seguros do que as ações porque você sabe quando e quanto será pago. Fundos Mútuos (Mutual Funds) Isso acontece quando você junta seu dinheiro com outros investidores para comprar uma mistura de ações, títulos e outros ativos. É como pedir uma pizza grande de diferentes sabores junto com os amigos. Assim, os fundos mútuos são uma maneira de os investidores comprarem muitos investimentos de uma vez. Em vez de comprar individualmente cada ação ou título, você compra um pedaço de um grande pacote de investimentos. Isso pode ser útil para diversificar, o que significa que você está espalhando o risco entre diferentes investimentos. A ideia é fazer todo mundo sair ganhando! ETFs (Exchange Traded Fund) Eles são bem parecidos com os fundos mútuos. A ideia continua ser permitir aos investidores ter acesso a um portfólio diversificado de ativos, saindo a menor custo do que investir em cada um dos ativos individualmente. Porém, uma diferença importante é que os ETFs podem ser comprados e vendidos a qualquer momento durante o horário de negociação do mercado, ao contrário de fundos de investimento tradicionais, como os mútuos, que acabamos de ver: estes só permitem resgatar o valor investido uma vez por dia. Justamente por isso costumam ser mais transparentes, pois divulgam seus ativos todos os dias. Nos fundos mútuos, isso ocorre de forma trimestral ou semestral. Portfólio (Portfolio) Este é apenas um nome chique para todos os investimentos que você possui, uma espécie de seu jardim financeiro. Pode incluir ações, títulos, fundos mútuos, ETFs, imóveis e muito mais. O objetivo de um bom portfólio é estar diversificado, o que significa que ele contém uma mistura de diferentes tipos de investimentos. Diversificação (Diversification) Isso significa não colocar todos os seus ovos na mesma cesta, ou em nosso caso, não plantar apenas um tipo de semente em seu jardim financeiro. O objetivo é espalhar o risco. Dessa forma, se um investimento for mal, outros no seu portfólio podem ir bem para compensar a perda. Tolerância ao risco (Risk Tolerance) Todo investimento envolve algum grau de risco. A tolerância ao risco refere-se ao quanto de perda você está disposto a tolerar em seu investimento. Se a ideia de perder dinheiro te deixa acordado à noite, você tem uma baixa tolerância ao risco, o que significa que provavelmente se sentirá mais confortável em investimentos mais seguros, como títulos do governo. Se você tem uma alta tolerância ao risco, pode estar disposto a assumir possíveis instabilidades ao investir em ações. 2. Como é investir nos EUA? Nos EUA, o mundo dos investimentos é como um grande shopping com muitas lojas variadas. Você tem diferentes opções: desde ações (pedaços de empresas) e títulos (empréstimos que você dá às empresas ou ao governo) até fundos mútuos e ETFs (combinações de investimentos). Seu primeiro passo? Abrir uma conta de corretagem, chamada de Brokerage Account. E sim, é obrigatório ter uma para investir. Pense nisso como o cartão de acesso VIP que permite que você compre e venda investimentos. Como abrir uma conta de corretagem? Primeiro, você escolherá uma corretora. Pode ser uma instituição bancária tradicional, uma corretora online independente ou uma plataforma de investimento. Muitas corretoras online aceitam estrangeiros não residentes, então não se preocupe se você não for cidadão dos EUA ou titular de um green card. Ótima notícia nessa nossa vida de imigrante, né? Onde abrir essa conta de corretagem? Muitas plataformas online como Charles Schwab, E*TRADE e Fidelity permitem que você abra uma conta do conforto de sua própria casa. Basta procurar pela página "Open an Account" e seguir o passo a passo. Importante: muitas dessas plataformas permitem não só investir em ações, títulos do governo etc., mas também criar uma conta focada na aposentadoria ou até conta-corrente tradicional. Por isso, se o seu foco for somente investir no mercado financeiro no geral, procure por "Brokerage Account" na hora de abrir a sua conta, combinado? Dá para investir nos EUA com pouco dinheiro? Dá sim! No caso das plataformas, muitas são gratuitas e não têm taxa mensal ($0 monthly fee). Alguns fundos mútuos têm requisitos mínimos de investimento, mas outros, especialmente aqueles oferecidos por empresas como Charles Schwab, não têm mínimos ou têm mínimos baixos. Além disso, plataformas como Charles Schwab e Fidelity permitem que você compre ações fracionárias, o que significa que você pode possuir uma parte de uma empresa mesmo se não puder pagar por uma ação inteira. Isso torna o investimento em empresas com preços de ações elevados, como Amazon ou Google, mais acessível. Já tenho conta em banco tradicional nos EUA. Posso abrir uma brokerage account ali? Como comentei, também dá sim para abrir conta de corretagem no banco tradicional americano, como Bank of American ou Wells Fargo. Nesse caso, é comum não ter mínimo para investir ao ter contas 'Self‑Directed', ou seja, aquelas das quais você vai cuidar sozinho. Então, comece com pouco, mas comece! Existe a possibilidade de obter ajuda de um consultor financeiro; daí o investimento inicial varia (começando com $ 1.000, por exemplo), e o valor a pagar mensalmente para o banco e demais taxas, também. Ainda tem um meio-termo bacana, os chamados robot-advisors (literalmente, robôs conselheiros), como Betterment ou SoFi Automated Investing, que oferecem gerenciamento automatizado de portfólio a um custo menor do que um consultor financeiro de banco tradicional. Eles normalmente investem em um portfólio diversificado de ETFs de baixo custo com base na sua tolerância ao risco e nos seus objetivos de investimento. Exemplos de objetivo são: comprar casa, carro, ter uma reserva de emergência ou pagar a faculdade. De que documentos preciso para abrir uma conta de corretagem? Alguns documentos e informações que costumam ser necessários incluem: passaporte; nome e endereço do seu empregador; endereço de e-mail e telefone; comprovante de renda; número de identificação do contribuinte, o famoso ITIN (Individual Taxpayer Identification Number) ou SSN (Social Security Number). Já falei sobre eles aqui no blog, quem tem direito e como conseguir esses números. Se ainda tem dúvidas, sugiro correr para ler o meu artigo sobre ITIN e o outro sobre SSN! Porém, sempre confira a lista completa e atualizada junto ao banco ou instituição financeira do seu interesse, ok? Pois pode variar! Quais são as diferenças entre investir nos EUA e no Brasil? A popularidade do investimento nos EUA é bastante alta. De acordo com dados de maio de 2023 da Gallup, cerca de 84% dos adultos em domicílios com renda anual de $ 100.000 possuem ações, seja diretamente ou como parte de um fundo. E isso não é surpresa! Afinal, o mercado de ações dos EUA é um dos maiores e mais líquidos do mundo. Ou seja, há uma grande quantidade de negociações acontecendo, com muitos compradores e vendedores, o que: facilita a realização de transações; minimiza o impacto das transações nos preços; geralmente resulta em custos mais baixos. Logo, é uma ótima opção para diversificar seus investimentos e ter a chance de obter um bom retorno, sendo uma ótima maneira de fazer seu dinheiro trabalhar para você. Já no Brasil, em 2022, 12,6 milhões de brasileiros investiam em produtos de renda fixa, aumento de 25% com relação a 2021, de acordo com dados da B3. Em renda variável, como ações, o crescimento foi de 35%. Listei as principais características de investir nos EUA e diferenças com relação ao Brasil. Confira! 1. Regras claras e ambiente regulatório sólido Outras vantagens que os investimentos americanos oferecem aos seus investidores são ambiente regulatório organizado e clareza nas informações, o que torna os negócios mais seguros. A Securities and Exchange Commission (SEC) é o órgão regulador dos mercados financeiros nos EUA. Ela trabalha para proteger os investidores e manter a integridade dos mercados. No Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tem um papel similar. 2. Estabilidade da moeda americana O dólar é uma das moedas mais estáveis do mundo e é considerado uma moeda de reserva global. Isso significa que muitos países têm grandes quantidades de dólares como parte de suas reservas cambiais. Afinal, o valor do dólar é relativamente estável devido à força econômica dos EUA, uma política monetária efetiva pelo Federal Reserve (o banco central dos EUA), e a confiança global na economia dos EUA. A moeda brasileira, o nosso querido real, é mais incerta em comparação ao dólar. Isso se deve a uma variedade de fatores, incluindo instabilidade política, inflação, taxas de juros e preocupações sobre a saúde econômica do Brasil. Logo, o valor do real pode flutuar significativamente em resposta a esses fatores. 3. Tamanho do mercado A economia dos Estados Unidos é a maior do mundo em termos de PIB (Produto Interno Bruto), conhecido como GDP (Gross Domestic Product). Em 2022, por exemplo, o PIB em dólares aumentou 9,2%, alcançando o valor de 25,46 trilhões de dólares. Com duas das maiores bolsas de valores do planeta NASDAQ (National Association of Securities Dealers Automated Quotations) e NYSE (New York Stock Exchange) o tamanho do mercado é uma grande atração para investidores de todos os lugares. No Brasil, a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) é a principal bolsa de valores do Brasil e é uma das maiores bolsas de valores do mundo em termos de capitalização de mercado. Já o PIB brasileiro, em 2022, foi de R$ 9,9 trilhões. 4. Sede de empresas inovadoras Os Estados Unidos são amplamente conhecidos como um dos principais centros de inovação e empreendedorismo. Empresas como Apple, Amazon, Google, Facebook e Microsoft são exemplos de gigantes da tecnologia que revolucionaram a indústria e têm uma presença global significativa. O Vale do Silício, localizado na California, é um dos principais polos de inovação do mundo, abrigando uma infinidade de startups e empresas de tecnologia focadas em áreas como biotecnologia, inteligência artificial, robótica, energia renovável, entre outras. Sendo assim, o sonho de muitos investidores é se associar a fortes players (jogadores) como esses, nem que seja com um pedacinho! O Brasil também tem visto um crescimento notável no setor de startups e empresas inovadoras. São Paulo, considerada a capital financeira do país, tem um ecossistema empreendedor em expansão, com uma grande concentração de startups e empresas de tecnologia. Setores como fintechs (startups financeiras), agritech (tecnologia agrícola), edtech (tecnologia educacional) e healthtech (tecnologia da saúde) estão se desenvolvendo rapidamente. Algumas empresas brasileiras inovadoras notáveis incluem iFood, Gympass, 99 e Loggi. 5. Diversidade para a carteira de investimentos Os EUA oferecem uma vasta gama de oportunidades de investimento. Além das ações e títulos, você pode investir em fundos mútuos, ETFs, imóveis e vários outros, como mencionei acima. O mercado americano é conhecido pela sua profundidade e liquidez, o que significa que há muitos investimentos disponíveis e você pode comprar ou vender rapidamente. No Brasil, embora a variedade de investimentos esteja crescendo, ela não é tão diversificada como nos EUA. Os investimentos em renda fixa, como os títulos do governo, são mais populares devido às taxas de juros tradicionalmente mais altas. 6. Facilidade em investir Nos EUA, as plataformas de investimento online como as que citei são extremamente populares e facilitam a compra e venda de investimentos. Essas plataformas tornam o investimento acessível e prático: você pode negociar com o toque de um botão! No Brasil, as plataformas de investimento online também estão ganhando terreno. Corretoras como XP Investimentos, Rico e NuInvest estão tornando todo o processo mais acessível para os brasileiros. Você agora possui conhecimento sobre os benefícios de investir em dólar e as opções para começar com pouco dinheiro nos Estados Unidos. Além disso, está informado sobre os requisitos iniciais e entende as diferenças entre os mercados de investimento dos EUA e do Brasil. Bom demais, não acha? Lembre-se, começar é a parte mais difícil. Você está plantando as sementes para o seu futuro. Então não espere, abra essa conta de corretagem e vamos fazer o seu sonho americano se tornar realidade! Depois que conferiu as minhas dicas para investir em dólar com pouco dinheiro, eu quero saber a sua opinião. Você ainda tem dúvidas? Já iniciou os investimentos? Deixe seu comentário aqui! As informações contidas neste artigo não são e nem pretendem ser aconselhamento legal. Este artigo pode ser retirado do ar, sem aviso prévio.
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26 de julho de 2023
Como abrir uma empresa nos EUA?
Já passou pela sua cabeça empreender em uma das economias mais sólidas do mundo? Pois bem, hoje vim mostrar como isso é possível, e bem mais fácil do que você imagina! Vou explicar como abrir uma empresa nos Estados Unidos, mostrando detalhes relacionados aos tipos de negócios que podem ser registrados. A ideia aqui é esclarecer sobre documentação, impostos e legislação. Além disso, daremos dicas imperdíveis sobre estratégia e como encontrar os primeiros clientes. Preparado? Então, continue comigo nesta leitura até o final! Documentação Antes de falar da documentação, é preciso deixar um ponto bem claro: as regras para abrir negócio nos Estados Unidos não são uniformes, já que há mudanças na legislação de estado para estado. Entendido isso, a primeira coisa que você precisa ter em mãos é o seu passaporte. Além dele, não esqueça que existe o "CNPJ" americano, que é o EIN. Na hora de abrir uma conta bancária para a empresa e contratar funcionários, por exemplo, você só vai conseguir se tiver esse número EIN, ok? Para ter esse documento, é só acessar o site da Receita Americana, e o melhor, sem precisar pagar nada! Na página, existe a opção “Como me inscrever para um EIN”, em que são explicados os passos necessários na obtenção desse documento, ok? A cidadania americana, segundo a lei do país, não é obrigatória na hora de empreender. É permitido até mesmo ter um negócio sem estar morando nos EUA, mas o passaporte, para todos os fins, é obrigatório! Outros documentos que não podem faltar nesse processo de abrir uma empresa nos EUA são: formulário de registro — neste documento, você deve especificar o tipo da empresa (falaremos mais sobre isso adiante); permissões e licenças — se você vai empreender no ramo alimentício, por exemplo, a lei local exige esses documentos; contrato social — se você tiver um ou mais sócios, precisa especificar as responsabilidades de cada um nesse documento; registro de marca — é o que protege o seu futuro negócio de violações em direitos autorais. [embed]https://www.youtube.com/watch?v=6uEteKdZIuM&ab_channel=MonkeyMoneyAPP[/embed] Mais sobre permissões e licenças... Uma das exigências americanas é em relação a negócios que manipulam alimentos. Simplificando para você entender melhor, quem vai mexer com ingredientes precisa dessa licença, sendo preciso fazer um curso. Em seguida, a pessoa faz um exame e, se aprovado, pode procurar a agência governamental local, responsável pela regulamentação de alimentos e segurança alimentar. Se a sua empresa precisar fazer reformas ou construção no local, pode ser necessário obter também permissão das autoridades locais antes de iniciar o trabalho! Geralmente, esse processo envolve um formulário e documentos como planos de construção. O envio deve ser feito para as autoridades locais, sendo que a aprovação pode levar semanas ou meses, dependendo da complexidade do projeto! Se as autoridades pedirem alterações no projeto, será preciso obter uma nova permissão. Importante lembrar que essa permissão requer o pagamento de uma taxa. Impostos Por estar empreendendo em um país diferente, é preciso entender as questões ligadas à tributação. O tipo de empresa escolhida por você vai definir o volume da sua carga tributária, assim como acontece no Brasil. Com isso em mente, vou apresentar, a seguir, os principais tipos de empresas existentes nos EUA e suas principais características. Acompanhe! Sole Proprietorship e General Partnership O Sole Proprietorship (ou SP) é um regime tributário pra quem quer abrir uma pequena empresa nos Estados Unidos! As regras são simples: o dono do negócio tem que ser ele mesmo, ou seja, não deve haver sócios. O bom do SP é que não é preciso declarar o Imposto de Renda na pessoa jurídica, bastando você ter caixa postal, telefone e uma conta de banco norte-americana. Simples, não é? O General Partnership (GP) também não requer muitos passos na hora de iniciar o seu negócio. A principal diferença em relação ao SP é que no caso do GP é permitido ter sócios! Limited Liability Partnership Para quem tem vontade de empreender como autônomo, uma boa opção é o Limited Liability Partnership, ou LLP. Esse regime tributário também pode ser interessante para quem é formado em contabilidade, direito e medicina, por exemplo. Limited Liability Companies O regime de Limited Liability Companies (ou LLC) costuma ter mais passos do que o SP ou GP. Ele é recomendado para aquele empreendedor que quer expandir sua empresa em nível internacional, especialmente se o negócio for do tipo startup. Afinal, esse modelo é conhecido pelo alto potencial de rentabilidade e alcance de clientes em muitas partes diferentes do globo! Portanto, o LLC, assim como o corporations — o próximo subtópico — é para empresas com mais maturidade e tempo de existência! Corporations Como adiantei, esse é um regime de tributação voltado para empresas grandes! Tanto é que, se você aderir a ele, poderá até vender ações na Bolsa de Valores norte-americana, fazendo o negócio se tornar ainda mais lucrativo no futuro! Estratégia Em qualquer lugar do mundo, nenhum negócio dá certo sem planejamento! Você, como empreendedor único ou com sócios, deve pensar em todos os detalhes, o que envolve localização, impostos, logística, atendimento, marketing e vários outros aspectos. Não deixe de fazer uma pesquisa de mercado e de desenvolvimento da sua marca, além de um estudo aprofundado do seu público-alvo e concorrentes. Encontrando clientes Bom, chegou a hora de conquistar os primeiros clientes, e aí? Existem muitas formas de fazer o negócio ficar conhecido e se tornar amado pelas pessoas, sendo uma delas o marketing digital! Um exemplo simples e prático para fazer uma luz acender na sua mente: uma consultoria financeira para expatriados brasileiros! Por meio de um blog, você cria textos informativos sobre temas como investimentos, impostos e abertura de conta bancária nos EUA.. Existe um conceito muito conhecido no marketing digital que é o funil de vendas. De modo simples, são as etapas que uma pessoa realiza até fechar negócio com uma empresa. Na internet, esta é uma das abordagens mais usadas não apenas para captar dez clientes, mas cem, mil, dez mil e por aí vai! O bom do marketing digital é a possibilidade de atingir muitas pessoas, e pessoas adequadas aos produtos e serviços vendidos por você! Se for difícil, por algum motivo, ter o blog, sabia que também é possível encontrar os primeiros clientes usando o Instagram? Por ser uma rede social visual, capriche bastante nos conteúdos, com informações mais sucintas, porém não menos valiosas para os seguidores, tá? Usar vídeos no Instagram — o famigerado Reels — também pode ajudar na conquista dos primeiros clientes! Se você quer agilizar o processo de captação dos seus primeiros clientes, saiba que o Guia Monkey pode ser a solução que o seu negócio precisa! Somos um catálogo que conecta pessoas e empresas na venda de produtos e prestação dos mais variados serviços, meio como um Páginas Amarelas antigo, sabe? Encontrar os primeiros clientes não é fácil. Contudo, chegará um ponto em que eles chegarão a você de modo espontâneo. À medida que se constrói uma sólida rede de contatos com outros empreendedores, as coisas tendem a ficar um pouco mais fáceis em médio e longo prazo! Viu como abrir uma empresa nos Estados Unidos não é tão complicado quanto parece? Aproveite a visita ao blog para conhecer agora mesmo o nosso Guia Monkey! As informações contidas neste artigo não são e nem pretendem ser aconselhamento legal. Este artigo pode ser retirado do ar, sem aviso prévio.
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24 de julho de 2023
Destinos além do óbvio: lugares nos EUA que irão te surpreender
Quando se fala em turistas nos EUA, é bem comum que as pessoas pensem na Disney, em Los Angeles, New York e em vários outros pontos turísticos e cidades bem conhecidas. E é claro que não há nada de errado com isso! Afinal, quem não quer conhecer a famosíssima Estátua da Liberdade ou outros locais incríveis? O fato é que os EUA tem muito mais a oferecer! Pense: esse é um país bem grande, não é mesmo? Há muito território e, com isso, muitas belezas e lugares de cair o queixo que ficam, muitas vezes, esquecidos pelos roteiros de viagem. Pensando nisso, preparei uma lista com lugares para conhecer nos EUA que fogem do óbvio. Você vai se surpreender com esses pontos que são deixados de lado e poderá fazer uma road trip (viagem de carro) inesquecível com os amigos e a família. Bora lá? Qual é a vantagem de conhecer esses lugares? Visitar lugares badalados é sempre uma experiência que vale a pena viver. Afinal, você está pisando onde milhões de outras pessoas pisaram. Sem falar nas fotos para o Instagram que ficam ótimas, né? Seus fãs agradecem! Mas imagine conhecer pontos que não são tão explorados assim? Ficar de frente com uma realidade vista por pouca gente, desbravar lugares completamente desconhecidos… essa é uma experiência bem diferente e tão bacana quanto a outra, mas que nem sempre é priorizada. Então, permita-se vivenciar coisas novas! Os lugares que vou mostrar aqui vão fazer toda a diferença e deixar o seu roteiro muito mais especial. Quais são os lugares para conhecer nos EUA e que pouca gente fala sobre? Agora, vou direto ao ponto: é hora de você conhecer os tesouros escondidos da América e começar a se planejar para as próximas viagens! Thor’s Well, Oregon Você já assistiu aos filmes do Thor? Esse lugar, localizado no estado do Oregon, foi nomeado em homenagem ao Rei do Trovão. Extremamente bonito e um pouquinho assustador, ele é um “buraco” misterioso que fica bem no meio do Pacífico, mais especificamente no Cape Perpetua. Os cientistas acreditam que esse é o resquício de uma caverna antiga, que acabou cedendo e dando origem a esse espaço. E por mais estranho que pareça, não há muito mistério: ele é aberto em cima e embaixo, fazendo com que a água passe tranquilamente pelas extremidades. Se você estiver fazendo um passeio pela costa de Oregon, não deixe de visitar esse lugar! Ele fica ao sul de Yachats, bem na Highway 101. Enquanto estiver por lá, aproveite também para visitar o Cape Perpetua Visitor Center, que fica aberto a semana toda. Mendenhall Glacier Caves, Alaska Sempre sonhou em visitar o Alaska, mas não tinha a motivação correta? Agora você vai ter: as cavernas glaciais Mendenhall, que são um verdadeiro espetáculo da natureza e merecem ser vistas pelo menos uma vez na vida. As cavernas de gelo do Glaciar Mendenhall são um fenômeno natural espetacular que foi criado pelo movimento do próprio glaciar. A água do derretimento flui através e sob o glaciar, criando túneis e cavernas incríveis de gelo azul brilhante. Aqui você consegue estar perto de todos os estados da água ao mesmo tempo. Consegue vê-la na forma líquida, em neve, em gelo e por aí vai, em um cenário realmente exuberante. Sério, não acredita? Dá um Google aí! O acesso às cavernas é um pouco complicado e exige que a visita seja feita acompanhada de uma equipe especializada. Mas vale a pena! Porém, temos uma notícia bem triste: o glaciar está recuando a uma média de cerca de 13 a 15 metros por ano por conta do derretimento das geleiras. Mais um motivo para visitá-las antes que seja tarde, hein? Skagit Valley Tulip Festival, Washington Para que ir à Holanda ver tulipas se temos campos de tulipas perfeitamente incríveis aqui nos EUA? Bem mais perto e mais econômico, não é mesmo? O Skagit Valley Tulip Festival é o destino perfeito para quem gosta de flores, natureza e de passeios mais tranquilos para toda a família. Ele ocorre anualmente em Skagit Valley, no estado de Washington. Esse é um passeio melhor feito de carro, já que há várias localidades que você vai querer visitar. O festival está sempre aberto durante todos os dias de abril, e por vezes acaba se estendendo alguns dias em maio. Além disso, também oferece uma série de eventos e atividades, que podem incluir passeios de bicicleta, corridas de 5 km, exposições de arte, degustação de vinhos e muito mais. O legal é que esse espaço está pertinho da famosa metrópole de Seattle. Assim, você pode visitá-la enquanto estiver passando por esses locais, fazendo com que o seu roteiro tenha muito mais cor e beleza, mas sem gastar muito a mais por isso. Hamilton Pool, Texas Na minha humilde opinião, esse é um dos lugares mais lindos do mundo. É uma piscina completamente natural, de coloração esmeralda, disposta em um parque ecológico que grita “natureza preservada”. Vale muito a pena passar um dia explorando a região e recarregando as energias. A sua localização é bem privilegiada, estando a apenas 30,4 milhas (quase 50 km) de Austin, capital do estado, o que faz com que também seja possível “esticar” até essa região durante outras viagens que você estiver fazendo. Para visitar o local, no entanto, você precisa fazer reservas. Elas ficam disponíveis, geralmente, entre maio e setembro, então fique de olho e inclua essa informação no seu roteiro de planejamento. Watkins Glen State Park, New York New York é uma das regiões mais completas do mundo, não é mesmo? E isso é tão verdade que é até possível visitar algumas maravilhas naturais nesse estado. Um belo exemplo é o Parque Watkins Glen State. Se você gosta de cachoeiras e preservação ambiental, esse é o seu passeio! Há muitas atividades que podem ser feitas aqui e, claro, tudo é guiado por profissionais que vão explicando mais sobre a história e a geografia do local. Lembrando que você também precisa comprar seus bilhetes para ingressar no parque, tudo bem? Verifique as tarifas atualizadas no momento do seu planejamento e veja quão antes você pode adquiri-las para não deixar esse lugar de fora da sua viagem. Cavernas de Carlsbad, New Mexico Para fechar, mais cavernas! Essa é uma trilha cavernosa que fica na região das Montanhas Rochosas dos EUA, acima do Deserto de Chihuahua — maior deserto da América do Norte, que se estende pelo sul dos Estados Unidos, nos estados do Arizona, Novo México, Texas, e também pelo norte do México. Ou seja: só com isso já dá para se ter uma noção de que beleza é o que não vai faltar por aqui! Mas visitar as cavernas não é a única coisa que você pode fazer nesse parque. Também há muitas opções de atividades na superfície, permitindo que você tenha acesso a paisagens deslumbrantes. Leve calçados confortáveis, muita água para se hidratar e uma boa dose de disposição, porque você vai caminhar um bocado. O parque está localizado a cerca de 5h de Albuquerque, então se planeje para encontrar um lugar por perto para passar a noite. Como fazer um planejamento para essas viagens? Ai, tô empolgado! Sim, eu sei que nem sou eu que vou para essa viagem, afinal você nem me chamou… mas estou bem feliz porque você vai ter a oportunidade de conhecer esses lugares aqui nos Estados Unidos. Mas é provável que você esteja se perguntando: e aí, é muito caro? Como vou conseguir bancar essa viagem? Fica tranquilo(a) porque disso eu entendo! Sim, é possível que esses destinos sejam um pouquinho mais caros, mas nada que um bom planejamento financeiro não resolva. E quem melhor do que ajudar você com isso do que eu? Veja as dicas a seguir! Defina um orçamento O primeiro passo é entender quanto você pretende gastar. Faça uma pesquisa prévia sobre o lugar escolhido, anote detalhes e determine um orçamento limite. Assim, você tem um número para trabalhar e pode organizar metas financeiras para alcançá-lo dentro de um determinado período. Pesquise e compare preços Depois, aprofunde a sua pesquisa. Verifique detalhes como acomodação, passeios, preços de entrada e outros detalhes. Faça uma planilha e anote TUDO! Assim, você sabe por onde começar e pode pesquisar alternativas que sejam mais baratas. Agende suas acomodações com antecedência Dito isso, uma ideia é também agendar as suas acomodações bem antes da viagem. Muitas vezes, começamos o planejamento com tão pouca antecedência que nem há datas disponíveis restantes. Então, se organize para não fazer a reserva em cima da hora! O ideal aqui é começar a realizar as reservas com três a dois meses de antecedência da data da viagem. Se for em época de festa, que sempre atrai mais gente, como férias de verão, comece ainda antes! Veja como você vai chegar lá Você vai de carro? Avião? Veja o meio de transporte que vai ser utilizado. Caso vá comprar passagens, faça o mesmo que com a estadia: compre o quanto antes. Se for de avião, dou a dica de ativar as notificação do Google Flights, que sempre te avisam quando o preço da passagem fica mais barato. Só seguir o passo a passo: Vá para a página do Google Flights. No campo de pesquisa no topo da página, digite o destino de sua viagem. Selecione as datas de ida e volta do seu voo. Na lista de voos, escolha um voo que você gostaria de acompanhar. Depois de selecionar um voo, você verá um botão chamado "Acompanhar preços". Clique nesse botão para ativar as notificações de mudanças de preço para este voo. Uma pequena janela pop-up aparecerá confirmando que você está agora acompanhando esse voo. Para verificar suas notificações, você precisa estar logado na sua conta do Google. Assim que houver uma alteração no preço do voo que você está acompanhando, você receberá uma notificação por e-mail. Os preços costumam cair muito quando a compra é feita assim. E sempre pesquise para ver as melhores opções de preço, é claro! Escolha o momento certo para viajar Às vezes, é comum que as coisas fiquem mais caras em determinados momentos do ano, nas famosas altas temporadas. Sendo assim, se possível, priorize as viagens em temporadas de menor movimento, quando é provável que você consiga fazer passeios mais baratos. Faça uma pesquisa prévia sobre passeios e comida E por falar em passeios, não deixe de incluí-los em seu planejamento, tudo bem? Priorize os que são gratuitos ou mais em conta, mas não deixe de fora também os lugares que você quer muito visitar. Apenas coloque no orçamento para não errar na conta! E faça o mesmo com as refeições, apenas para ter uma ideia de quanto será gasto. Faça economias progressivamente Com tudo isso em mãos, comece a economizar! Faça uma reserva financeira específica para essa viagem e siga sempre as dicas de organização financeira que eu vivo passando aqui no blog. Se você der uma olhada nos arquivos, vai encontrar várias formas de fazer com que o seu dinheiro renda muito mais! Seguindo isso, eu garanto: é sucesso. E, assim, você pode planejar suas férias com mais economia, tranquilidade e dinheiro no bolso, que é o que a gente gosta! Viu como há muitos lugares para conhecer nos Estados Unidos e que fogem do óbvio? Agora, é hora de começar um bom planejamento para fazer com que essa viagem se torne uma realidade em um futuro bem próximo! E aproveitando, fique também com o meu conteúdo sobre o verão americano! As informações contidas neste artigo não são e nem pretendem ser aconselhamento legal. Este artigo pode ser retirado do ar, sem aviso prévio.
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21 de julho de 2023
Qual é o salário mínimo nos Estados Unidos?
É comum a gente falar muito sobre salário mínimo no Brasil, né? Esse valor aumenta (ou pelo menos deveria!) todos os anos, com reajustes que acompanham (ou deveriam…) a inflação. Mas você sabia que nos EUA também é mais ou menos assim? Se você já está vivendo nos Estados Unidos, é preciso entender mais sobre esse assunto! Afinal, vai trabalhar por aqui e precisa compreender melhor os detalhes envolvendo o seu dinheiro. Pensando nisso, preparei um conteúdo bem completo sobre o salário mínimo nos Estados Unidos! Se você tem dúvidas, continue a leitura que eu vou explicar tudo sobre esse assunto. Quanto é o salário mínimo nos Estados Unidos? Essa é a pergunta que não quer calar! Mas calma: a gente vai responder. No momento em que eu estou escrevendo este texto (Junho de 2023), a média salarial nacional para os Estados Unidos é de $ 7,25 por hora. No entanto, em breve isso vai mudar, já que há uma programação para reajuste em 1º de julho em diferentes estados. Então, é sempre importante que você cheque o valor no momento que estiver lendo, tá bom? Uma forma de consultar isso é o site do Department of Labor (DOL) norte-americano, ou o Departamento do Trabalho. Fontes confiáveis são sempre o melhor caminho para que você obtenha qualquer tipo de informação. E eles têm uma página dedicada exclusivamente a esse assunto no site deles! Mas nem sempre é tão simples assim… Provavelmente você já percebeu, mas aqui nos EUA os estados têm uma autonomia bem grande. No Brasil também tem uma certa “independência”, o que é algo comum do modelo federativo de governo, mas aqui o negócio é bem diferente. Por isso, o salário mínimo também pode mudar muito de um estado para o outro. O objetivo é atender às demandas de custo de vida em cada região, o que faz bastante sentido, né? E, além disso, podem existir variações de acordo com o porte da empresa, a quantidade de funcionários e outros detalhes. Os salários em cada estado Você sempre pode conferir a tabela ou o mapa atualizados no site do Department of Labor, conforme eu já falei. Mas é claro que eu não vou fazer você ter todo esse trabalho, a menos que essa seja a sua vontade! Se você chegou aqui antes de 1º de julho de 2023, os salários válidos nos estados são divididos em três categorias: estados que não têm salário mínimo obrigatório: Alabama; Louisiana; Mississipi; South Carolina; Tennessee. estados que atuam com o mesmo salário mínimo nacional ($7.25): Idaho; Georgia; Iowa; Indiana; Kansas; Kentucky; North Carolina; North Dakota; New Hampshire; Oklahoma; Pennsylvania; Texas; Utah; Wisconsin; Wyoming. e os estados que trabalham com um valor acima do padrão nacional: Alaska: $10.85; Arkansas: $11.00; Arizona: $13.85; California: $15.50; Colorado: $13.65; Connecticut: $14.00; Delaware: $11.75; Florida: $11.00; Hawaii: $12.00; Illinois: $13.00; Massachusetts: $15.00; Maryland: $13.25; Maine: $13.80; Michigan: $10.10; Minnesota: $10.59; Missouri: $12.00; Montana: $9.95; Nebraska: $10.50; New Jersey: $14.13; New Mexico: $12.00; Nevada: $10.50/9.50; New York: $14.20; Ohio: $10.10; Oregon: $13.50; Rhode Island: $13.00; South Dakota: $10.80; Virginia: $12.00; Vermont: $13.18; Washington: $15.74; West Virginia: $8.75. Ainda há outros territórios, como Porto Rico e Virgin Islands, que também devem ser considerados e são devidamente encontrados no mapa e tabela acima. Antes de seguirmos, vale a pena ressaltar que essas leis, regras e todas as informações que estou passando aqui para você podem mudar ao longo do tempo. Isso é ainda mais real considerando que cada estado tem uma grande autonomia por aqui. Mas a ideia de boa parte deles é aumentar o valor progressivamente, sempre de olho em dados como a inflação, do mesmo jeito que acontece no Brasil. Assim, o poder de compra da população não é tão prejudicado, e a economia se mantém aquecida. Quando e como surgiu o salário mínimo nos Estados Unidos? Agora que você já sabe quanto é o salário mínimo nos Estados Unidos, que tal um pouquinho de história? Vamos descobrir como isso surgiu por aqui! Tudo começou no início do século XX. Nesse período, os movimentos de trabalhadores ganharam muita força, com pautas defendendo melhores condições de trabalho, salários justos e demais demandas para atender aos direitos básicos das pessoas. Mas é claro que nem sempre foi assim, né? Pensa só: lá no Brasil, a gente precisou ralar muito para que pessoas em posição de poder compreendessem que temos direitos e precisamos de certos cuidados. Não foi muito diferente da história aqui nos EUA, pois também teve muita luta. E foi aí que surgiu o assunto sobre o salário mínimo. Ele apareceu como uma resposta do governo às preocupações com os temas acima. Um dos principais marcos na história do salário mínimo foi a aprovação da Fair Labor Standards Act (Lei de Padrões Justos de Trabalho) ou mais conhecida pela sigla FLSA, 1938. Ela foi sancionada pelo presidente Franklin D. Roosevelt e estabeleceu um salário mínimo federal para alguns trabalhadores. Mas já foi um começo! A lei também trouxe algumas regras importantes, como o pagamento de horas extras e restrições ao trabalho infantil. Sendo assim, é uma norma que regula vários pontos e não só a questão salarial. Inicialmente, o salário era de 25 centavos de dólar por hora. Ou seja: aumentou consideravelmente ao longo dos anos. E a FLSA continua por aí até hoje. Você pode sempre conferir detalhes sobre ela no já famoso site do Departamento do Trabalho dos EUA (U.S. Department of Labor). Existem profissões fora da regra? E lá vamos nós para mais algumas exceções… afinal, sim, há algumas diferenças no salário mínimo para alguns tipos de profissionais. Vou te contar quais são eles: funcionários que recebem gorjeta: os “tipped employees” são uma das principais exceções quando o assunto é salário mínimo. É o caso de garçons e garçonetes. O motivo para isso é que a FLSA entende que eles podem receber remunerações menores por terem acesso às gorjetas, que fariam com que eles atingissem o valor mínimo necessário em suas horas; estagiários: assim como no Brasil, a remuneração de quem está estagiando pode ser menor, desde que isso seja feito por um período limitado. Ou seja: não vão te pagar como estagiário para o resto da vida, pode ficar em paz!; trabalhadores com deficiência: o grupo PCD também podem receber de forma diferente, de acordo com o número de horas trabalhadas, níveis de produtividade ou características específicas de cada funcionário. O que dá para comprar com um salário mínimo americano? O custo de vida das pessoas nos Estados Unidos, assim como em qualquer outro lugar do mundo, vai depender muito da região onde ela vive, o estado, o bairro e vários outros fatores. Com apenas um salário mínimo, pode ser um pouco difícil bancar custos de aluguel, alimentação, seguro saúde e outros bens, especialmente nos grandes centros do país, onde o custo de vida é bem maior do que em outras regiões. Por isso, ainda há muita desigualdade salarial nos EUA. Essa é uma realidade que, portanto, não está restrita ao Brasil. Triste, né? Mas não se preocupe: ainda sim dá para morar nos EUA e viver bem, afinal este é um país com muitas oportunidades! E à medida que você se estabelecer, se aperfeiçoar e conquistar cada vez mais o seu espaço, a tendência é que fique mais e mais tranquilo. No começo, pode ser um pouquinho difícil mesmo e talvez algumas pessoas precisem viver “na ponta do lápis”, ou seja, contando cada penny (centavo). Mas, de modo geral, isso tende a se ajustar. Ainda mais para você, que lê tudo que eu publico e fica sempre por dentro das minhas dicas de organização financeira, né? Quais as diferenças entre Brasil e Estados Unidos? E antes da gente se despedir por aqui, que tal relembrarmos ou conhecermos algumas diferenças entre o salário mínimo brasileiro e o americano? Vamos lá! Reajustes Os reajustes de salário mínimo, no Brasil, ocorrem anualmente. No geral, ele acontece no primeiro mês de cada ano vigente, embora também possa ser reajustado em outros momentos (como aconteceu em 2023). Já nos EUA não há uma data certa para isso acontecer. Antes do reajuste de 2023, por exemplo, a última vez que o salário mínimo passou por alguma mudança foi em 2009. Território nacional Outra grande diferença é a questão da abrangência nacional. Ainda que possam até existir algumas pequenas diferenças chamadas de “salário mínimo estadual” no Brasil, o que realmente vale é o salário escolhido para toda a federação. Nos EUA, no entanto, até há a recomendação nacional, mas cada estado é livre para escolher como atua, desde que não seja abaixo do que foi determinado pela FLSA. Horas extras O trabalhador americano tem direito a receber horas extras, que equivalem a cerca de 150% o valor da hora regular. No entanto, ao contrário do Brasil, não há regras específicas sobre adicional noturno, feriados e outros detalhes. Além disso, para calcular se você tem direito a receber as horas extras nos EUA, é preciso verificar se foram trabalhadas mais de 40 horas na semana. Se não, não há o direito de recebimento. Gostou de saber mais sobre o salário mínimo nos Estados Unidos e entender as diferenças entre o que está em vigor aqui e lá no nosso país de origem? Espero que sim! Ajudar você é sempre um grande prazer para mim! Mas espera aí que ainda não acabou! Antes de você ir, tenho outra leitura que pode ser importante. Você já sabe como conseguir um Green Card? Se não, leia a minha postagem sobre o assunto e tire todas as suas dúvidas! As informações contidas neste artigo não são e nem pretendem ser aconselhamento legal. Este artigo pode ser retirado do ar, sem aviso prévio.
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19 de julho de 2023
Como renovar passaporte brasileiro nos EUA?
Chega um dia em que aquele seu parceiro de rolês e viagens internacionais acaba perdendo a validade e precisa ser substituído por uma versão novinha. Sim, estou falando dele: o passaporte, um dos documentos mais importantes (se não o mais importante) de um imigrante! Afinal, ele não dura para sempre e, no, geral, tem validade de até 10 anos. Ao lembrar desse detalhe, capaz de você ter pensado: como renovar esse documento? Dá trabalho? Não se preocupe: estou aqui para tirar as suas dúvidas sobre os procedimentos para renovar passaporte brasileiro nos EUA. Como renovar passaporte brasileiro nos EUA? Em primeiro lugar, bora entender uma coisa. Na verdade, o passaporte não é renovado: embora a palavra seja utilizada, a verdade é que você vai tirar um novo documento do zero. Outro detalhe interessante é que você não precisa fazer uma contagem regressiva para esperar o documento vencer: dá para renovar antes! Por isso, pode solicitar o processo com 6 meses de antecedência, por exemplo. Essa atitude até ajuda a evitar problemas como falta de datas disponíveis para agendamento presencial e atrasos na entrega do novo documento. Agora, vamos às etapas para o processo. Primeiros passos A primeiríssima etapa para tirar um passaporte novo sem precisar ir ao Brasil é abrir a página do Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Depois, preencha o formulário conhecido como PACOM (de "passaporte comum"). O site às vezes fica fora do ar; se for o caso, é preciso aguardar. Depois que você preencher esse formulário, o sistema do Ministério gera um documento que vai ter um número de recibo de entrega, chamado de Recibo de Entrega de Requerimento (RER). Você deve imprimi-lo e colar uma foto no espaço indicado. Atenção: de acordo com indicações do governo, não tem problema a foto ser maior que o espaço disponível e você não deve recortar a foto para inserir no formulário. Dependendo do consulado (falaremos mais sobre eles no próximo tópico), pode ser que uma entrevista pessoal seja exigida. Se fizerem isso, não precisa surtar: é apenas uma formalidade, conduzida por funcionários brasileiros. Confirme e agende sem medo! Documentação Depois de preenchido o formulário, é hora de reunir a papelada. A documentação exigida varia de acordo com a sua idade, gênero, estado civil e, principalmente, com a cidade em que você mora nos EUA. Por isso, é muito importante verificar no site do consulado que atende a sua região quais documentos você deve levar, certo? Mas, no geral, os mais comuns são os seguintes: Fotografia – uma foto 2″ X 2″ com fundo branco (não pode ser a mesma do passaporte anterior); Recibo de Entrega de Requerimento (RER) assinado; Certidão de nascimento ou de casamento; Passaporte anterior (válido ou vencido há menos de 2 anos. Importante: de acordo com o governo brasileiro, "a validade do novo passaporte será afetada caso seu passaporte atual esteja válido e não seja apresentado"; Carteira de identidade (RG); Certidão de quitação eleitoral para quem tem entre 18 e 70 anos. A certidão pode ser obtida no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); Original do documento militar, para homens entre 18 e 45 anos; Um money order do USPS (Correio Norte-Americano) no valor da taxa de serviço (única forma de pagamento aceita). Não são aceitos pagamentos em cash (dinheiro em espécie), cartão de crédito, cheques ou money orders de outras empresas. No campo “Pay to” da ordem de pagamento, preencha com “Consulate General of Brazil In (cidade)”. No campo "Address" logo abaixo, coloque o endereço completo do consulado. Nos campos “From” e “Address”, à direita, coloque o seu nome completo e o seu endereço. Importante: a quantia da taxa consular é, atualmente, de $120 dólares para o serviço de emissão de passaporte para pessoas com mais de 18 anos. Porém, o valor pode mudar de tempos em tempos. Logo, confira sempre no site do consulado o valor atualizado. Depois de reunir a papelada, você precisa levar ou enviar a um lugar, certo? Esse lugar vai ser o consulado. Consulados Brasileiros nos EUA Aí você pode se perguntar: quero fazer o processo presencialmente, mas moro no interiorzão de Vermont, aqui tem consulado ou preciso viajar? Bom, os consulados brasileiros nos EUA estão localizados nas seguintes cidades, em ordem alfabética: Atlanta; Boston; Chicago; Hartford (Connecticut); Houston; Los Angeles; Miami; New York; San Francisco; Washington, D.C. Para agilizar o seu serviço, já te conto o seguinte: o consulado só vai aceitar documentos originais ou cópias autenticadas. Isso significa que não adianta tirar aquela fotinha improvisada e achar que você vai ganhar um carimbo positivo. Ah: mesmo que já tenha feito o procedimento antes, esse processo de renovar o passaporte começa sempre do zero, ok? Ou seja, precisa reunir e enviar tudo de novo como se fosse a primeira vez. Depois que o consulado processar e conferir tudo, os documentos que você apresentou serão devolvidos junto com o passaporte — devidamente renovado! O legal é que é muito fácil encontrar informações sobre os consulados no Google. Exemplos: Atlanta, Miami e Boston. Dá para renovar o passaporte brasileiro online? Monkey, não estou realmente a fim de correr até um consulado se eu tenho um computador e um celular bem aqui na minha frente. É possível enviar esses documentos pela internet? Ora, claro! Felizmente, esses procedimentos estão cada dia mais rápidos e fáceis de fazer. Nesse caso, é preciso consultar a documentação necessária (no site do consulado) e enviar uma foto dos documentos pelo sistema e-consular. Neste sistema do Serviço Consular Brasileiro, você consegue solicitar serviços junto às repartições brasileiras presentes nos EUA. Para isso, deve fornecer as suas informações e anexar as fotos de todos os documentos exigidos. O consulado analisará o processo e informará qual é a próxima etapa. Aí, pode ser que eles te peçam alguma correção, envio de algum documento adicional ou o agendamento de uma visita física, caso seja necessário. Uma dica do Monkey: preste muita atenção à lista de documentos exigidos. Isso porque o processo pode ser rejeitado se estiver faltando alguma coisa — fazendo com que você perca o seu tempo e corra o risco de ter que dar seus rolês com um passaporte vencido no bolso. Solicitação pelos Correios... Durante a pandemia, a solicitação pelos Correios era o único modo de pedido aceito. Como (felizmente) aquela fase horrível já passou, você pode ir pessoalmente ao consulado para levar os documentos, ou enviar online, como acabamos de ver. No entanto, caso você seja um amante do Mail Service, pode continuar a escolher essa opção. Nesse caso, se você quiser enviar o processo pelos Correios, reforço aquela dica de conferir em detalhes todos os documentos e cópias antes de enviar. Dica do Monkey: por questões de segurança, os Consulados só aceitam envelopes do USPS. Então, nada de enviar outro. E você sempre precisa enviar o envelope de retorno junto com o de envio. O envelope de retorno deve estar preenchido com o seu endereço, ok? Ambos os envelopes devem ser do tipo Flat Rate pré-pago, com tracking number (número de rastreamento). Peça por um 'prepaid envelope' nos correios que vai dar tudo certo. Resumindo: no envelope de envio, você deve colocar os documentos solicitados no momento da renovação + o envelope de retorno preenchido. Assim, o consulado vai enviar o seu novo passaporte direto para o seu endereço quando estiver pronto. ...ou visita ao Consulado Por fim, se o consulado da sua região aceitar (ou exigir) o agendamento presencial, você pode solicitar o seu novo passaporte pelo site do consulado em questão e chegar lá, na data marcada, com os documentos exigidos. Leve tanto os originais como as cópias autenticadas! O mais interessante de agendar a consulta presencial é que há a possibilidade de o passaporte novo ser entregue já durante a visita. Contudo, para não se decepcionar, confirme com o pessoal do consulado antes, ok? O que muda com o passaporte novo? Não muita coisa. Vamos lá: o passaporte renovado tem a validade de 10 anos para maiores de 18 anos. Outra confusão comum rola em relação aos vistos válidos, que afetam as viagens internacionais que você queira fazer. Com a renovação, o consulado não tem a permissão de transferir vistos que estão no seu passaporte antigo, por exemplo. Mas não precisa arrancar cabelos: ainda que o seu passaporte vencido seja cancelado quando se emite um novo, os vistos que estavam lá continuarão válidos. Então, a dica aqui é viajar levando as duas cadernetas de passaporte: a novíssima e a mais antiga, que tem os registros dos vistos válidos, e apresentar as duas caso precise. Quando chega o passaporte novo? O prazo para a emissão e envio do passaporte fica entre duas e três semanas, com o início da contagem a partir do recebimento do envelope com os documentos, por correios ou presencialmente. Depois, o documento finalmente é postado. Saiba que essa estimativa é apenas uma média! O prazo pode ser influenciado por dificuldades técnicas ou até um aumento sazonal na demanda de novos passaportes. Agora que você conheceu os procedimentos necessários para renovar o passaporte brasileiro nos EUA, já sabe como manter a sua moradia em território norte-americano, sem levar sustos jurídicos. Também é uma boa ideia conhecer os seus direitos de imigrante para manter um relacionamento estável e duradouro com os Estados Unidos. Falando em procedimentos burocráticos, mas que podem ser mais fáceis do que parecem, confira o post sobre a cidadania americana! As informações contidas neste artigo não são e nem pretendem ser aconselhamento legal. Este artigo pode ser retirado do ar, sem aviso prévio.
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17 de julho de 2023
Como votar estando nos EUA? Entenda as regras para quem mora no exterior
Deixa eu adivinhar: você chegou até este post porque deseja saber como votar estando nos EUA. Right? E, teoricamente, existem três formas de votar nas eleições morando nos Estados Unidos. A primeira dela é como votar nas eleições brasileiras; a segunda é como eleger representantes americanos, e a terceira é como votar em ambas. Achou meio confuso? Pois digo que é mais fácil do que parece! Seu melhor amigo nos EUA vai explicar tudo agora mesmo, incluindo com um passo a passo bem didático. Boa leitura! Devo votar para as eleições morando no exterior? Yes! Se você é um cidadão brasileiro e está qualificado para eleger seus representantes do governo do Brasil, deve votar nas eleições brasileiras mesmo morando no exterior. No entanto, algumas condições precisam ser cumpridas para que isso seja possível de fato. Primeiramente, aqui nos Estados Unidos, você precisa estar cadastrado como eleitor, o que pode ser feito junto ao Consulado Brasileiro nos EUA. O procedimento é conhecido como transferência de domicílio. Aqui, é muito importante verificar os prazos para o registro, que normalmente são divulgados no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou no próprio Consulado. Tem até uma página específica para brasileiros no exterior tirarem dúvidas com relação às suas obrigações eleitorais. Também é fundamental estar com o título de eleitor regularizado. Caso contrário, se não estiver em dia com suas obrigações eleitorais, como não ter votado nas últimas eleições ou não justificado a ausência, você precisará regularizar sua situação antes de poder votar no exterior. Como votar se estiver morando nos Estados Unidos? Para votar nas eleições brasileiras enquanto mora nos Estados Unidos, você precisa seguir os passos a seguir! Emitir ou regularizar o título de eleitor Como já mencionei, certifique-se de que você esteja regularizado junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Se não estiver, precisará emitir ou atualizar o título de eleitor, além de regularizar quaisquer pendências eleitorais, como multas ou ausências em votações anteriores. Para consultar sua situação eleitoral, é bem fácil: Vá ao site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); No canto superior direito da página, clique em 'Situação Eleitoral'; Insira o seu nome ou número do seu CPF ou título de eleitor; Clique em 'Consultar'; Prontinho, você saberá se está tudo ok ou se a situação está irregular. Além do site do TSE, isso também pode ser feito pessoalmente em um consulado brasileiro nos EUA (veja a lista de consulados brasileiros em cada estado americano). Solicitar sua inscrição como eleitor nos EUA Para isso, você precisará preencher o formulário específico no site do TSE e enviar por correio ou pessoalmente para o consulado brasileiro mais próximo de onde você more aqui nos Estados Unidos. Aguarde a confirmação de sua inscrição. Votar em uma seção eleitoral em um consulado Uma vez confirmada sua inscrição, você poderá votar por meio de uma seção eleitoral especial em um dos consulados brasileiros nos EUA. Para isso, compareça pessoalmente ao local no dia da eleição com um documento de identificação válido com foto e seu título de eleitor. Posso votar nas eleições dos Estados Unidos? Bom, a esta pergunta respondo com um "depende". Mas por quê? Vamos lá: em geral, um brasileiro não pode votar nas eleições dos Estados Unidos. No entanto, se você tiver cidadania americana, aí sim, você poderá votar. A cidadania americana é concedida apenas a pessoas que atendem aos requisitos estabelecidos pelas leis dos Estados Unidos. Te explico aqui embaixo! Como faço para me tornar cidadão americano? Para se tornar um cidadão americano, uma pessoa geralmente precisa passar por um processo de naturalização (Apply for Citizenship), que inclui os passos a seguir. 1. Requisitos mínimos Antes de mais nada, é necessário contemplar tudo o que listei aqui embaixo: ter residência legal nos Estados Unidos por um período específico de tempo — pelo menos cinco anos (ou três anos se for cônjuge de um cidadão americano); apresentar bom conhecimento da língua inglesa; conhecer a história e o governo dos Estados Unidos; não ter um histórico criminal; ter uma boa conduta moral; ter pelo menos 18 anos. 2. Preencher o formulário de naturalização O próximo passo é preencher o formulário N-400, que é a solicitação de naturalização (Application for Naturalization). É possível fazer esse processo online ou enviar a guia pelo correio. Inclusive, tem um vídeo bem didático feito pelo governo para explicar como preenchê-lo corretamente, olha só: <iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/sl5HbkUAVh4" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen></iframe> 3. Fazer o pagamento da taxa Você precisará pagar uma taxa de processamento de naturalização, que atualmente é de US$ 640 + US $85 para taxa ligada ao recolhimento da biometria. Algumas pessoas são isentas desta taxa, como idosos de mais de 75 anos e aqueles que prestaram serviços militares. Existem algumas opções de redução (Request for Reduced Fee) ou isenção de taxa (Request for Fee Waiver) disponíveis para pessoas de baixa renda. No primeiro caso, você paga um valor reduzido; no segundo, não paga nada. No caso da redução, o requerente (ou seja, você) deve preencher certos critérios de elegibilidade, como ter uma renda familiar maior do que 150% e menor do que 200% do valor determinado pelo Federal Poverty Guidelines no momento da solicitação. É um pouquinho confuso mesmo, mas, no site oficial, tem a lista desse valor por estado, atualizado frequentemente. Também deve preencher o formulário I-942. No caso da isenção total, deve ter renda de até 150% do valor determinado pelo Federal Poverty Guidelines, além de receber benefícios do governo Americano como Medicaid, SSI (Supplemental Security Income) ou SNAP (Supplemental Nutrition Assistance Program). Você pode conferir a lista completa neste site. 4. Fornecer os documentos requeridos Você precisará fornecer vários documentos, incluindo sua carteira de identidade, certidão de nascimento, certificado de casamento (se for o caso), histórico de emprego e de viagens internacionais. 5. Comparecer à entrevista Depois de enviar a solicitação, você será convocado para uma entrevista de naturalização com um oficial de imigração. Durante essa conversa in English, o oficial fará perguntas sobre sua vida, sua residência nos EUA e sua compreensão da língua inglesa e do governo americano. Você também precisará fazer o exame de cidadania, que inclui perguntas sobre história americana, governo e cidadania. 6. Aguardar a decisão Essa etapa pode ser a mais fácil, já que você só terá que aguardar a decisão sobre a solicitação, feita pelo U.S. Citizenship and Immigration Services (USCIS), que se traduz como Serviços de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos. Então, se a sua solicitação for aprovada, você poderá participar da cerimônia de naturalização e se tornar oficialmente um cidadão americano. E para que você não fique ansioso, já vou avisar: tenha em mente que o processo de naturalização pode levar alguns anos e pode haver atrasos ou problemas que afetem esse processo. Então, para que o processo seja o mais simples possível, é importante seguir todas as instruções cuidadosamente e fornecer informações e documentos solicitados corretos e dentro do prazo, combinado? Uma notícia bem bacana: o governo americano organiza sessões gratuitas de informação sobre naturalização. Então, se tiver alguma dúvida, não hesite em procurar ajuda governamental neste site. E votar no Brasil e nos EUA, pode? A questão aqui é um pouquinho mais complexa. Vamos lá: ao adquirir uma nova cidadania, a perda da nacionalidade brasileira é possível, mas não automática. A Constituição Federal brasileira, desde 1994, assegura a manutenção da cidadania brasileira para quem adquire outra nacionalidade originária (herdada por nascimento ou ascendência) ou imposta por um estado estrangeiro para residência ou exercício de direitos civis. Porém, esse não vai ser o seu caso ao obter a naturalização. Esse é um processo voluntário, ou seja, quando alguém opta por livre vontade por se tornar cidadão de outro país. Nesse caso, a Constituição prevê a perda da nacionalidade brasileira. Logo, por lógica, não é possível votar simultaneamente em dois países diferentes, pois não se pode deter ambas as nacionalidades ao mesmo tempo e, ao perder a nacionalidade brasileira, você perde a capacidade de votar no Brasil. Contudo, é importante enfatizar que esse é um território legal complexo, repleto de especificidades que podem variar dependendo do caso. Além disso, envolve um caminho geralmente lento para se alcançar tal situação. Portanto, para evitar problemas ou mal-entendidos, consulte um advogado ou profissional legal especializado para compreender os detalhes dessa decisão, ok? Neste artigo, você conferiu tudo o que é importante saber sobre como votar estando nos EUA, incluindo como votar apenas nas eleições brasileiras ou poder votar também nas Americanas. Agora indico um artigo que tenho certeza que seus amigos e parentes que moram no Brasil desejariam (so much) que você lesse: saiba como comprar nos EUA com entrega no Brasil! As informações contidas neste artigo não são e nem pretendem ser aconselhamento legal. Este artigo pode ser retirado do ar, sem aviso prévio.
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