Como viver nos Estados Unidos? - Monkey Money

Blog

blank

Como viver nos Estados Unidos?

Todas as nacionalidades e estilos de vida estão presentes nos Estados Unidos, o que faz deste um país multicultural. Mesmo assim, quando falamos em como viver nos Estados Unidos, é importante ter em mente que algumas características podem não ser iguais às que estamos acostumados.

Existe uma cultura geral nos EUA que envolve hábitos e ideias particulares — isso sem falar nas diversas pequenas culturas inseridas nesse contexto, que variam de acordo com aspectos como etnia e localidade. É preciso ir além dos filmes, das séries e de tudo aquilo que a gente só “achava”.

Morar nos EUA tem suas particularidades, como em qualquer lugar. Por isso, boa informação, planejamento e um bom amigo com quem você pode contar — como eu — vão te ajudar a tornar essa experiência ainda melhor.

Neste guia que preparei, você vai ter acesso a várias dicas sobre como viver nos Estados Unidos. Então aproveite e boa leitura!

8h é 8h mesmo, viu?

Tem um compromisso marcado para às 8h? Chegue às 8h! Nada de contar com um hipotético “tá marcado para as 8h mas começa às 9h” que é comum no Brasil. Ah, e só para lembrar: você já sabe que as horas aqui são divididas em 12 e 12, né? Os horários entre 13h e 23h59 não são comuns para americanos – por aqui esse sistema é mais conhecido por militares.

Estadunidenses podem parecer diretos e mais reservados

É comum que os residentes dos Estados Unidos sejam bastante diretos, dizendo de forma clara o que têm em mente. Isso não significa, porém, que estão sendo indelicados ou deselegantes — não se ofenda, porque eles apenas preferem ir direto ao ponto.

Além disso, os cumprimentos costumam não ser tão calorosos como no Brasil. Por exemplo, não é tão comum dizer oi para as pessoas com um beijo no rosto ou abraço, a não ser que exista uma proximidade maior. Isso não significa que eles sejam frios ou qualquer coisa assim — é apenas questão de hábito. Então lembre-se: o mais seguro é optar sempre por um aperto de mão firme e um sorriso.

Empregos: o que é preciso saber sobre eles?

Para trabalhar nos Estados Unidos, é preciso ter um visto de trabalho. Em 2020, o Ministério das Relações Exteriores estimou que mais de 1,8 milhão de brasileiros viviam legalmente nos Estados Unidos — mas esses números não consideram pessoas em outras situações imigratórias. Os estados com maior número de brasileiros são Geórgia, Massachusetts, Ilinóis, Connecticut, Califórnia, New Jersey, Flórida e Texas.

Apesar de a maior parte dos brasileiros trabalhar em serviços doméstivos, turismo e contrução civil, há uma demanda para áreas de qualificação em ensino superior. Um levantamento da FinanceOne aponta para as seguintes áreas como mais promissoras para brasileiros:

  • Saúde (medicina, enfermagem, ou ortodontia — em geral, dentistas brasileiros são muito bem avaliados nos EUA)
  • Tecnologia da Informação
  • Engenharia
  • Logística
  • Aviação
  • Direito

É importante lembrar que ser fluente em inglês é uma das exigências para obter um visto de trabalho e conhecer os caminhos para se tornar um imigrante legal, são aspectos essenciais para quem quer viver nos Estados Unidos.

Para conseguir um trabalho, é importante conhecer a língua, ter um currículo focado no mercado norte-americano e contar com visto adequado para poder trabalhar legalmente no país. Encontrar um emprego antes de se mudar para o país é uma das maneiras mais acessíveis de se mudar para os Estados Unidos.

Existe escola pública nos Estados Unidos?

Nos Estados Unidos, a educação básica inclui as escolas primária e secundária (pre-school, elementary school, middle school), que compreendem 12 anos de estudos. Lá, as escolas da rede pública são consideradas de boa qualidade, o que difere da realidade predominante em nosso país.

Cerca de 90% dos alunos da educação básica estudam em escolas públicas, que são gerenciadas por distritos escolares locais — o governo federal oferece apenas 10% dos recursos. A pré-escola (pre-school) não é oferecida na maioria dos estados. Se os pais quiserem que os filhos frequentem uma, devem matriculá-los na rede privada.

Como é a saúde nos Estados Unidos?

A lei prevê que todos os cidadãos tenham plano de saúde particular. O debate sobre o tema existe desde o século 19. Como cada estado tem autonomia para criar regras e leis próprias, eles oferecem diferentes coberturas de saúde e regulam o funcionamento de convênios médicos em cada região.

Em todo o país, há clínicas e hospitais particulares e públicos. Quem não tem plano de saúde enfrenta dificuldades quando precisa de cuidados médicos. Dependendo da complexidade do atendimento necessário, é possível ir à falência, já que os preços são extremamente altos — inclusive quando se trata de ambulâncias e pronto-socorro (emergency rooms).

A depender do plano de saúde, quem tem um pode ter que pagar coparticipação (co-pay) em consultas médicas, exames, tratamentos e outros serviços, uma vez que, em geral, a mensalidade fixa cobre apenas serviços simples, como atendimentos rápidos no pronto-socorro (usualmente conhecidas como Urgent Care ou Walk-in Clinics).

Isso faz que muitos residentes do país deixem de ir ao médico para não gastar — mesmo aqueles que têm convênio, já que a cobertura médica oferecida nunca é completa. Sem prevenção, ele só recorrem aos cuidados médicos quando a situação já é grave.

Em março de 2010, o então presidente Barack Obama assinou a Lei de Proteção e Cuidado Acessível ao Paciente (Patient Protection and Affordable Care Act). Conhecido como Obamacare, o sistema busca ampliar o acesso dos americanos a convênios médicos enquanto reduz os gastos do governo federal com a saúde. O projeto aposta na prevenção: os cidadãos poderão cuidar da saúde regularmente, com consultas e exames preventivos.

Em 2017, quando Donald Trump assumiu a presidência, muitas mudanças foram feitas no Obamacare. Mesmo assim, várias regras do sistema continuam em vigor.

Quais são os melhores lugares para morar nos Estados Unidos?

A melhor cidade é aquela que oferece equilíbrio para a família imigrante entre socialização, cultura, idioma, segurança, conforto e outros. Isso ajuda a manter a mente saudável nos Estados Unidos. Algumas localidades americanas são preferidas por brasileiros. Acompanhe!

Philadelphia, Pensylvania

Philly é uma cidade de grande força histórica e cultural, além de também ser bastante badalada durante à noite. É aqui que está o Liberty Hall, onde foi assinada a Declaração da Independência, e o famoso Museu de Arte da Filadélfia – que eu tenho certeza que você vai reconhecer pelas cenas dos filmes do Rocky Balboa. Com muita área verde e facilidade em transportes, é possível se mover por toda a cidade com facilidade. O custo de vida não é um dos mais baratos, mas a qualidade de vida e a praticidade de encontrar tudo em um único lugar valem a pena.

CTA animado para experiência ION

Newark, New Jersey

Brasileiros começaram a se instalar nessa região há muitos anos. A localidade é literalmente ao lado da cidade de Nova York. Como morar em Manhattan é muito caro, muitos brasileiros vivem em Newark, Elizabeth e Jersey City, todas em New Jersey.

Boston, Massachusetts

A região abriga as Universidades de Harvard e de Boston, além do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Boston oferece uma vasta gama de serviços públicos em áreas como educação e saúde. A maior parte dos brasileiros mora em cidades próximas de Boston, como New Hampshire, Framingham e Everett.

Austin, Texas

Como polo de tecnologia, a região tem muitos empregos disponíveis. Além disso, atrai muitos imigrantes por oferecer boa qualidade de vida.

Atlanta, Georgia

É considerada umas das cidades americanas mais seguras e a terceira em número de empresas, o que faz as ofertas e oportunidades de empregos serem altas. A Delta Airlines, por exemplo, mantém seu call center na cidade e costuma ter vagas para suporte ao cliente em português.

San Diego, Califórnia

Com o clima estável e agradável, a cidade fica na costa da Califórnia e é escolhida por muitos pelo clima. San Diego tem muitas oportunidades de trabalho, especialmente nos setores farmacêutico, de equipamentos eletrônicos e aeroespacial.

Orlando, Florida

Muitos chamam Orlando de “Orlândia”, já que a cidade tem um grande contingente de brasileiros. No bairro Metrowest, é fácil encontrar mercados, pizzarias, igrejas e outros estabelecimentos administrados por brasileiros.

Seattle, Washington

Cercada por uma paisagem com montanhas, florestas e lagos, Seattle abriga várias empresas de tecnologia, como a Amazon e a Microsoft. A cidade faz parte do Welcome America, um programa que facilita a inclusão de imigrantes no país. O clima é chuvoso, geralmente encoberto. No inverno, faz muito frio por lá.

Chicago, Illinois

Chicago está em primeiro lugar entre as cidades com mais oportunidades para imigrantes e tem um sistema jurídico inclusivo, além de políticas de apoio a residentes indocumentados.

Outro ponto importante é que Chicago luta para defender os direitos das comunidades e pela reforma de imigração, para estimular a economia. É possível encontrar dezenas de vagas de emprego para quem fala português.

Quais são os direitos dos imigrantes nos Estados Unidos?

Os Estados Unidos têm leis que protegem contra a discriminação baseada em nacionalidade ou situação migratória — e isso inclui a prestação de serviços públicos, como escolas ou hospitais.

Se você sofrer alguma forma de discriminação, vale a pena procurar um advogado. Lembre-se: tudo o que você disser a um agente policial pode ser usado contra você.

De forma geral, sempre que houver uma abordagem, ela pode ser resolvida de uma forma tranquila e você não precisa ter pânico, beleza? Em caso de detenção ou outra ação policial, é importante lembrar de:

  • não deixar um policial ou agente de imigração entrar na sua casa sem mandado judicial (judicial order) com o seu nome, endereço e assinatura da autoridade judicial que o autorizou;
  • anotar o número de identificação dos policiais e os nomes deles, em caso de conduta inadequada;
  • não fornecer dados pessoais além de nome, endereço e data de nascimento;
  • não mentir sobre a própria identidade se for preso;
  • não utilizar documento falsificado;
  • dizer ao policial “I am exercising my right to remain silent” (que significa “estou exercendo o meu direito de ficar calado”) e “I want to speak to a lawyer” (“quero falar com um advogado”);
  • ficar calmo e não tentar fugir;
  • avisar aos agentes a necessidade, se houver, de providências em relação a filhos ou outros indivíduos que dependam de você;
  • não assinar documentos antes de consultar um advogado;
  • não dizer nada sobre status migratório ou local de nascimento enquanto estiver sob custódia;
  • exercer seu direito a uma chamada telefônica em caso de prisão (“I’d like to make a call“, que significa “eu gostaria de fazer uma ligação”);
  • avisar aos agentes se tiver problemas de saúde e pedir para exercer o direito a assistência médica em caso de prisão (“I need medical assistance” — “preciso de assistência médica”).

O que é a cidadania americana e como conseguir?

O visto de residência permanente para viver nos Estados Unidos é conhecido como Green Card. Ele é essencial para quem pretende transferir a vida definitivamente para o país, já que todos os vistos por lá são temporários.

Com o Green Card, o imigrante tem os mesmos diretos de um cidadão natural dos Estados Unidos: pode trabalhar em qualquer região do país e ter acesso a educação, assistência médica e outros benefícios oferecidos pelo governo.

O cartão garante residência permanente no país, mas não permite que o portador permaneça mais de um ano fora do território. Existem algumas formas de obter o documento legalmente. Confira!

Casar-se com um cidadão americano

Essa é a forma mais simples de obter a permissão, mas forjar a união é crime federal e, muitas vezes, detectado pelas autoridades. Depois de se casar, o imigrante recebe um Green Card condicional, com duração de dois anos. Em seguida, uma nova entrevista permite obter o documento com duração de 10 anos.

Ter parentes próximos com cidadania americana

Assim como ocorre em caso de matrimônio, quem tem pai, mãe, irmãos ou filhos com cidadania americana pode solicitar o visto permanente.

Ter auxílio de um empregador

Se houver um empregador interessado em você, é possível utilizar o argumento de que o visto de trabalho é indispensável para a empresa — esse visto pode ser transformado em Green Card.

Investir nos Estados Unidos

Os Estados Unidos têm diversos programas de incentivo a investidores, em busca de gerar empregos. É preciso abrir um negócio em território americano, com capital estimado entre US$ 500 mil e US$ 1 milhão. Quem tem cidadania italiana, pode investir a partir de US$ 100 mil.

De forma geral, quem decide viver nos Estados Unidos precisa se informar extensivamente sobre as particularidades do país e as leis vigentes. Vale destacar, entretanto, que é essencial ter visto (ou Green Card) e, preferencialmente, ser profissional de uma das carreiras em que há falta de especialistas no país.

Quer saber mais sobre como viver nos Estados Unidos? Aproveite que está aqui e conheça 8 dicas para dirigir no país.

As informações contidas neste artigo não são e nem pretendem ser aconselhamento legal. Este artigo pode ser retirado do ar, sem aviso prévio.
Calcule e descubra como organizar seus gastos

2 comentários

  1. Avatar Louri disse:

    Hi ! Gostei de seu blog. Achei dicas importantes. Morar EUA 🇺🇸. Estou me preparando para fazer um turnê. Visitar algumas regiões. Quem sabe Eu goste do clima e a cultura é venha me identificar com as pessoas e organizações Norte American. E seja possível até trabalhar e morar em um país justo e zeloso por seus cidadãos! Este é o sonho de um homem justo🤗

    1. Monkey Money App Monkey Money App disse:

      Olá Louri, ficamos felizes em saber que gostou do nosso blog. Esperamos que tenha uma ótima estádia e desejamos uma boa viagem!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

blank

Quer receber as minhas últimas novidades?




Categorias