Categoria: Curiosidades
24 de fevereiro de 2023
Já ouviu falar sobre o Winter Blues? 4 dicas para evitar a depressão de inverno
Explorar o Central Park cheio de neve em New York, curtir piscinas de patinação de gelo, conferir as decorações natalinas no final do ano... O inverno nos EUA faz parte do imaginário dos brasileiros desde cedo, por crescer vendo filmes americanos. Talvez, ao morar aqui, você pensou que iria se divertir 100% nessa época, fazendo anjos e bonecos de neve. But, nem tudo são flores: enquanto alguns pensam em aproveitar, outros associam o inverno a manhãs escuras, dias cinzas, frio e falta de energia. É aqui que entra a depressão de inverno (ou tristeza de inverno), também conhecida como winter blues. Já ouviu falar? Nesse contexto, não importa muito se você é team winter ou team summer, ou seja, se prefere frio ou calor. A verdade é que os meses frios podem mexer com a saúde mental, embora nem sempre as pessoas relacionem uma coisa à outra. Mas calma! Isso tem uma explicação, e existem várias formas de evitar a tristeza de inverno. Separei algumas informações e 4 dicas sobre o assunto. Confira! Winter Blues não é apenas um mito A chegada do outono e do inverno contribui para o surgimento de uma espécie de depressão mais leve, em especial se você já tem propensão a essa condição. Porém, não significa que a estação muda e o seu ânimo também — automaticamente, como uma virada de chave. Acontece que o tempo frio tem várias características desfavoráveis, que mexem com os hormônios da felicidade, como a serotonina. Por exemplo, a baixa luminosidade natural do sol e os dias frios, comuns no inverno por aqui, afetam a produção de vitamina D. Ela é essencial para sintetizar substâncias químicas do bem-estar. Ou seja, não é mito ou small talk, a famosa conversa de elevador, quando as pessoas falam sobre se sentir mais melancólicas no inverno. Sabe aquela ‘’preguicinha’’ que pode surgir, como a vontade de não sair de casa e, talvez, nem se levantar da cama? É possível que sejam os efeitos dos meses frios na sua saúde mental. Inclusive, já reparou que, quando as pessoas estão na bad, ou seja, não se sentindo bem, sempre recomendam abrir a janela para o sol entrar? Esse tipo de comportamento faz todo o sentido, pois o sol dá uma renovada nas energias e ajuda na produção de vitamina D. Depressão sazonal (SAD) X winter blues Ambos são transtornos mentais que podem existir durante os meses frios, mas afetam as pessoas de maneiras distintas. Os sintomas, porém, são muito parecidos, como: falta de energia; tristeza; cansaço constante; vontade de ficar só; perda de prazer pelas atividades; dificuldade de continuar com cuidados de higiene pessoal. No entanto, se o diagnóstico do seu quadro for winter blues, esses sinais serão mais leves e de curta duração, como nos períodos de final de ano, tipo Natal e ano novo, sabe? Ou nos meses de inverno mais rigoroso. Isso não ocorre com o depressão sazonal, também chamada de Seasonal Affective Disorder (daí a sigla SAD), que costuma durar semanas e até meses, além de ter sintomas mais intensos. Quer uma notícia um pouco mais positiva? A forma leve desse transtorno, o winter blues, é a que mais afeta a população adulta e residente aqui nos EUA, representando 14%. Enquanto isso, a mais tensa, ou seja, a depressão sazonal, representa 6% dos moradores americanos. Os dados são de uma revista da PubMed Central. Mas, olha, SAD e winter blues, não são exclusividade dos Estados Unidos, tá? Seus amigos e familiares no Brasil também podem ter alguma dessas condições em períodos chuvosos e mais frios. E não tem relação direta com você ser imigrante e ter vindo de um país quente, já que mesmo pessoas nativas de países mais frios podem passar pelo problema. Uma curiosidade: o risco maior é para quem vive em países nórdicos (como Dinamarca, Suécia, Finlândia etc.). Inclusive, a mesma pesquisa citada afirma que a prevalência de SAD pode ser maior na Noruega que em New York. As causas da depressão de inverno O winter blues costuma surgir pela diminuição da exposição solar no dia a dia. O mesmo que agride e envelhece a pele, quando a exposição é além da conta ou descuidada, ironicamente, é o que auxilia (e muito) na saúde mental. Tudo na vida é questão de equilíbrio, não é mesmo? Mas isso não significa que, quando o inverno for mais intenso, como nos estados do norte (Alaska, Montana, North Dakota e outros), todos terão essa depressão ou tristeza de inverno. Primeiro, existem táticas para evitar o winter blues, como eu explicarei adiante. Afinal, a tecnologia e a ciência evoluíram bastante em favor do ser humano, né? Segundo, a depressão de inverno e a SAD atingem mais quem tem predisposição genética para isso e/ou passa por momentos delicados na vida. 4 dicas para evitar o winter blues Depois de entender melhor o que é o winter blues, você deve querer saber como evitar esse problema, né? Listei várias dicas para você aprender como viver nos EUA, mesmo nos meses mais frios, sem ser tão afetado pelo winter blues. Confira! 1. Coma melhor O sol é a principal fonte de vitamina D, que estimula a produção de serotonina (hormônio da felicidade, lembra?) no organismo. Mas a alimentação também ajuda na sintetização dela e a deixar você mais feliz. Aqui, entram os clássicos: frutas, legumes, verduras e muita água, bem como a pasta de amendoim, um dos alimentos típicos dos americanos. Sim! Ela é rica em gorduras boas, com propriedades anti-inflamatórias, e é uma ótima fonte de proteína vegetal. Fora que saber que a sua alimentação está adequada costuma diminuir o estresse, bem como as preocupações com gastos de saúde nos EUA. 2. Faça passeios com os amigos e a família O desejo maior pode ser de ficar em casa, mas aqui nos EUA também tem vários lugares para onde você pode escapar com família ou amigos para aproveitar o tempo mais ameno ao ar livre. Algumas opções são caminhar em Palm Springs, na California, e visitar Scottsdale, no Arizona. Claro, o inverno também pode ser curtido nesses passeios, como nas pistas de patinação de gelo, estações de esqui em Aspen, Colorado, e muito mais. Pense nas atividades ao ar livre típicas do inverno que seriam muito difíceis de fazer no Brasil e que, agora, ficaram bem mais acessíveis. Isso muda bastante a perspectiva do momento! E olha, nem precisa investir muita grana: dependendo de onde você more, dá para sair no jardim à tarde e brincar na neve, bem como a Frozen! 3. Busque psicoterapia Ter ajuda de um terapeuta para conversar sobre seus sentimentos, no inverno ou no verão, é sempre importante. Afinal, essa é uma forma de gerenciar suas emoções para tomar melhores decisões, conhecer-se e ter um profissional para quem desabafar. E sabia que existem muitos psicólogos brasileiros focados em imigrantes, que atendem em português e online? Procure em grupos no Facebook da sua cidade/estado ou no Instagram. Certeza que vai achar um bom profissional! Se necessário, o terapeuta pode indicar, por exemplo, ajuda médica psiquiatra que poderá prescrever um medicamento para o seu quadro, como antidepressivos, sabe? Por isso, é importante aprender a descrever sintomas em inglês [INSERIR LINK], ajudando no diagnóstico do seu problema. 4. Faça fototerapia Também chamada de light therapy, trata-se da exposição artificial à luz, por cerca de 30 a 90 minutos, para substituir a luz natural, menos frequente no inverno. Diferentes estudos afirmam que a técnica traz resultados positivos. Ou seja, "quem não tem cão, caça com gato". Mas, olha, é importante consultar um médico antes de realizar fototerapia, ok? Sobretudo se você tiver alguma predisposição a problemas de saúde mental ou já tiver um diagnóstico. Então, tirou suas principais dúvidas sobre a depressão de inverno? Como visto, winter blues não é um mito, mas essa tristeza de inverno pode ser amenizada com minhas dicas. Entre elas, alimentar-se melhor, fazer psicoterapia e fototerapia, conhecer lugares bonitos e muito mais. Já que falei sobre saúde mental, aproveite a visita e descubra como manter a mente saudável nos EUA, mesmo longe da sua cultura de origem, de familiares e de amigos! As informações contidas neste artigo não são e nem pretendem ser aconselhamento legal. Este artigo pode ser retirado do ar, sem aviso prévio.
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16 de fevereiro de 2023
Conheça 12 comidas típicas americanas
Mesmo que você esteja morando nos Estados Unidos há muito ou pouco tempo, tem que concordar que existem várias maneiras de conhecer um novo país, mas nenhuma é tão gostosa quanto começar pela barriga, né? Você já deve ter notado que a gastronomia por aqui é bem diferente. Mas apesar de feijoada ou acarajé não serem pratos típicos por aqui, há várias outras opções deliciosas por todo o país e que vale a pena conhecer (e eu nem estou falando só de fast food!). Ao morar aqui, já deve ter experimentado alguma dessas 12 delicious foods que representam a gastronomia dos EUA. Vou listar-las logo aqui embaixo e falar também sobre algumas diferenças da comida dos EUA e do nosso Brasilzão. Bora! Comida típica americana: como é diferente do Brasil? Antes de conhecer melhor sobre a comida nos Estados Unidos, precisamos entender como ela é diferente da comida brasileira. Para começar, vale a pena saber que, nos Estados Unidos, não é tão comum achar comida caseira como conhecemos. Ou seja, essa que a gente encontra até naqueles restaurantes self-service bem caseiros no Brasil, onde não falta arroz, feijão e aquele tempero de vovó? Aqui não é assim. Na cultura americana, comida caseira é qualquer prato feito em casa, com ingredientes frescos e mais naturais. Por exemplo, um mac and cheese (sem ser aqueles instantâneos) ou até mesmo um sanduíche caprichado feito inteiramente em casa. Então, é um conceito que é um pouco diferente do que consideramos como "uma refeição completa". Refeições e horários típicos Outro ponto interessante é a diferença no quesito "refeições mais importantes do dia". Nos EUA, se você já conhece o breakfast ou o brunch, sabe como é reforçado, right? Para os americanos, o almoço basicamente, não existe. O que é comum por aqui é um lunch bem leve, podendo ser um sanduíche ou iogurte com frutas. É o que os americanos chamam de "snack", ou seja, uma refeição rápida e prática. Já o jantar é muito importante para os americanos, já que é o momento que a familia toda está em casa reunida. Quanto aos horários, eles seguem o costume comercial, sendo: breakfast das 7 a.m. às 10 a.m.; brunch: das 11 a.m. a 2 p.m., no geral. almoço, esse que seria mais um lanche: das 11:30 a.m. a 2:00 p.m.; jantar das 6:30 p.m. a 8 p.m. Quais são as 12 principais comidas típicas dos USA? Agora que você sabe como funciona o estilo da comida típica americana e algumas convenções, confira os 12 principais pratos daqui! 1. Panqueca americana Se você já assistiu a “Matilda” (1996), lembra da garotinha fazendo uma das comidas mais típicas dos USA: a panqueca! Já consumida no jantar na Revolução Americana, no século XVIII, hoje ela é mais grossa e tem presença certa no breakfast. Geralmente não é recheada, mas leva alguma cobertura, como o maple syrup (o famoso xarope de bordo), ou, ainda, pode vir com frutas, chocolate chips (gotas de chocolate), jam (geléia), e até ovos e bacon de acompanhamento. 2. Torta de maçã Com origem holandesa, a Apple Pie — ou Tora de Maça — chegou aos EUA e logo se tornou uma comida típica. Hoje, está presente como dessert (sobremesa) ou lanche. É feita com maçãs, açúcar, massa amanteigada e canela. Outra curiosidade americana é que ela marca presença no banquete de Thanksgiving e se tornou tão famosa que até originou o ditado “As American as Apple Pie” ("Tão Americano Quanto Torta de Maçã"). Ou seja, uma representante e tanto da cultura americana! 3. Costela de porco com molho barbecue Com origem na Guerra Civil Americana, as barbecue ribs— ou a costela de porco — é normalmente servida no jantar, sendo acompanhada do clássico molho barbecue e de batata frita ou purê de batata. Uma tradição de festas sulistas, geralmente se come as costelas de porco com a mão mesmo. Fica tudo sujo de molho, mas é assim mesmo! Faz parte da experiência completa. Um dos restaurantes mais famosos para comer essa delícia é o Texas Ribs and BBQ, já que o Texas é referência em barbecue! 4. Brownie Uma das mais famosas comidas típicas americanas, o brownie parece um bolo, mas não é. Isso porque ele se classifica mais perto dos biscoitos, por ser uma finger food (literalmente uma comida que se come com a mão, ou seja, um petisco simples e prático de comer!). Aliás, essa ideia está diretamente ligada a uma de suas possíveis origens, que remonta a 1906, quando Fannie Farmer a publicou, adaptando sua receita de biscoito de chocolate. 5. Hambúrguer Presentes em vários restaurantes brasileiros, o hambúrguer tem origem alemã e teria sido trazido aos EUA por um imigrante de Hamburgo. Feito com diferentes carnes, ele está presente no churrasco americano e é consumido em todo o país em diferentes combinações. 6. Hot Dog A combinação de salsicha com pão também foi ideia de um alemão, que morava em New York. Sendo acessível, ganhou popularidade e se tornou famoso em todo o mundo. Assim, pode ser encontrado em barraquinhas e restaurantes para um almoço ou lanche rápido, podendo também, fazer parte do churrasco americano. Quanto à receita, a versão americana é composta de pão, salsicha e molhos (mostarda, ketchup ou até molho de pimenta, maionese não!); podendo ter outro acompanhamento dependendo da região. 7. Frango frito O fried chicken é outra comida americana típica. Na verdade, é uma paixão nacional com redes de fast-food especializadas no prato, e sendo consumido em todo lugar! Até a Segunda Guerra Mundial, era uma receita para ocasiões especiais. Mas, depois, ficou tão acessível que, hoje, os americanos consumiriam por volta de 97 libras ao ano por pessoa (47 kg, aproximadamente). 8. Macaroni and cheese Outro menu famoso para o almoço ou jantar americano é o Mac’n'Cheese — macarrão com molho de queijo —, que tem uma origem bastante interessante. Trazido para os EUA por Thomas Jefferson, ele foi servido em um jantar em 1802. Anos depois, durante a Grande Depressão, foi um dos pratos mais populares consumidos pelas famílias, por ser barato. 9. Waffles Atenção à pronúncia! Os “uófols” — e não “wafers” — têm origem belga e são populares no breakfast ou no brunch. Parecidos com as panquecas, são feitos com a massa mais fina e aquele formato xadrez. Além disso, como as panquecas, também podem ser servidos com maple syrup ou acompanhamentos salgados. Você já deve ter comido com bacon. It's very good! 10. Torta de abóbora Outro prato típico do Thanksgiving, a Pumpkin Pie é uma das sobremesas mais populares, especialmente nas festas de final de ano. Podendo levar gengibre e canela, ela já era consumida na colônia pioneira de Plymouth e, ainda no século XVII, começou a aparecer em livros de receitas, tornando-se mais popular. 11. S'more Muito popular entre as comidas dos Estados Unidos, o s’more é um lanche de acampamento ou qualquer atividade que envolva uma fogueira. Basicamente, consiste em uma bolacha cream cracker, na qual se coloca o marshmallow em um espeto para derreter-lo na fogueira. Depois, acrescenta-se um pedaço de chocolate na bolacha e o marshmellow derretido, formando um sanduíche doce. Quanto a sua origem, existem histórias diversas sobre os ingredientes. Uma das histórias aceitas é a aparição dessa receita no livro Tramping and Trailing with the Girl Scouts, de 1927. Nesse manual de escoteiras, o lanche se chamava “Some more” ("um pouco mais", em tradução livre), já que um só não seria suficiente. 12. Manteiga de amendoim e geléia (PB&Js) Provavelmente, você já viu (e comeu) a famosa combinação peanut butter and jelly, right? Muito popular no breakfast ou lunch, a dupla é uma comida típica americana. Já a origem da combinação é relativamente recente. A receita foi publicada no Boston Cooking School Magazine of Culinary Science and Domestic Economics, pela autora Julia Chandler, no início do século XX. Depois, o sanduíche ficou famoso na Grande Depressão, por também ser um lanche barato. Por fim, as tropas americanas da Segunda Guerra adotaram o prato, que ganhou popularidade nacional em seguida. Com a minha lista, deu para ver que por aqui também temos pratos fantásticos, né? Quais você já experimentou? E fica tranquilo: sei que, às vezes, é normal para quem muda para os EUA bater uma saudade da culinária do Brasil. E isso é fácil de resolver, pois temos vários restaurantes brasileiros por aqui. Porém, nessa vida de imigrante nos EUA, é legal experimentar essas receitas que mostrei e procurar outras tradições da culinária americana, tanto no estado em que você mora quanto across the country. Falando em comer bem, quer conhecer uma amazing tip para aproveitar ainda mais a comida americana? Confira como conseguir ótimos descontos em restaurantes!
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29 de dezembro de 2022
Choque Cultural: as principais diferenças entre os Estados Unidos e o Brasil
Conta aí: já passou por alguma situação engraçada, estranha ou, no mínimo, beeeem diferente do que o de costume aqui nos EUA? Não importa se você chegou há meses, semanas ou dias por aqui: uma boa parte da sua vida foi no Brasil, com hábitos brasileiros. Então, é normal que ocorra um choque cultural ao chegar nos Estados Unidos e estranhar certas tradições dos americanos. Por exemplo, o hábito de cumprimentar e se despedir com abraços e beijos, comum entre brasileiros, não é muito comum por aqui! Talvez você até já tenha passado pela situação de ter dado um beijo na bochecha daquele amigo americano novo, que fez uma cara de What's happening? Com o tempo, vamos aprendendo e se adaptando, aí esses acontecimentos ficam menos frequentes, né? Mas é sempre bom se informar, é por isso que seu melhor amigo nos EUA está aqui! Quer aprender mais sobre as diferenças culturais do Brasil e EUA? Continue comigo e fique por dentro! Choque cultural O nome é meio agressivo, mas esse termo é o fenômeno em que mais de uma cultura se encontram, e as diferenças ficam mais distintas e se chocam. Afinal, você cresceu no Brasil, em meio à língua portuguesa, e, mesmo sem perceber, internalizou muitos padrões, como o de abraçar e beijar para cumprimentar. No entanto, ao chegar nos EUA, além de mudar o idioma de costume, percebe que os americanos têm hábitos bem diferentes. É tipo a americana Emily, da série Emily em Paris, conhece? Ela veio de Chicago e, ao morar na França, percebe semelhanças e diferenças entre cada país, estranhando um pouco os hábitos franceses. Lembrei agora de outra série que fala sobre o assunto! Sabe Modern Family? Nela, a personagem colombiana Glória fala para a sua família, que vive nos EUA, que eles não sabem o quanto ela é inteligente em espanhol. Afinal, inglês é sua segunda língua, e ela precisa traduzir muita coisa na cabeça antes de se expressar. Já viu esse episódio? Em outras palavras, é natural sentir surpresa, dificuldade e até uma certa timidez em interagir com aquilo que está fora do nosso costume. Falando em filmes e séries... Deu para ver que é preciso mexer uns pauzinhos para se adaptar a outro idioma e à cultura de um país diferente. Mas, olha, apesar dessa adaptação não ocorrer do dia para a noite, a cultura americana não é um segredo guardado a 7 chaves. Justamente porque o mundo consume muitas séries, filmes, livros e músicas dos EUA, daí fica mais fácil conhecer e lidar com essas diferenças. Por exemplo, em filmes como Esqueceram de Mim, você conhece um pouco do Natal nos EUA. Em Curtindo a Vida Adoidado e Clube dos Cinco, acompanha o modelo escolar dos americanos. Na série Friends e na própria Modern Family, existem diversos episódios que mostram o Dia de Ação de Graças e o Halloween no país. Tudo isso ajuda a entrar de cabeça na cultura, de maneira ainda mais intensa. Afinal, você mora no país e pode observar tudo isso ao vivo! No Brasil é comum, mas nos EUA não… [embed]https://www.youtube.com/watch?v=cY6rBlUogmk[/embed] Tem algum amigo ou familiar que deseja se mudar para os EUA? Para facilitar esse período de adaptação, listei alguns traços culturais comuns lá no Brasil e não nos EUA. Confira e veja se você também estranhou esses costumes no início. Bora lá! Ser mais caloroso e aberto nas relações sociais Volto com esse exemplo, pois ele é um clássico! Os cumprimentos e as despedidas com abraços apertados e beijo no rosto existem aqui sim, mas os americanos reservam esse tipo de interação apenas quando têm mais intimidade com alguém. Assim, costumam ser mais na deles e podem estranhar reações tão calorosas vindas de desconhecidos. Mas não existe nenhum problema com o modo de comunicação do brasileiro ou do americano em geral, certo? Cada um tem seu jeitinho, e ambos merecem respeito. Ter comidas mais caseiras, como arroz e feijão Se você prestar atenção aos detalhes nas produções audiovisuais americanas e no seu próprio dia a dia, já reparou que os hábitos alimentares nos EUA são bem diferentes daqueles tipicamente brasileiros. Em nosso país, é comum ter comidas com gostos e sabores marcantes. As mais populares são feijão e arroz, além de outras típicas em cada região do Brasil. É o caso do acarajé no Nordeste, sobretudo Bahia, o caldo de Piranha na região Centro-Oeste e Pato no Tucupi no Norte. Enquanto isso, os americanos têm pratos típicos diferentes presentes em todo o país, mesmo com toda essa extensão territorial! Exemplos são a famosa torta de maçã (Apple Pie), cheeseburger, pão de milho (cornbread), mac & cheese e os sanduíches de pasta de amendoim com geleia. Novamente, é importante respeitar a diferença de hábito dos americanos e estar aberto a conhecer novos gostos. Além do mais, também vale a pena citar aqui um outro hábito diferente, como dar as tips (gorjetas) em restaurantes ou serviços prestados no geral! É muita novidade para se acostumar, mas, sem pressa. Slow and steady, como já dizia o ditado. Logo logo você, seu familiar ou amigo se acostuma. By the way, falei em restaurante. Ficou com saudade da comida brazuca? Existem diversos restaurantes brasileiros nos EUA para matar a saudade. Entre eles, Chama Gaúcha, Taste of Brazil e Fogo de Chão. Inclusive, neste último, você pode até ter desconto em forma de cashback usando o meu aplicativo. Eu daria uma olhadinha — conselho do seu melhor amigo aqui nos Estados Unidos! Exibir o preço final dos produtos No Brasil, é comum que, ao fazer compras, o preço final seja fixo, incluindo os impostos cobrados. Contudo, nos EUA, como você já deve ter notado, o valor total recebe um acréscimo na hora do pagamento — o Sales Tax, imposto do país cobrado pela revenda de produtos. Inclusive, você mora em algum dos estados do país que oferecem Tax free (zero imposto) para economizar nas comprinhas? Caso do Alaska, Oregon e New Hampshire. Se sim, you're so lucky! Nos EUA é comum, mas no Brasil não… Como visto, ficar por dentro da cultura americana é útil para minimizar os efeitos do choque cultural. Sendo assim, continue a leitura comigo! Ter permissão para dirigir aos 16 e beber aos 21 Se você convive com adolescentes, já deve ter notado ser comum, a partir de 16 anos, dirigir e ter carro próprio. Isso porque a lei americana difere da brasileira, que só autoriza isso a partir dos 18 anos. Por outro lado, a autorização para a compra de bebidas alcoólicas só ocorre a partir dos 21 anos por aqui. Além disso, em muitos estados, é proibido consumir bebida alcóolica em parques e em ruas, ligada às chamadas open container laws. Contudo, como muita coisa por aqui, essa última regra varia conforme o estado. De qualquer forma, indico sempre ficar de olho para não infringir as leis americanas sem querer! No FindLaw, dá para procurar o estado e ver a situação de acordo com a lei e as penalidades. Ser pontual No Brasil, se atrasar um pouco costuma ser tão comum quanto comer feijão e arroz no almoço. Já por aqui, os americanos levam a pontualidade muito a sério. Então, para ser bem-visto pelas outras pessoas, evite atrasos, combinado? Se for preciso, vale até adiantar o seu relógio. Fazer festas das crianças somente para crianças As festinhas do público infantil costumam acontecer fora da casa do aniversariante, principalmente quando são maiores. Além disso, os maiores frequentadores do evento são realmente as crianças. Assim, pode aguardar cama elástica e trampolim. Na maioria dos casos, bebidas alcoólicas e ‘’comidas para adultos’’ são deixadas de lado. E aí, entendeu o que é choque cultural e as principais diferenças entre EUA e Brasil? Se adaptar a isso ajuda a manter a mente saudável ao morar ou receber família e amigos por aqui. Sempre é bacana dar uma pesquisada antes de ir para outra região do país e se colocar no lugar do nativo para tentar entender seu ponto de vista. Ficou por dentro do assunto? Conhece alguém que quer embarcar na aventura de morar em solo americano e sentir essas diferenças? Aproveite e confira meu post sobre como morar legalmente nos EUA!
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15 de dezembro de 2022
Qual a origem do sonho americano e o que ele representa?
Viver o sonho americano é uma das razões (se não a maior razão) que levam milhares de pessoas a quererem morar nos Estados Unidos. Aliás, provavelmente foi o que trouxe você ao país, certo? Afinal, os EUA possui a maior economia do mundo, com PIB de mais de US$ 22 bilhões. Ou seja, é um país cheio de oportunidades para crescer na carreira, ter uma boa vida financeira e alcançar o sucesso. E claro, isso sem diminuir o fato de que ainda devemos batalhar e correr atrás dos nossos sonhos, afinal, aqui é o país de oportunidades, mas quem faz as oportunidades acontecerem somos nós. Então, tudo isso acaba sendo possível porque o conceito de American Dream é muito forte. Neste post, confira de onde veio esse termo e o que tem a ver com a Declaração de Independência Americana. Além disso, vou te contar como esse sonho americano é representado na cultura e como é vivê-lo nos dias atuais. Let's go! Afinal, o que é o American Dream? Quando eu falo do sonho americano, é preciso entender que ele é uma das bases da cultura americana e é o que motiva não só pessoas de outros países a virem para os EUA, mas também os próprios americanos a terem um estilo de vida focado no trabalho e no sucesso. Isso porque a ideia consiste basicamente em que, por meio do trabalho duro e uma sociedade que ofereça condições de trabalho e tenha uma economia aquecida, os indivíduos vão ter mais condições de sucesso. Ou seja, ter uma vida melhor, receber bem o suficiente para alcançar suas metas e, ainda, deixar uma sociedade estruturada e até melhor do que a te recebeu, para que as futuras gerações também vivam esse sonho de prosperidade. Isso significa ir além de apenas pagar as contas, quitar uma casa e um carro, mas de fato, alcançar objetivos maiores. Por exemplo, como na história do empresário Chris Gardner, mostrada no filme "À procura da felicidade", com Will Smith. Em sua história real, Chris foi um vendedor de equipamentos médicos na década de 1980. Depois de conseguir um estágio na corretora Dean Witter Reynolds, ele iniciou sua carreira na vida financeira, embora passasse dificuldades para criar o filho sozinho, até chegando a morar na rua e em abrigos. Por volta de 1987, já tendo evoluído como corretor em outras empresas, fundou sua própria companhia, a Gardner Rich. Atualmente, sua fortuna chega aos US$ 70 milhões. Viu, que legal? Esse é um típico exemplo do sonho americano, no qual a crença principal é de que você, com seus próprios esforços, talentos e independentemente da sua origem, consegue crescer profissionalmente e ter uma vida financeira estável e próspera. De onde surgiu essa expressão? Você pode estar pensando "mas de onde vem essa ideia de 'sonho americano'?". Para isso, eu preciso voltar um pouco na História, no século XVIII, quando os Estados Unidos ainda era uma colônia da Grã-Bretanha. Nessa época, os EUA correspondiam a 13 territórios na Costa Leste: do estado de Massachusetts à Geórgia. Por estarem sob poder Britânico, isso significava que, sempre que os ingleses tomavam algum tipo de prejuízo econômico, a situação era compensada aumentando os impostos praticados nessas colônias. E acredite: foram muitas as vezes que eles recorreram a esse recurso, pois foi um período de guerras e crises — como a famosa Guerra dos Sete Anos, entre Inglaterra e França. Para piorar, os ingleses tomavam outras atitudes que prejudicavam as colônias. Por exemplo, impor restrições, como a Lei do Chá, que dizia que os colonos não podiam produzir as ervas e só comprar da Companhia das Índias Orientais, também de domínio inglês. Com tantos empecilhos para seu desenvolvimento, os colonos se revoltaram, como na famosa "Boston Tea Party", quando os colonos jogaram o carregamento de chá dos navios ingleses no mar. A origem do termo Bem, com todo esse cenário acontecendo, não demorou muito para que as Treze Colônias declarassem independência, em 4 de julho de 1776. Nessa época, já existiam as primeiras ideias do sonho americano. Isso porque as colônias, diferente da colonização portuguesa e espanhola, sempre tiveram uma certa autonomia administrativa e política. Com isso, eles já tinham consciência de que podiam se desenvolver sem o Império Britânico. Além disso, o fato de muitos colonos serem calvinistas e presbiterianos, fugidos de perseguições religiosas e ideias absolutistas pregadas na Inglaterra, também ajudava a que valorizassem sua liberdade e independência. Somado a isso, o Iluminismo ganhava força, pregando os famosos ideais de "Liberdade, Fraternidade e Igualdade". O sonho americano e a Declaração de Independência Com todos esses ideais sendo defendidos pelos colonos, e descontentes com as atitudes dos ingleses, eles elaboraram a famosa Declaração da Independência, onde lê-se a seguinte frase: “We hold these truths to be self-evident, that all men are created equal, that they are endowed by their Creator with certain unalienable Rights, that among these are Life, Liberty and the pursuit of Happiness.” A tradução fica assim: “Consideramos estas verdades como auto evidentes, que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes são vida, liberdade e a procura da felicidade.” Assim, as raízes do sonho americano estavam plantadas e depois de séculos, ainda é o que guia quem quer viver nos EUA. Aliás, essa é considerada uma das frases mais importantes e conhecidas por americanos, pois ilustra muito bem o estilo de vida por aqui. By the way, lembra o filme com o Will Smith? Como deu para ver, o título vem da própria Declaração. Como o sonho americano é representado culturalmente? Gostou de saber essas curiosidades sobre os EUA e seu sonho americano? Então, você também pode conhecer mais sobre ele através cultura. Afinal, seus valores estão representados em muitas obras, tanto em produções do país, quanto de fora. Por exemplo, além de "À procura da felicidade", outro filme é "Joy: O nome do sucesso", também uma história de superação sobre uma jovem mãe que, depois de superar adversidades, alcança o sucesso inventando esfregões de limpeza mais eficientes. Já "Minari - Em busca da felicidade" é um típico filme sobre a perseguição do sonho americano. Na história, uma família coreano-americana, se muda para uma fazenda no Arkansas em busca de uma vida melhor, enfrentando dificuldades e dramas familiares. Outra produção mais antiga é a novela brasileira "América", de 2005, em que a personagem Sol (Deborah Secco) faz de tudo para viver o sonho americano e tentar morar no país, tocando em questões como os direitos dos imigrantes nos EUA. Como é o sonho americano nos dias atuais? Como você viu, o sonho americano está fortemente enraizado no dia a dia da população, sendo que todos estão realmente correndo atrás de suas metas. Aliás, não é à toa que por aqui “time is money”. Afinal, é o estilo americano de viver onde o dinheiro, o tempo e a mão de obra são valorizados. Isso ficou bastante evidente na época pós-guerra Mundial e pós-Depressão dos anos 30, com a política do American way of life, que sustentava ideais como o nacionalismo, consumismo e liberalismo (a economia evolui sem a intervenção do Estado). Nessa época, a ideia propagada era que a liberdade desse estilo de vida americano resultava em uma vida mais feliz, onde cada um alcançava suas metas. Apesar desse ideal ter feito sucesso nas décadas de 1950 e 1960, e também nos anos seguintes, com as mudanças na sociedade e na competição pelo trabalho, o American Dream se mostrou mais difícil, uma vez que é necessário vencer e mostrar seu valor em uma sociedade mais globalizada e exigente. Um exemplo disso é a própria indústria de Hollywood, que em filmes como "Crepúsculo dos deuses" e "E o vento levou" mostrou como as mudanças nas sociedades resultam em se adaptar ou perder as oportunidades. No primeiro filme, a estrela de cinema mudo, Norma Desmond, precisa trabalhar com o novo cinema com som se quiser viver o sonho de atriz de Hollywood. Já em "E o vento levou", Scarlett O'Hara perde tudo durante a Guerra Civil, e se dedica inteiramente ao trabalho para fazer sua fortuna em uma nova Atlanta, reconstruída da guerra, cheia de oportunidades e que é símbolo de como sua vida antiga não existe mais. O sonho americano no século XXI No mundo real, algumas situações não são diferentes. Com alguns cenários passados, como a crise do mercado imobiliário em 2008, muitas pessoas afirmaram que o sonho americano acabou. Porém, o que acontece é que a sociedade se expandiu de diversas formas. Desse modo, o mercado ficou muito mais nichado, sendo preciso ter visão para identificar as oportunidades e enfrentar talvez maiores desafios do que antes. Entretanto, considerando-se que o mundo inteiro está se recuperando da pandemia, contra diversas expectativas, o país apresenta bons índices e justifica seu posto de maior economia do mundo. Por exemplo, a taxa de desemprego caiu de 3,7% para 3,5% em setembro de 2022, sendo a menor em quase cinquenta anos. Além disso, os empregos continuam em alta, criando cerca de 263.000 postos. Dessa forma, apesar de na prática surgirem sempre desafios econômicos e sociais, aqueles primeiros ideais da Declaração de Independência, de que todos são iguais e livres para trabalhar e prosperar, ainda são o que sustenta o sonho americano até hoje e faz as pessoas continuarem se movendo rumo a suas metas, tanto americanos quanto estrangeiros. Agora que você já sabe mais sobre o sonho americano e como ele impacta diretamente o dia a dia da vida no país, tenha certeza de que tudo que precisa para chegar lá é um pouco de planejamento e muito trabalho duro e constante. Para isso, vale a pena começar com pequenos passos, como procurar aprender inglês rápido. As informações contidas neste artigo não são e nem pretendem ser aconselhamento legal. Este artigo pode ser retirado do ar, sem aviso prévio.
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13 de dezembro de 2022
4 tradições de Ano Novo nos Estados Unidos
Vestir branco, tomar champagne, pular sete ondas... Essas são só algumas das tradições de Ano Novo que temos no Brasil. Você segue alguma delas? Afinal, nada impede reproduzi-las por aqui, mas, nos EUA, você também irá encontrar várias outras maneiras de celebrar esse momento de passagem! Então, se quiser participar de todas as New Year’s Eve parties do jeito americano, precisa conhecer as tradições! E, obviously, seu melhor amigo nos EUA está aqui para ajudar: separei 4 das principais diferenças entre as comemorações no Brasil e nos Estados Unidos. Vou falar também 3 jeitos incríveis de dar boas-vindas ao Ano Novo in a true American way. Check it out! 4 diferenças entre o Ano Novo dos EUA e do Brasil No Brasil, você pode ter comemorado o Réveillon na beira da praia ou em uma festa com os amigos, comendo lentilha. Nos EUA, meet up with friends e fazer uma festa também é supercomum, mas, você vai descobrir tradições bem variadas além disso, que vão mudar a sua percepção desta festa no país. A seguir, confira 4 aspectos que eu separei para você ver a diferença! 1. Depois do peru, o porco A comida é um dos primeiros aspectos que a gente pensa na hora de fazer uma festa, right? Nesse época de final de ano, o Thanksgiving é marcado pelo peru — um conhecido do Brasil nessa época também, por conta do Natal. Mas, no Ano Novo, é um pouco diferente. No Brasil, a lentilha é um dos pratos mais famosos, porque as pessoas associam com prosperidade. Já no Ano Novo dos EUA, você encontra correspondentes, como o feijão de corda, no prato Hoppin' John dos estados do sul. Mas a ideia de prosperidade também está associada ao porco assado, um prato comum no ano novo em vários países. Nele, o focinho deve ficar sempre para frente, simbolizando prosperidades futuras pois o porco estaria farejando o sucesso! Cool, isn’t it? 2. Kiss me at midnight Guardar sementes de uva na carteira ou comer bacalhau são algumas das várias tradições que você já deve ter feito no Brasil. Nos EUA, isso não existe. Porém, tem uma famosa, que é consenso no país e até aparece em filmes como “Noite de Ano Novo” (New Year's Eve): o beijo da virada. Segundo a História, essa tradição tem origem em uma celebração alemã, que fazia fogueiras no dia 31, ocasiões em que a ideia do beijo teria surgido. Assim, quando os imigrantes do país foram para os EUA, a tradição passou para a cultura americana, por volta de 1900. Hoje, você vai ver casais, amigos e até estranhos dando o famoso beijo de Ano Novo. 3. Branco só de neve No Brasil, o Ano Novo acontece em pleno verão. Mas nos EUA já é o começo do inverno. Por isso, em muitas regiões, de branco mesmo, você vai encontrar apenas a neve. Sendo assim, é bom se preparar para o clima onde vai passar a noite de Ano Novo. Afinal, se estiver muito frio, você pode preferir festas em lugares fechados, como restaurantes e bares. 4. No colorful underwear Além de os americanos não terem o costume de usar branco no Ano Novo, aquela simpatia de escolher roupa íntima colorida também não existe. Aqui, a roupa da New Year’s Eve party deve se encaixar com onde você estar e o que vai fazer. Por exemplo, se vai participar de um jantar de gala, ela deve corresponder ao evento. Só não pode esquecer o casaco em casa, viu? 3 maneiras incríveis de comemorar o Ano Novo nos EUA Por todo o país, sejam em cidades pequenas ou em metrópoles, você vai encontrar uma extensa variedade de festas de Ano Novo que fica até difícil escolher. Por isso, eu trouxe 3 opções para você descobrir onde pode viver experiências diferentes, além de criar memórias incríveis - e de um jeito diferente - na virada do ano com amigos e família! 1. Descida da bola na Times Square Provavelmente a tradição mais conhecida do Ano Novo nos EUA, com milhões de pessoas indo até a Times Square, em New York, para ver a descida da bola (the Ball Drop) à meia-noite. Criada em 1907, no começo ela pesava cerca de 700 libras (317 kg). Agora, mede 12 pés de diâmetro (3,5 m) e pesa quase 12.000 libras (5.500 kg, aproximadamente). Além de shows com artistas famosos, a cerimônia consiste em uma grande bola que é baixada do edifício One Times Square, depois da contagem de sessenta segundos às 11:59 p.m., no dia 31 de dezembro. Aliás, ela ficou tão famosa no país, que é transmitida na TV; sendo tão popular quanto a transmissão dos fogos de Copacabana no Brasil. Mas pay attention: você precisa chegar até as 3 p.m. para entrar e, please, não se esqueça de se agasalhar bem, já que as temperaturas tendem a ser negativas. Outra maneira legal de aproveitar a data em NYC é dar um pulinho no Rockfeller Center, que fica pertinho da Times. Lá a famosa árvore de Natal ainda está em exposição, o que é ótimo para quem não vive em New York e quer conhecer. Também dá para patinar e ter um jantar de Ano Novo especial. 2. Fireworks em Nevada Conhecida como uma das cidades mais festeiras do mundo, Las Vegas oferece um Ano Novo nos EUA com celebrações à la Grande Gatsby. Nos hotéis de luxo da cidade, como o Bellagio — set de “Onze Homens e Um Segredo” (Ocean's Eleven) –, você pode aproveitar festas excepcionais, com muito champagne e vistas privilegiadas para o show de fogos que os hotéis preparam na cidade. Mas se você não está a fim de party hard, vale a pena aproveitar a cidade de outra forma. Na famosa rua Vegas Strip, dá para assistir aos fogos de artifício e conhecer bastante gente, que chega para a virada de Ano Novo até de motorhome (Trailers com casa móvel)! Nesse caso, também é preciso aparecer cedo porque a avenida fecha às 6 p.m. E novamente, não se esqueça do casaco. Afinal, Las Vegas é rodeada pelo deserto de Mojave e as temperaturas caem bastante à noite, e como seu melhor amigo aqui nos EUA, não quero que pegue um resfriado! 3. Bayfront Park e Ocean Drive Quer fugir do frio e encontrar alguns conterrâneos para comemorar o Ano Novo nos EUA, com muita festa? Então é só chegar até Miami, com algumas das temperaturas mais amenas do país nessa época. Para celebrar com estilo e viver toda a cultura americana, você pode ir para o Bayfront Park, onde a cidade prepara uma festa gratuita, com bastante música e fireworks. Outro ponto de encontro para ver os fogos também é a Ocean Drive. Na avenida mais famosa de Miami, você pode comemorar com um jantar com menu especial de Ano Novo nos restaurantes em frente à praia. Nesse caso, precisa fazer reserva com bastante antecedência e preparar as tips porque o lugar é um dos mais badalados na New Year’s Eve. O Ano Novo nos EUA é uma ótima oportunidade para você realizar o planejamento das metas para 2023, além de, claro, curtir muito a família e os amigos. Como mostrei, por aqui, há várias diferenças culturais com relação a essa festa no Brasil e separei as melhores para você vivenciar a New Year’s Eve like an American. Sem falar que conhecer os costumes ajuda você a entender as tradições e decidir onde vai dar as boas-vindas ao próximo ano! Gostou do post? Conheça também 6 dicas imperdíveis para você entender melhor a cultura americana!
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6 de dezembro de 2022
Como é a tradição de Natal nos Estados Unidos? Curiosidades e diferenças do Brasil
Jingle bells, jingle bells, jingle all the way! Oh, what a fun it is to ride in a one-horse open sleigh! Já está cantarolando essa clássica do Natal? Como está a animação por aí? Esta data é uma das mais importantes para muitas famílias! E nessa sua vida de imigrante nos EUA, se você já passou a data por aqui, deve ter notado que o Natal nos Estados Unidos e no Brasil tem algumas diferenças, right? Afinal, as formas de comemoração do Natal nos Estados Unidos são diversas mesmo dentro do território americano. Você já deve ter reparado que aqui há uma cultura bastante diversificada, devido aos imigrantes de várias origens. Daí as tradições entre as famílias podem ser bem diferentes. Minha ideia é trazer para você algumas das principais tradições que você pode ver por aqui! Vou te mostrar como comemorar o Natal tradicional dos EUA, e também as diferenças entre as tradições de Natal dos brasileiros e dos americanos, dentre outras curiosidades. E como seu melhor amigo aqui só traz coisa boa, vou compartilhar também dicas dos melhores lugares para passar o Natal nos Estados Unidos. Vem comigo! Como é comemorado o Natal nos Estados Unidos? O Natal nos Estados Unidos é bem mágico. Ele traz para a realidade o que antes víamos apenas em filmes quando morávamos no Brasil, não é mesmo? Isso porque, em muitos estados, temos a neve ou pelo menos o frio, as canções natalinas em inglês, as decorações elaboradas e até a famosa lareira hehe. Decoração A seguir, você confere as principais decorações de Natal dos Estados Unidos, dicas para enfeitar a lareira e a tradição da árvore de Natal. 1. Lareira A lareira está presente em muitas casas devido ao frio. Seus principais enfeites são as stockings — meias de natal — penduradas e cheias de doces que as crianças creem que o Papai Noel (Santa Klaus) leva com ele. É bem comum que cada membro da família tenha sua própria meia, personalizada com nome e tudo. Você já fez a sua? Então, no dia 25 pela manhã, os pais trocam os doces nas meias por lembrancinhas. Daí, os pequenos acreditam que o Papai Noel deixou os presentinhos agradecendo os doces. Já outras famílias deixam as meias de Natal vazias e, quando as crianças adormecem, os pais as recheiam de guloseimas "trazidas" pelo Santa Klaus. 2. Árvore de Natal Enquanto no Brasil os pinheiros artificiais estão presentes nas salas, aqui, muitas famílias compram um pinheiro de verdade. Você deve se lembrar de episódios natalinos de séries americanas voltados à escolha do pinheiro, não é? Tem sempre um desses em Modern Family, por exemplo (estou sempre citando a série por aqui, I really love it!). Isso porque, esse tipo de árvore é adaptada ao clima frio. Assim, diversas famílias compram pinheiros naturais (em geral, bem grandes). Porém, muitos americanos usam também o pinheiro sintético, viu? Então, você pode esbarrar com um desses por aqui. O que não muda muito é o costume de colocar enfeites: muitas bolas, outras bugigangas e luzes. No topo, coloca-se uma estrela ou um anjo. Ah! A data mais comum para montar a árvore é uma semana após o feriado do Dia de Ação de Graças, ou seja, Thanksgiving. 3. Azevinho A planta azevinho (aquele ramo com folhas grandes verdes e bolinhas vermelhas) que aqui é chamada mistletoe, tem espaço garantido na nossa decoração! Uma tradição antiga diz que se duas pessoas ficarem paradas sob ramos de azevinho elas devem se beijar, sendo associada aos apaixonados. 4. Pisca-pisca Além de decorar o interior da casa, as luzes que piscam sem parar colorem também o exterior, elas são adicionadas junto aos enfeites no jardim, nos bonecos de neve, até no telhado, portas e janelas! Há quem seja modesto, mas algumas pessoas colocam muitas luzes, muitas mesmo! Secret Santa Aqui o amigo secreto é denominado Secret Santa e não é tão comum como no Brasil. Quando acontece, na noite de Natal americano, os familiares trocam os presentes entre si. É também uma prática muito comum entre amigos e colegas de trabalho. Ugly Sweater Essa é uma brincadeira feita na Noite de Natal, no geral, entre a própria família: o ugly sweater. É quando os membros se unem e competem para saber quem usa, propositalmente, o sweater de tema natalino mais "feio". No geral, ele costuma ser tricotado com diferentes personagens ligados à data: renas, Santa Klaus, elfos, pinheiros e estrelas cadentes.... Aqui, não tem muito limite: só precisa ser o mais feio e bad tasty possível para ganhar a competição! Eggnog Se no Brasil temos o vinho, o ponche e o espumante bem geladinho no calor de dezembro, no Natal daqui, para aquecer as famílias no inverno (com temperaturas que chegam a -15ºC), o eggnog é a bebida oficial! A bebida, leva uma mistura de gema de ovo, leite quente, açúcar, creme e noz moscada. E se você tem mais de 21 anos, experimente colocar algum licor, conhaque ou rum na bebida. Gingerbread O biscoitinho natalino de gengibre em formato de homenzinho é delicadamente decorado e muito apreciado nos Estados Unidos. Além da aparência humana, o gingerbread pode vir em outros formatos, como árvore de Natal e casinha. Pub Crawl Se não há ceia, a noite da véspera pode acabar um pouco antes do que no Brasil. É quando os jovens saem para comemorar nos bares. Aqui, dá para seguir a tradição do pub crawl, já ouviu falar? É a ideia de fazer um tour de bares pela cidade, visitando vários em uma única noite, no caso, no xmas eve. No site Pub Crawl, dá para escolher a cidade e ver os próximos eventos ligados ao Natal. Porém, acontece com vários feriados americanos ao longo do ano, como Halloween. Filmes No Natal dos Estados Unidos, é comum que a família se reúna para assistir a filmes natalinos, principalmente na Véspera de Natal (Christmas Eve). Está sem ideia de qual assistir? Anota aí as minhas sugestões: A Charlie Brown Christmas (O Natal de Charlie Brown), 1965; A Christmas Story (Uma História de Natal), 1983; Home Alone (Esqueceram de Mim), 1990; How the Grinch Stole Christmas (O Grinch, em português), 2000; Love Actually (Simplesmente Amor), 2003. Músicas Que tal fazer uma playlist com músicas natalinas? Certeza que você já deve ter ouvido alguma destas músicas aqui: You Make It Feel Like Christmas, Gwen Stefani; All I Want For Christmas Is You, Mariah Carey; It's Beginning to Look a Lot like Christmas, Michael Bublé; Silent Night, Josh Groban. E, claro, a música que cantei (desafinado) ali na introdução: Jingle Bells, a clássica das clássicas, com inúmeras versões ao longo dos anos. Sabia, inclusive, que esta música, escrita por volta de 1857 nem era de Natal? Pois é, originalmente, foi criada para o culto de uma igreja no Thanksgiving. Só décadas depois foi relacionada ao Natal! Qual a diferença da tradição natalina brasileira e americana? Já parou para pensar nas principais diferenças entre a comemoração nos Estados Unidos e no Brasil? Listei aqui as principais! Ceia versus Almoço Sem dúvida, a principal diferença entre o Natal nos Estados Unidos e no Brasil é com relação à ceia na véspera de Natal, algo presente em praticamente 100% dos lares brasileiros e que não existe nos EUA — a não ser que você more aqui e queira manter a tradição que você e sua família mantinham no Brasil. Aqui, a comilança acontece no dia de Natal nos Estados Unidos (25 - Christmas Day) com um café da manhã elaborado ou um jantar por volta de 4 ou 5 da tarde, com peru assado, costela, purê de batatas, tortas salgadas e doces, como a pecan pie (torta de noz pecã) e apple pie (torta de maçã). Contudo, conforme o tempo passa, é natural que você faça a adesão para a tradição Americana. Nos EUA, as famílias cristãs costumam ir a igrejas para a celebrar missas e cultos religiosos voltados à data, além de assistir à apresentação de corais natalinos. Troca de presentes Outra diferença é quanto à troca de presentes. Se, no Brasil, ela acontece na noite da véspera, aqui, abrimos os presentes de Natal no amanhecer do dia 25 — que é mágico para as famílias com filhos pequenos. Eles acordam cedo para ver o que o Papai Noel deixou embaixo das árvores e dentro das meias penduradas. Ah! É comum, na véspera de natal, deixar um copo de leite e um cookie ou gingerbread para o Santa Klaus comer quando ele vier deixar os presentes, afinal, ele trabalha a noite toda e fica com fome! Não vai esquecer de deixar o seu pratinho para o bom velhinho, eim? Onde vale a pena passar o Natal nos Estados Unidos? Se você pretende viajar no Natal, veja os lugares em que vale a pena passar essa data religiosa e festiva. Asheville, North Caroline Este é um dos melhores lugares do país para passar o Natal, sendo a localidade perfeita escondida nas montanhas Blue Ridge. Vale a pena conferir a competição de casas de gingerbread no Omni Grove Park Inn e pegar o Holly Jolly Christmas Trolley, que leva os turistas a um passeio pela cidade e para admirar as 55 árvores decoradas à mão. Austin, Texas Aqui, em vez de 55, são 90 árvores brilhando, que podem ser conferidas no Austin Trail of Lights, um festival que inclui 2 milhões de luzes. Os jovens gostam dos bares decorados, como o Secret Bar no W Austin e o Gibson Street Bar. St. Augustine, Florida Quer fugir do frio no Natal? Então, aproveite o desfile anual natalino da cidade que segue até o final de janeiro com o famoso festival das Noites de Luzes. Nesse momento, a cidade brilha com 3 milhões de pequenas luzes na Ponte dos Leões e por 20 quarteirões da cidade no Distrito Histórico. Ah! Não deixe de fazer o famoso passeio noturno das luzes no Old Town Trolley. New York City, New York Eu não poderia deixar de mencionar o famoso Natal de New York. A cidade é capaz de realmente fazer a magia acontecer. Estando lá, aproveite para patinar no gelo e visitar a famosa árvore de natal do Rockefeller Center, fazer um passeio de carruagem pelo Central Park, observar as decorações natalinas no bairro de Dyker Heights no Brooklyn, e se encantar com as decorações das lojas. Gostou de conhecer mais dessas curiosidades sobre o Natal nos Estados Unidos? Lembre-se de que o país é bem grande e muito diversificado em termos de cultura, então não estranhe se vir tradições diferentes das que mencionei ao mudar de estado. Enjoy it and Merry Christmas! Agora, aproveite para conferir 6 dicas imperdíveis para conhecer melhor a cultura americana e a vida de imigrante!
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31 de outubro de 2022
Curiosidades de Thanksgiving: entenda a história e comemorações
Vai chegando novembro, e você já começa a se preparar para uma das maiores celebrações aqui nos EUA... Sim, é hora de comemorar o maior feriado do país: o Dia de Ação de Graças! É um momento mágico de reunir a família, amigos e compartilhar gratidão pelo ano que se passou. Então, se você ainda não se familiarizou com todas as tradições da data, no problem! Deixa que o seu melhor amigo aqui vai te deixar por dentro das maiores curiosidades do Thanksgiving. Vem comigo para saber o que é esse feriado e como ele surgiu. Entenda também por que essa data é até mais importante que o Natal para os americanos. E além disso, trouxe vários fatos legais para irmos entrando no clima de comemoração. Let's go! [embed]https://www.youtube.com/watch?v=RW2J_PE1jyo[/embed] Afinal, o que é o Thanksgiving e como surgiu? Thanksgiving Day, ou Dia de Ação de Graças, acontece na última quinta-feira de novembro. Em 2022, a data cairá no dia 24. Nesse dia, os americanos se reúnem com suas famílias para dar graças por tudo de bom que aconteceu durante o ano. Independentemente da religião, todos participam com banquetes, cerimônias e comemorações. Além de ser um momento de reflexão e união, é comum que as pessoas realizem boas ações como trabalhos voluntários e apoio à causas sociais. Origem do Thanksgiving Novembro é outono aqui nos Estados Unidos, sendo consequentemente o período do fim das colheitas agrícolas. Nessa época, em 1620, os moradores de Plymouth Colony, em Massachusetts, fizeram uma festa para agradecer a boa safra, que aconteceu depois de muitos invernos severos em que passaram dificuldades. No ano seguinte, a vila organizou a Festa do Outono, convidando nativos americanos, como se vê na famosa obra “The First Thanksgiving”, do pintor americano Jean Leon Gerome Ferris. Continuando a ser comemorada centenas de anos depois, em 1827, a escritora Sarah Josepha Hale lançou uma campanha para que o Thanksgiving se tornasse feriado nacional. Por 36 anos, ela enviou pedidos ao governo, até que, em meio à Guerra Civil Americana, em 1863, o presidente Abraham Lincoln oficialmente instituiu a comemoração para a última quinta-feira do mês de novembro. Assim a data foi comemorada até 1939, quando o presidente Franklin D. Roosevelt adiantou o feriado em uma semana. Dessa forma, era possível incentivar mais 7 dias de compras de Natal e estimular a economia, melhorando a situação do país, que ainda sofria com a Grande Depressão. Essa ação foi chamada de "Franksgiving", porém causou revolta nas pessoas. Por um lado, quem precisava vender ficou feliz com a mudança, que incentivava mais vendas. Já quem seguia a tradição do feriado na última quinta-feira do mês foi contra a decisão, fazendo com que o dia fosse comemorado na data nova e na tradicional. Dessa forma, somente em 1941, o presidente decidiu parar com o adiantamento, e assinou uma lei instituindo o Thanksgiving como feriado nacional, em toda última quinta-feira do mês de novembro, resolução que segue até hoje. Símbolos do Thanksgiving Dentre as curiosidades de Thanksgiving, já é fato e todo mundo sabe que um dos pratos favoritos do pessoal é o peru assado. Historicamente, ele era uma ave nativa comum já presente nas propriedades dos moradores da colônia. Além disso, por seu tamanho, tinha a capacidade de alimentar muita gente. Dessa forma, com seu consumo relacionado a festivais de colheita na Nova Inglaterra, o peru ficou bastante popular em outras regiões e foi logo relacionado ao Thanksgiving. Agora, estima-se que mais de 40 milhões de perus são comprados e preparados nessa data, ou seja: 88% dos americanos consomem a ave no feriado. Por isso, a data também é conhecida como Turkey Day. Aliás, tem até uma cerimônia em que o presidente poupa dois perus do abate, chamada de Turkey Pardon. Na ocasião, eles recebem nomes e depois são soltos no Morven Park, na Virginia. Além disso, também existem outros símbolos. Como é outono, a cor laranja é predominante na estação e está associada à ideia de colheita, por também relembrar as abóboras. Nesse caso, elas são outro símbolo por serem legumes colhidos na época, que também foram consumidos pelas primeiras pessoas a comemorar a Ação de Graças. Aliás, uma das sobremesas tradicionais do feriado é exatamente a torta de abóbora. Por que o Thanksgiving é mais celebrado que o Natal? Um ponto de destaque do Thanksgiving é que é uma grande tradição dos EUA, chegando a ser maior que o Natal. Isso se dá ao fato de que o país é muito diversificado na religião e nem todos comemoram o natal. Então, por o feriado de Ação de Graças não se tratar de uma comemoração religiosa, basicamente todos os americanos e não-americanos participam e dão graças, cada um com as suas crenças e tradições. Logo, é uma oportunidade de confraternização em que pessoas de diferentes origens e credos podem passar juntas e celebrar momentos de harmonia. Outra curiosidade desse feriado é que ele não acontece só nos EUA, mas também em outros países do hemisfério norte, como o Canadá e a Holanda. Por lá, eles também comemoram a data e a época do fim da colheita, só que mais cedo, em outubro. Quais são as principais curiosidades de Thanksgiving? Um dia de reunir a família com tradições, agradecimentos e banquetes... Com certeza, o feriado de Ação de Graças é uma oportunidade para vivenciar momentos especiais. E para que essa experiência seja ainda mais marcante, conheça algumas das principais curiosidades de Thanksgiving! Refeições típicas Na semana do Thanksgiving, os restaurantes aqui nos EUA oferecem pratos exclusivos de comidas típicas da época, incluídas em um menu especial de comemoração da data. Aliás, é uma experiência que vale a pena. Isso porque você pode conhecer cardápios novos e releituras de pratos tradicionais do feriado. Além disso, depois da refeição, não se esqueça de usar o que aprendeu sobre como dar gorjeta nos EUA, e ser generoso com tips maiores para demonstrar sua gratidão, já que esse é o espírito do Thanksgiving. Já na quinta-feira, a tradição é fazer uma festa caseira com família e amigos. Por isso, preparar o banquete de Thanksgiving é essencial. Nesse caso, ele costuma ser feito cedo, e é uma boa oportunidade de desenvolver habilidades na cozinha, criar laços e conhecer melhor as tradições americanas. Depois de pronto, todos se reúnem por volta de 4pm para o momento mais aguardado do dia e se deliciar com pratos típicos como: torta de abóbora; purê de batata; cassarola de batata doce; molho de cranberry; pão de milho; torta de maçã; farofa; e claro, peru assado. Lugares especiais Quer passar o Thanksgiving em uma experiência incrível? Se você ama a História dos EUA e quer entender melhor o feriado de Ação de Graças, que tal ir aonde tudo começou? Você pode visitar a Plimoth Plantation para ver muito mais da cultura americana. O lugar é uma recriação da colônia original e conta com muitas atrações. Na Vila Inglesa, que reproduz construções da vila original, é possível aprender o modo de vida das pessoas da época, falando com atores caracterizados, que só vão te responder sobre perguntas do século XVI! Lá também é possível ver reprodução de objetos, ouvir relatos históricos como se fossem recentes, e aprender mais com os passeios guiados. Já no museu Historic Patuxet, você pode conhecer nativos americanos da nação Wampanoag e saber mais sobre sua cultura. Por lá, em workshops sobre o Thanksgiving, é possível descobrir como foi a primeira comemoração, explorando a história por meio de relatos escritos e orais, bem como artefatos coloniais e indígenas. Programação A famosa loja Macy’s faz todos os anos, o conhecido Macy’s Thanksgiving Day Parade, em New York, desde 1924. O evento é transmitido pela TV, mas também atrai milhões de pessoas pelas ruas da cidade. Ele acontece na manhã do Thanksgiving. Aliás, até em 2020, em plena pandemia, o evento foi realizado, mesmo sem a presença de espectadores presenciais. Logo, é uma das maiores atrações para quem está na cidade nesse dia. Em 2022, vai começar na West 77th Street com a Central Park West, e terminar na Macy's Herald Square. Quem curte ficar em casa também pode assistir aos jogos de futebol americano da National Football League, para descansar após a refeição. Aliás, essa é a única quinta-feira em que esses jogos são transmitidos, já que geralmente acontecem nos finais de semana. E depois do Thanksgiving? Já no dia seguinte, começa a Black Friday e, na segunda, a Cyber Monday, datas em que os americanos aproveitam para começar as compras dos presentes de Natal por preços acessíveis e grandes descontos, ou seja, é uma época bem movimentada aqui nos EUA. Viu como as curiosidades de Thanksgiving são interessantes? Por isso, você pode aproveitar esse feriado que está chegando para conhecer mais da cultura americana. Vale se arriscar e preparar o seu próprio peru, viajar e conhecer o país, ou ter uma experiência caseira, assistindo ao desfile e aos jogos da TV. O mais importante é estar com os amigos e a família e distribuir graças pelo ano de 2022! Gostou do post? Então, confira também 9 curiosidades dos EUA que ninguém te contou!
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11 de outubro de 2022
Halloween nos EUA: o que você precisa saber
Não importa se você já mora nos EUA há algum tempo, ou se nunca colocou os pés aqui (ainda), você provavelmente já percebeu como a influência do Halloween nos Estados Unidos é forte. É como se a festa fosse o equivalente do que é o Carnaval para os brasileiros, acredita? No dia 31 de outubro, é quando os americanos se fantasiam, vão a festas temáticas e as crianças andam pela vizinhança atrás de ‘’trick or treats" (doces ou travessuras). E saiba que o Halloween comemorado nos EUA é financeiramente grandioso, viu? Pouco antes da pandemia, em 2018, a expectativa de gasto dos americanos com o feriado girava em US$ 9 bilhões, segundo pesquisas do National Retail Federation. Tá bom ou quer mais? Agora, de onde surgiu toda essa fama do Halloween entre os americanos? Qual a diferença dessa comemoração para o Dia das Bruxas do Brasil? Qual é a importância desse feriado para os Estados Unidos? Como o Halloween funciona por lá? Eu te respondo essas perguntas a seguir. Bora? Qual é a origem do Halloween? Era uma vez o povo celta, que habitava as regiões das Ilhas Britânicas, na Europa, entre 600 a.C. a 600 d.C. E uma das crenças pagãs do povo celta, era a de que os mortos voltariam à Terra por uma noite. Para essa crença, foi criado o festival Samhain, dedicado aos mortos e também à passagem do tempo, marcando o fim do verão e início do inverno. O evento acontecia entre 31 de outubro e 1º de novembro. Na tradição dos celtas, esse também era o período de reencarnação dos mortos. Durante a festividade, a população acendia fogueiras e lanternas para iluminar o caminho dos mortos e afastar maus espíritos. Ao saber disso, tem até lógica querer dormir com a luz acesa para afastar os "fantasmas", não é? E se você sentiu alguma semelhança entre as tradições celtas e as cristãs, está pensando certo. Acontece que, entre os séculos XIV e XVIII, os cultos pagãos se misturaram às comemorações do Cristianismo. A fusão deu origem ao Dia de Todos os Santos, ou All Saints’ Day, comemorado no dia 1º de novembro. E por intermédio da Igreja Católica, o dia 2 de novembro se tornou oficialmente o período de oração para as almas dos falecidos. Enquanto isso, 31 de outubro, dia original do início do Samhain, foi instituído como a véspera do Dia de Todos os Santos, ou All Hallows’ Eve (pegou a referência?). Essa data é marcada pelas características que você mais conhece do Halloween hoje. Quando o Halloween chegou aos Estados Unidos? Os EUA foram colonizados a partir do século XVII pelos ingleses, que costumavam comemorar o Samhain nas Ilhas Britânicas. A partir disso, por volta do século XIX, as tradições celtas e cristãs se misturaram e, gradativamente, foram sendo criadas novas características, até chegarmos ao Halloween moderno. Podemos concluir, então, que o Halloween foi incorporado nos EUA pela mistura cultural de imigrantes e colonizadores que fizeram parte da história do país. Um marco importante desse feriado foi que, por volta de 1840, houve uma intensa imigração de Irlandeses para os Estados Unidos. O povo irlandês levou para os EUA tradições que ficaram famosas no Halloween, como os costumes de se fantasiar, pedir doces e fazer travessuras com a vizinhança. Depois da chegada dos imigrantes, os americanos começaram a se adaptar e incorporar as práticas à comemoração local. E você quer saber o que deu um gás a mais para a popularização do ‘’trick or treat"? Confeitarias começaram a lançar doces com temática do Halloween, o que serviu de insight para a publicidade da data, legal né? Qual é a diferença entre Halloween e Dia das Bruxas? A diferença é que o Dia das Bruxas, comemorado no Brasil, não tem tradição tão forte como nos Estados Unidos. Ou seja, esse evento está longe de ter a grandiosidade de outras festas populares no país tropical, como o Carnaval. O evento foi introduzido no Brasil já no século XX, bem mais recente, se comparado ao surgimento nos Estados Unidos. E mais uma diferença entre as festividades é que nos EUA há um sentimento maior de diversão e normalização do medo. Por exemplo, os americanos costumam fazer maratonas de filmes de terror e visitarem haunted houses, as casas assombradas. Mesmo sendo bem diferentes, há uma característica bem similar entre as festas de Halloween e de Dia das Bruxas: o uso de fantasias de "bruxas", "demônios" e "anjos". E na noite de 31 de outubro no Brasil, tem até uma criançada que vai para a rua se divertir e pedir doces na vizinhança. Qual é a importância do Halloween para os americanos? Você já viu que os americanos gastam um dinheirão para comemorar o Halloween. E ainda, até 2020, antes da pandemia acontecer, 70% dos americanos se planejavam ano a ano para comemorar o evento, segundo pesquisas da Statista. Não dá para negar que a tradição é forte, né? E agora, com a reabertura dos comércios, as comemorações devem voltar a acontecer. Para várias famílias e grupos de amigos, o Halloween é sinônimo de diversão, uma festa para usar fantasias, decorar casas, organizar festas e aguçar o medo. Como é o Halloween na prática? No dia 31 de outubro, os americanos se fantasiam para comemorar o Halloween em grande estilo. Isso inclui fazer competição com os vizinhos para decidir quem melhor decorou a fachada da casa e participar de festas com concursos para escolher a fantasia mais criativa. Outro aspecto já falado aqui, que faz parte da cultura americana do Halloween é as crianças saírem pela vizinhança em busca de ''gostosuras ou travessuras''. E ainda, existem alguns códigos como: a casa que decidir não participar da brincadeira, costumam deixar as luzes da varanda apagadas. Para fechar, quer uma dica de lugar para viajar nos EUA e ficar ainda mais por dentro da história do Halloween? Visite Salem, no estado de Massachusetts, conhecida como Cidade das Bruxas. O local é conhecido assim porque vários homens e mulheres foram condenados à morte, por volta de 1690, acusados de bruxaria. Ao chegar à cidade, não deixe de visitar pontos turísticos clássicos, como o Vilarejo das Bruxas de Salem e a Estátua de Elizabeth Montgomery. E aí, gostou de saber algumas curiosidades sobre os EUA e conhecer a tradição do Halloween? A data é bem importante para os americanos, uma cultura passada de geração a geração que movimenta a economia e faz parte da cultura popular. Quer aproveitar agora para aprender ainda mais sobre os Estados Unidos? Descubra curiosidades sobre os EUA que ninguém nunca te contou! As informações contidas neste artigo não são e nem pretendem ser aconselhamento legal. Este artigo pode ser retirado do ar, sem aviso prévio.
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10 de agosto de 2022
Como funciona o sistema de saúde nos EUA
A mudança de país gera inúmeras dúvidas sobre o dia a dia. Quase tudo é diferente e, muitas vezes, a gente sequer sabe o que fazer quando passamos mal e precisamos de atendimento médico. Pensando nisso, resolvi preparar este conteúdo mostrando como funciona o sistema de saúde nos Estados Unidos. Trata-se de um tema que é bastante debatido, uma vez que tem muitas diferenças em relação ao Brasil. Continue sua leitura e conheça mais sobre o assunto! Como funciona o sistema de saúde nos Estados Unidos? Antes de tudo, você precisa compreender que o sistema de saúde nos Estados Unidos é fragmentado. Embora exista um modelo público vigente, ele não é universal, e conta com forte interferência da iniciativa privada. Por isso, tanto os nativos quanto os estrangeiros que decidem viver por aqui, devem cogitar um convênio e ter uma reserva financeira. Na prática, a saúde pública estadunidense é regida por dois sistemas distintos, que são o Medicare e o Medicaid. Eles, por sua vez, contratam hospitais, empresas e operadoras privadas para que prestem a devida assistência à população, com o governo fazendo os devidos repasses. Porém, em alguns casos há coparticipação e a maioria das pessoas precisam pagar pelos serviços. Quais as diferenças para o que temos no Brasil? As diferenças do sistema de saúde dos Estados Unidos para o brasileiro são explicadas pela própria cultura americana. Por aqui, não é incomum que os cidadãos tomem para si a responsabilidade de arcar com suas despesas e não esperar muito do Estado. Entretanto, esse debate vem mudando nos últimos anos, com a defesa de ampliação de cobertura estatal por alguns grupos. Em terras brasileiras, o SUS garante atenção universal e inclusiva, disponibilizando os mais diversos tipos de atendimento de maneira completamente gratuita para toda população (incluindo turistas). O governo é o provedor, por meio dos impostos, financiando, regulando e disponibilizando os recursos necessários para suportar o setor. Como conseguir atendimento gratuito? Nos EUA, as instituições privadas são responsáveis por aproximadamente 85% dos atendimentos médicos. É um número bastante significativo, que nos deixa com a visão de que apenas 15% dos estadunidenses são beneficiados pelos serviços públicos de saúde. Porém, vale ressaltar que o percentual aumentou bastante, com o incremento de programas do governo. O Medicare, por exemplo, foi criado na década de 1960, e foi financiado pela previdência social. Ele atende a pacientes com mais de 65 anos, que tenham contribuído com o pagamento de tributos durante seus anos de trabalho. Já o Medicaid não tem restrição etária, sendo voltado para aqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade financeira. Eventualmente, o consulado do Brasil realiza missões itinerantes e presta serviços à comunidade brasileira, por meio de eventos, com atendimentos especializados e a divulgação de iniciativas, além do oferecimento de orientações multidisciplinares. Como se precaver nesse sentido? Quem mora nos Estados Unidos deve tomar precauções. No Brasil, se uma pessoa sofre um acidente doméstico ou se envolve em uma grave batida de carro, ela pode ser diretamente conduzida para uma instituição do SUS. Nos EUA, ela também é conduzida para uma instituição de saúde, mas pode acordar com uma conta salgada a pagar. Por isso, o mais recomendável é investir em um seguro para assistência médica e odontológica em caso de qualquer necessidade. Para viajantes, existem os seguros de viagem temporários, que se adequam a quantidade de dias que você ficará fora do Brasil, cobrindo as despesas em caso de eventualidades. Para residentes em solo estadunidense, incluindo estudantes, recomenda-se a contratação de um seguro saúde e dentário, que ofereçam taxas competitivas de coparticipação e em uma rede confiável de hospitais e médicos, sempre de acordo com o seu orçamento e as demandas da sua rotina. Como funcionam os planos de saúde? Os planos de saúde dos Estados Unidos são parecidos com os brasileiros em diversos pontos. Um dos mais notáveis é que existem modalidades diferentes, com valores e coberturas específicas. O mais bacana disso é que você pode escolher aquela opção que melhor se enquadra com suas necessidades e, se for o caso, esteja em sintonia com suas demandas familiares. Lembre-se que em muitos casos aqui nos EUA, um seguro saúde não inclui um plano dentário. Verifique diretamente com a empresa que pretende contratar, se cuidados dentários estarão cobertos ou não. Muitos escritórios de dentista, oferecem planos próprios para garantia a sua saúde bucal. Em linhas gerais, as empresas e companhias ajudam nesse sentido, oferecendo planos de saúde empresariais, que custam menos para os funcionários. Normalmente, há o pagamento de uma mensalidade fixa, que cobre os serviços mais simples, como atendimentos de pronto-socorro, além de uma quantia extra, no caso de consultas, exames, tratamentos e cirurgias. Quais as diferenças para compra de medicamentos? Uma curiosidade dos Estados Unidos em relação ao sistema brasileiro está na compra de medicamentos. Vamos começar pelo medicamento mais popular entre os brasileiros: a dipirona. Você sabia que a dipirona foi banida dos EUA pelo Food and Drug Administration (FDA) em 1977 por poder causar doenças sanguíneas graves? Aqui os americanos costumam fazer uso do Tylenol e Ibuprofeno para dores e febre. Aliás, vale lembrar que as receitas do seu médico de confiança no Brasil não são aceitas por aqui. É necessário consultar um médico com uma licença para exercer suas funções em território americano, para ter acesso a uma receita válida. Nas farmácias dos Estados Unidos, aquelas medicações que ficam expostas nas prateleiras, são de circulação livre e você pode comprá-las à vontade. Os remédios restritos ficam separados, em uma área na qual só os funcionários podem acessar. Em algumas drogarias maiores, é possível, até mesmo, consultar-se com um profissional e receber a prescrição ali mesmo, mas há um custo adicional. E ah… existem aplicativos como o GoodRX que oferecem cupons de desconto em medicamentos específicos ou o meu aplicativo, que te ajuda a economizar uma grana em mais de 250 lojas nos EUA. O que é possível trazer do Brasil? Como a receita do médico brasileiro não tem valor para adquirir medicações nos Estados Unidos, muita gente que mora por aqui se pergunta se não dá para alguém trazer os remédios do Brasil. A boa notícia é que sim, mas eles precisam ser acondicionados na bagagem de mão e jamais despachados nas malas, para não perdê-los em caso de extravio. Outra recomendação importante é que sejam trazidos em suas caixas originais, acompanhados das bulas. Para esse trâmite, a prescrição brasileira é aceita e deve ser levada também. Aspirina, antitérmicos e antiácidos, por exemplo, são livres, enquanto ansiolíticos e antidepressivos devem contar com uma carta em inglês justificando o uso, feita pelo prescritor. Pronto! Agora, você conheceu mais sobre como funciona o sistema de saúde nos Estados Unidos. Os americanos contam com uma cultura própria em relação ao tema e é muito importante considerá-la, até mesmo, para escolher um bom plano e evitar estresse em caso de qualquer eventualidade. Gostou de aprender como funciona o sistema de saúde nos Estados Unidos? Então, que tal aproveitar e descobrir também como manter a sua mente saudável em solo americano? As informações contidas neste artigo não são e nem pretendem ser aconselhamento legal. Este artigo pode ser retirado do ar, sem aviso prévio.
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5 de agosto de 2022
Saiba quais são os direitos dos imigrantes nos Estados Unidos
Morar os Estados Unidos é um sonho para muitas pessoas e apesar dos desafios de ser um imigrante em terras americanas, dá para viver uma rotina tranquila e repleta de oportunidades. Porém, entender seus direitos de imigrante é fundamental para sua proteção e de sua família. Esse é um tema essencial para quem vive por aqui, pois os EUA possui leis voltadas para que os estrangeiros sejam tratados com proteção e respeito, mesmo nas situações mais complicadas. Continue a leitura e saiba mais sobre como essas leis funcionam. Abordagem por um oficial da imigração Embora seja improvável que você seja abordado por um oficial de imigração na rua ou no seu dia a dia, é sempre bom estar preparado para eventuais ações e operações que talvez você ou um amigo possa experienciar. O mais importante é que, caso isso aconteça, você mantenha a calma e escute com atenção as perguntas do oficial do departamento de imigração (U.S. Immigration and Customs Enforcement - ICE). Você pode consultar mais detalhes sobre os seus direitos, em caso de abordagem pelo ICE aqui, mas não exclui a necessidade de consultar um advogado para esclarecimento de dúvidas ou consulta sobre a sua situação legal. Abordagem por um policial Ao morar nos EUA, você já deve ter reparado que tem policial em tudo quanto é canto, né? É bem comum ver policiais na rua em geral, fazendo ronda pelo bairro, nas portas de clubes e boates, centro de cidades, etc. Porém, é mais comum que você seja abordado somente se estiver fazendo algo irregular - ao dirigir, estacionado onde não deve, consumindo bebida publicamente em lugares proibidos ou se ficar em um parque após o horário de fechamento. Só que não precisa ter medo. Assim como no Brasil, o procedimento padrão é apresentar um documento de identificação, como sua carteira de motorista ou passaporte, e responder às perguntas que forem feitas à você. Para evitar problemas, consulte as leis do estado da onde você mora ou está visitando. Especificamente sobre abordagem no trânsito, a polícia ligará a sirene logo atrás de você, que por consequência deverá parar imediatamente o carro em um lugar seguro, como no acostamento, por exemplo. Lembre-se que se isso acontecer, você deverá abaixar os vidros, ligar a luz de dentro do carro, manter as duas mãos no volante e o mais importante: não desça do carro ou faça movimentos bruscos. Se precisar pegar algum documento na bolsa, no porta-luvas ou no banco de trás, anuncie o seu movimento com clareza para evitar má interpretações pelo policial. Então, responda as perguntas com calma e tranquilidade, apresentando as documentações que podem ser solicitadas e não minta. Se você foi parado por uma operação policial ou por rotina, e está tudo regular, somente com sua habilitação e a placa do carro eles consultarão seu histórico e rapidinho vão te liberar. Se alguma irregularidade foi cometida, talvez você receba uma multa, que poderá recorrer em alguns casos. Outras atitudes por parte dos policiais são raras, quando irregularidades mais graves são cometidas. Ah lembre-se que beber antes dos 21 anos ou beber e dirigir em geral, é proibido, ein? Beba somente depois de atingir a idade permitida e vá de carona ou planeje-se para voltar de Uber, Lift ou taxi para evitar problemas. Guarda de filhos menores Para manter a mente saudável nos EUA, é sempre bom saber que nossas crianças estarão bem protegidas, não é mesmo? Por isso, se você quiser, você pode antecipar qualquer problema, por mais improvável que isso seja, e existem algumas medidas que podem ser adotadas pelos pais. Você poderá, por exemplo, protocolar uma “Petition for Guardianship” junto à “Family Court” do local onde reside, e/ou fazer uma procuração nomeando um representante perante a justiça americana e demais órgãos. Com isso, um familiar ou amigo pode pedir a transferência da guarda, e seus filhos poderão residir na casa do guardião temporário. Proteção da residência Você está vivendo o mundo de oportunidades dos Estados Unidos, já mora em uma casa bacana, tem um cartão de crédito americano e se acostumou com o estilo de vida? Saiba que você também conta com alguns direitos invioláveis, como a proteção da residência. Na prática, isso quer dizer que um policial só pode entrar no seu lar com um mandado judicial. Além disso, existem horários que devem ser respeitados, como fazer buscas apenas entre 6h a.m e 6h p.m. O oficial pode passar uma cópia do mandado por baixo da porta e você deve examiná-lo, verificando seu nome e endereço, bem como a assinatura do juiz que autorizou a busca. Você tem o direito de permanecer calado, negar a entrada do policial sem mandato e exigir a presença de um advogado. Discriminação por nacionalidade A legislação americana é sempre muito clara quando diz que, independentemente do status migratório ou da situação do país, as pessoas têm os seus direitos resguardados e devem ser tratadas com respeito. Isso também quer dizer que não pode haver nenhuma discriminação por nacionalidade. Sendo assim, é recomendável que você tenha sempre à mão o contato de um advogado especializado em imigração, de forma que você possa ligar se houver uma situação mais delicada. Existem instituições e empresas que prestam serviços de consultoria e advocacia, algumas das quais que se dedicam à comunidade brasileira. Retorno ao Brasil Você não se adaptou ao estilo de vida americano e deseja voltar para o Brasil? Então, saiba que um dos direitos dos imigrantes nos Estados Unidos é o retorno para o país de origem, e diversas organizações não governamentais têm ações específicas para isso. Uma delas é o Programa de Apoio ao Retorno Voluntário e à Reintegração (PRVR), gerido pela Organização Internacional para as Migrações (OIM). Na prática, é um sistema que tenta ajudar os imigrantes que não têm condições de permanecer no país ou não querem mais continuar fora, incentivando o retorno voluntário para o cidadão e sua família. Deportação de imigrantes Por fim, não podemos deixar de tocar em um assunto delicado aqui nos Estados Unidos: a deportação. Vale ressaltar que mesmo se isso aconteça, a saída não é automática e ocorre um processo. Existem diversas possibilidades para recorrer, solicitando, por exemplo, a regularização do status, pagamentos de fianças, adiamentos ou mesmo asilo, caso não tenha cometido algum crime de maior gravidade. Invariavelmente, o mais comum é se apresentar frente a um juiz e a uma corte de imigração. Se você optar pela saída voluntária, há o benefício de não ser proibido de retornar posteriormente. É importante frisar que não existe prazo definido para que esses processos sejam julgados. Como você pôde ver, os imigrantes possuem muitos direitos nos Estados Unidos. Lembre-se de que você está na terra da liberdade e das oportunidades, que garante respeito a qualquer cidadão, independente de seu status imigratório. Gostou de aprender quais são os direitos dos imigrantes nos Estados Unidos? Então, que tal conferir também o nosso post que fala sobre 9 curiosidades que ninguém contou a você sobre os EUA? As informações contidas neste artigo não são e nem pretendem ser aconselhamento legal. Este artigo pode ser retirado do ar, sem aviso prévio.
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